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Como lidar com os desafios de Estudar Fora

Redação do Estudar Fora - 10/07/2013
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A experiência de morar fora de seu país para conquistar um diploma, seja ele de graduação ou pós, vislumbra cada vez mais estudantes. Mas junto com todas as vantagens que essa experiência traz, vem também os desafios, que, acredite, não são poucos. “Apesar de já falar inglês, eu tive várias dificuldades. Tinha que anotar tudo na aula e no final perguntar para o professor ponto por ponto que não havia entendido. Cheguei a sair correndo pelo prédio atrás de um professor numa prova, porque eu não tinha entendido a questão”, conta o ex-aluno de Stanford, Gabriel Benarrós.

Segundo a especialista em Psicologia Intercultural, os intercâmbios são um encontro consigo mesmo e com o seu potencial. Mas são também uma regressão, por isso os desafios são muitos. “Você reaprende a comer, a se localizar, a se realizar. Por isso é um encontro consigo mesmo e te faz crescer. Na migração a gente sempre encontra a solidão, a vulnerabilidade, o desemparo, de uma maneira bastante aguda. Uma migração consciente, profunda, pensada, te fará crescer em todos os pontos. Mas é preciso preparo para enfrentar essa experiência”, revela. 

Como lidar com os desafios
Para a consultora, os principais desafios em estudar fora são a adaptação no novo ambiente e a fluência no idioma. “Para os brasileiros em especial, a adaptação no novo lugar pode ser difícil pelo nosso etnocentrismo, que pode ser entendida como uma visão míope do global. Ou seja, o brasileiro é muito centrado nele. A melhor comida é a do Brasil, a melhor música é a do Brasil. Observar o mundo assim, exclusivamente pelas suas próprias lentes, cria uma certa miopia cultural, e sim é um desafio para o brasileiro”, explica Andrea.

1. Desafio do Idioma
Para enfrentar os problemas de idioma, tenha uma preparação antecipada. “Algumas pessoas tem aquela fantasia de ‘deixa… que quando eu estiver lá eu aprendo’. É claro que você vai aprender, mas vai demandar muito mais tempo e muito mais distanciamento no início”, comenta. A competência intercultural é a construção de pontes, e o cimento é o idioma, portanto se você levar o cimento na mala já, bem preparado, será muito melhor para você.

2. Desafio da adaptação cultural
Quanto à adaptação no novo ambiente, um alerta da especialista é que mas do que se preocupar em conhecer o país que está indo, você se preocupe consigo mesmo e com os seus comportamentos.

“É aqui que entra a Pscicologia Intercultural. Este tipo de Psicologia estuda o esquema mental dos povos e seus comportamentos. Em nossos atendimentos, a ideia é que você faça um inventário pessoal honesto, pensando em quanto você é open minded,flexível, curioso, tolerante e tolerável. Ou seja, olhar muito para dentro de si, para ver o que você tem para levar na mala, e não somente no que o outro lado tem a te oferecer”, esclarece.

Esse tipo de “terapia” é recomendado para todos que pensam em fazer um intercâmbio, seja para a graduação ou a pós-graduação. “Esses desafios ocorrem em todas as idades. O processos migratórios em geral atingem o coração da mesma forma. O treinamento intercultural é uma capacitação para lidarmos melhor com esses desafios”, orienta.

Leia mais: 5 dicas para aproveitar ao máximo o seu intercâmbio 

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