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Como financiar seus estudos no exterior?

“Estude no exterior.” “Isso vai te ajudar profissionalmente.” “É uma experiência incrível.” Quem deseja passar uma temporada fora do país com certeza sabe de tudo isso — e se não sabe já ouviu alguém falar. Mas uma das barreiras para levar adiante esse sonho é o orçamento. Ainda que seja possível concorrer a uma bolsa, é melhor garantir seus próprios fundos.

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Segundo cálculos da Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Culturais (Belta), um curso de idiomas pode variar entre US$ 1.500 e US$ 16.000, enquanto uma graduação vai de US$ 3.100 a US$ 70 mil (veja tabela abaixo).

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Para te ajudar a planejar melhor sua futura estadia, o Estudar Fora conversou com o educador financeiro Mauro Calil para saber algumas dicas valiosas na hora de se organizar.

Vá com calma!
É preciso ficar atento às datas de aberturas dos cursos para começar o planejamento com, pelo menos, um ano de antecedência. “Menos que isso já é pouco tempo para se organizar bem”, diz Calil.

Poupe!
A conta para saber a quantidade de dinheiro poupado não é uma porcentagem do seu salário. É necessário saber o valor total do seu projeto e dividir de acordo com seu bolso. Por exemplo, se você precisa de US$ 12 mil dólares para uma temporada de 12 meses no exterior, seria um total de US$ 1 mil por mês — o que dá em torno de R$ 2 mil. Esse valor tem que caber no bolso mensalmente. Se não for possível, divida pela metade e espere um ano a mais para juntar a quantia necessária. Vai valer a pena!

Invista além da poupança
Há três opções de investimentos que rendem mais que a caderneta: LCI, LCA, CDB, produtos bancários de renda fixa que são menos arriscados do que o investimento em ações, por exemplo. Seu banco pode te ajudar a escolher a alternativa mais interessante para você.

A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) são isentos de imposto de renda. O Crédito de Depósito Bancário (CDB), por ser mais acessível, não é livre de imposto de renda. Cada uma das alternativas tem um investimento inicial e um prazo para retirada. “Elas são mais aconselháveis para quem pode esperar um prazo de três anos”, diz Calil.

Ir com agência ou sozinho?
Geralmente com agências o gasto é mais baixo do que preparar tudo sozinho. “Elas conseguem dar descontos por ganhar com a quantidade de alunos enviados”, diz Calil. Em 2012, 175,8 mil brasileiros foram ao exterior com agências. Além disso, há a comodidade de ter tudo organizado por elas. Com agências é necessário pagar entre 20% a 30% do pacote na hora do fechamento e o restante até 40 dias antes do embarque.

No caso de ir sozinho, vale buscar passagens fora da alta temporada e em sites estrangeiros, que podem sair por um preço até 20% menor. Fique atento na hora de pagar o curso, já que a maioria das escolas no exterior não tem opção de parcelamento.

Levar reais ou a moeda local?
Calil aconselha a converter toda a quantia para a moeda do país de destino. “Assim, você paga a taxa de conversão apenas uma vez, no lugar de fazer isso a cada mês ou semana”, diz.

Se o período de estadia for superior a seis meses é aconselhável abrir uma conta num banco local para transferir o dinheiro e pagar apenas uma vez a taxa de transferência internacional. Os cartões de viagem cobram uma taxa fixa a cada saque e com a conta local você evita essa cobrança.

Separe dinheiro para baladas e viagens
Um erro muito comum que Mauro Calil aponta é que os estudantes esquecem que das festas com os novos amigos e das viagens nos feriados locais. Então, calcule uma quantia razoável para essas atividades, além das despesas fixa como aluguel, curso e alimentação.

Não dependa da possibilidade de trabalhar
Muitos países como Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Irlanda permitem o trabalho junto com o período de estudos. Mas não se engane: as vagas geralmente oferecidas são para o setor de serviços, em trabalhos como bares, restaurantes e hotéis, que não pagam o suficiente para garantir o sustento durante a estadia.

Créditos estudantis
É melhor evitá-los. Hoje cada vez mais bancos oferecem essa opção, mas o mais adequado é evitar dívidas quando retornar da temporada no exterior. “Se você quiser pagar à vista é sempre melhor”, diz Calil.

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