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Como descobrir por que a sua candidatura não deu certo

Redação do Estudar Fora - 29/03/2018
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Nem sempre os resultados das candidaturas a universidades trazem consigo boas notícias. Quando a carta de rejeição chega, pode parecer difícil entender por que a candidatura não deu certo e o que fazer a partir daí. Em vez de se condenar pelo “não” recebido, é a vez do estudante refletir sobre os caminhos possíveis: optar por uma segunda opção de universidade ou se candidatar no ano seguinte.

Quem decide aplicar por uma segunda vez pode ter certeza de que não estará sozinho nessa. “É comum que um estudante aplique para as universidades da Ivy League mais de uma vez”, aponta Juliana Kagami, coordenadora do Prep Estudar Fora, programa preparatório da Fundação Estudar para graduação no exterior. E não só na Ivy League: universidades tão concorridas quanto, como as do Russell Group, podem exigir mais de uma tentativa.

Afinal, a peneira pela qual os estudantes internacionais precisam passar estabelece critérios exigentes. São levados em conta o desempenho acadêmico do candidato, suas notas em testes padronizados (como SAT) e exames de proficiência, assim como atividades extracurriculares e aspectos variados de sua trajetória e planos futuros.

Com tantos aspectos colocados em jogo, parece difícil entender o que deu errado na application. Entretanto, é possível traçar uma análise mais detalhada para compreender os pontos positivos e negativos, que culminaram na carta de rejeição.

Faça mais uma revisão, atentando para erros “bobos”

O que deu errado na application pode ter sido um erro “bobo”. Ou melhor, uma sequência deles. Um essay que não foi revisado, com muitos deslizes gramaticais ou mesmo com o aluno confundindo o nome da universidade pode servir de alerta vermelho aos avaliadores.

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Candidaturas incompletas também entram nessa lista. Pode ser um teste de inglês que não foi enviado a tempo, ou uma carta de recomendação deixada de lado na hora do envio. No caso dos exames exigidos, um ponto crucial são as notas obtidas, que podem ter sido abaixo da média aceita pela universidade. “Vale checar os sites de cada uma das universidades para ver qual foi a nota média dos estudantes aprovados nos anos anteriores”, aconselha Juliana.

Esses erros mais nítidos, fáceis de apontar, podem ter sido determinantes.

Atente-se, em especial, aos essays

Conhecidos como o “coração” da application, não é à toa que os essays demoram tanto a serem escritos (e revistos várias vezes, antes da entrega). Por isso, depois de uma rejeição, é aconselhável checar a forma como o texto foi redigido e seu conteúdo. Entre os pontos para análise, estão o assunto abordado, como aquele aspecto se encaixa no perfil da universidade e o que diz sobre a trajetória do aluno em questão.

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Também é a hora de identificar quais ideias foram passadas naquele texto e como elas se conectam. Foi a vez de contar sobre seus resultados em olimpíadas científicas? Ou sobre a vocação para o teatro? Independentemente do tópico, é necessário checar como as ideias foram expostas. “É legal observar se suas essays estão bem estruturadas e com pensamentos que se conectam, que se encaixam”, diz Juliana Kagami.

Peça ajuda a quem está em volta

Depois de revisões e revisões dos essays, talvez um erro gramatical ou uma ideia desconexa tenha passado. O conselho dado por Juliana, que costuma indicar essa prática no Prep Estudar Fora, é usar a máxima “novos olhos percebem coisas novas“. No caso do preparatório da Fundação Estudar, vale não só enviar o documento a um mentor, mas também a um colega que participe do programa. “É uma troca de essays, para que um possa revisar o trabalho do outro”, resume a coordenadora.

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E isso não se limita a preparatórios como esse. “Se precisar, é possível pedir ajuda para uma professora de inglês, para alguém que já passou pelo processo de application…”, exemplifica.

Trace um plano de ação

Com um exame detalhado da candidatura e ideias sobre o que deu errado na application, é a vez de se preparar para uma nova tentativa e para aproveitar o “gap year” da melhor forma. Em outras palavras, garantir que esse período entre as duas tentativas seja usado para tornar o candidato mais “atraente” para as universidades.

Fazer uma iniciação científica, engajar-se em projetos sociais que sejam um interesse do estudante e mesmo refazer os testes padronizados são algumas das possibilidades. Planeje as atividades que “compensarão” alguns dos seus pontos fracos, ou que vão evidenciar seus pontos fortes. Com planejamento e disciplina para segui-lo, fica mais fácil desenvolver uma candidatura competitiva.

 

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