Diversas pesquisas já sinalizaram a importância do caráter visual da aprendizagem. Em 2016, um estudo da 3M mostrou que nosso cérebro processa imagens 60 mil vezes mais rapidamente que os textos. Nesse sentido, os métodos de estudo que trazem representações gráficas de conteúdos que precisamos absorver surgem como uma ótima alternativa. Um desses métodos é o mapa conceitual.
Muito proveitoso para reter informações, expandir o conhecimento e até desenvolver a capacidade criativa, esse tipo de mapa tem características próprias. A seguir, entenda quais são elas e quando utilizar um mapa conceitual.
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Como surgiu o mapa conceitual
A técnica foi desenvolvida na década de 1970 pelo pesquisador e professor norte-americano Joseph Novak. Ele se baseou na teoria de Aprendizagem Significativa, de David Ausubel, segundo a qual uma informação ganha significado na medida em que se baseia em aspectos da cognição do indivíduo disposto a aprendê-la. Novak desenvolveu a técnica diante da necessidade de organizar o vasto material de entrevistas realizadas por ele.
O mapa conceitual é, portanto, uma ferramenta gráfica que, a partir de uma ideia primordial, constrói um conjunto de conceitos que se correlacionam. Na Educação, o esquema costuma ser utilizado por docentes para apresentar um conteúdo, sintetizar um texto, organizar uma disciplina e avaliar a aprendizagem dos alunos.
O mapa conceitual também pode ser utilizado por estudantes, para um trabalho acadêmico ou durante a rotina de estudos. Pode, ainda, ser um aliado no dia a dia de empresas, como agências durante o braimstorm para campanhas publicitárias.
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Como fazer um mapa conceitual
O primeiro passo é selecionar o tema (ou o conceito principal) e, a partir dele, destrinchar as palavras-chave relacionadas. Tenha em mente que o pontapé inicial para construir o mapa conceitual é a coleta desses dados.
O momento seguinte é o de montar o organograma, sendo que a ideia principal geralmente está hierarquicamente disposta no topo do mapa e, por meio de setas, os demais conceitos vão sendo escritos abaixo dela.
As ligações entre ideias ocorrem por meio de palavras ou frases como “possui”, “é feito de”, “deriva de”, “é um”, “pode ser representado por” etc.
Assim que o mapa estiver pronto, vale compartilhá-lo com outras pessoas antes de divulgar ou apresentar, de fato, o organograma final. O feedback de outra pessoa é importante para verificar se as ideias estão claras e se a correlação faz sentido.
Mapa conceitual online: quais softwares utilizar
O Lucidchart é uma das ferramentas mais procuradas por quem precisa fazer um mapa conceitual digital. Trata-se de um espaço visual online, em que o trabalho pode ser salvo, editado e compartilhado. Os diagramas podem ser acessados em qualquer aparelho conectado à internet.
O Canva também tem um espaço dedicado a criar mapas conceituais, sendo que o usuário consegue fazer upload das próprias imagens, alterar fontes, personalizar o fundo ou alterar as cores, por exemplo.
Outro programa que tem uma ampla gama de templates para mapas desse tipo é o Creately, que também conta com exemplos pré-desenhados profissionalmente.
Já o SmartDraw cria automaticamente o diagrama mais adequado conforme as informações fornecidas, em um formato bastante intuitivo.
Diferenças entre mapa conceitual e mapa mental
Os mapas conceituais se assemelham a uma rede de conexões e, como já dissemos, costumam ter o conceito principal disposto hierarquicamente acima das demais ideias, que são associadas dentro de retângulos ou elipses e ligadas por linhas ou setas compostas por expressões de ligação.
Já o mapa mental, embora também seja uma representação gráfica de organização de conteúdos, lembra mais uma árvore com raízes e galhos. Há quem associe mapas mentais a neurônios, sendo que os conceitos são associados a uma palavra-chave central. Não há frases ou expressões, mas substantivos.
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Outro ponto é que, no caso da técnica criada pelo psicólogo inglês Tony Buzan, o objetivo é expandir para as laterais da página as palavras ligadas ao tema do centro. O fato é que tanto o mapa mental quanto o conceitual podem ser efetivos para os estudos, e saber diferenciá-los é fundamental para entender quando e como cada um deles pode ser útil.
*Texto por: Marcela Marcos.