Para quem tem o sonho de fazer uma graduação ou pós-graduação no exterior, esse momento de quarentena pode estar cheio de incertezas. Afinal, com aulas suspensas e muitas fronteiras internacionais fechadas, pode parecer que estudar em outro país se tornou algo impossível.
Mas isso não é verdde. Os processos seletivos de universidades estrangeiras continuam acontecendo, e é uma questão de tempo até que as fronteiras dos países se abram novamente. Quando isso acontecer, será importante que você esteja preparado. E o momento atual ainda permite que você vá se preparando de diversas maneiras!
A seguir, vamos listar sete dicas para que você aproveite a quarentena para se preparar para estudar fora. Confira:
1 – Pesquise por universidades
Muita gente sabe que quer estudar no exterior. Mas pouca gente sabe exatamente onde no exterior que gostaria de estudar. Se esse é o seu caso, aproveite esses dias para fazer uma busca e descobrir quais são as universidades em que você gostaria de passar alguns anos estudando.
De acordo com Juliana Kagami, a coordenadora do Prep Estudar Fora (programa da Fundação Estudar que prepara jovens para entrar nas melhores universidades do mundo), há algumas perguntas que podem te ajudar a fazer essa pesquisa. “Pensa, por exemplo, em que tipo de clima você gostaria que a sua universidade tivesse, mais quente ou mais frio, ou se você gostaria de estudar em um campus urbano ou rural”, comenta.
Outra dica que ela dá é pensar nas instituições em que você estuda (ou já estudou) e tentar entender o que você gosta e não gosta de cada uma delas. Com base nesse entendimento, procure por universidades que tenham mais daquilo que você aprecia e menos daquilo que você não curte. Entrar em contato com pessoas que já estudaram em universidades estrangeiras é uma boa ideia. Depois dessa pesquisa, você já pode montar sua college list.
2 – Estude para as provas
Se você quer fazer uma graduação no exterior, é bem provável que você precise fazer uma prova padronizada como o SAT ou o ACT. E se pretende fazer uma pós-graduação no exterior, talvez precise apresentar suas notas do GMAT ou GRE como parte do processo de admissão. E mesmo que isso não seja necessário, mostrar uma boa nota nesses exames é uma maneira de fortalecer sua candidatura.
Mesmo que você ainda não tenha conseguido agendar as provas, é uma boa ideia já ir se preparando para elas. Os exames não são o único critério usado no processo de admissão às instituições estrangeiras, mas são um critério importante. E por serem provas em línguas estrangeiras, elas exigem bastante preparo da parte do candidato para tirar a melhor nota possível.
3 – Treine o inglês
Outra coisa de que você vai precisar para estudar fora é um certificado de proficiência em inglês. Mesmo que você não vá estudar em um país anglófono, muitas instituições de ponta de países como Alemanha, Holanda, Suíça, China e Singapura têm aulas em inglês e exigem um bom conhecimento do idioma dos candidatos que pretendem estudar lá.
Felizmente, há diversas organizações oferecendo recursos para estudar inglês pela internet de maneira gratuita nesse momento. Há até mesmo uma ferramenta que ensina inglês por WhatsApp, para quem gosta de usar o aplicativo. Então o fato de você não poder sair de casa não deve te impedir de continuar treinando para exames como o TOEFL ou o IELTS.
Você pode combinar esses recursos que estão de graça durante a quarentena com outros aplicativos, ferramentas e podcasts para praticar todos os componentes dos exames. Com isso, da próxima vez que você sair de casa, seu inglês já deve estar bem melhor.
4 – Aproveite o momento de autoconhecimento
Autoconhecimento pode parecer algo vago e difícil de entender, mas esse momento de quarentena é ótimo para desenvolver essa habilidade. Ela envolve, basicamente, estabelecer contato com os seus objetivos pessoais, acadêmicos e profissionais, entender o que você precisa fazer para chegar lá e como as coisas que você já fez se encaixam nessa trajetória.
De acordo com Juliana, o curso online de Autoconhecimento da Fundação Estudar é uma boa opção para esse momento. “Porque uma vez que você começar a escrever seus personal statements ou essays, tudo que você já aprofundou sobre você mesmo com essa experiência vira materia para texto”, comenta.
5 – Rascunhe sua carta de motivação
E por falar em personal statement, esse é um ótimo momento para você começar a escrever sua carta de motivação. Você não precisa terminá-la agora, mas como o processo de redigir esse documento em geral leva bastante tempo, agora é um ótimo momento para você começar a pensar no que vai escrever.
Uma boa ideia é anotar algumas ideias que você tem para a sua carta e tentar desenvolvê-las sem muito esforço. Isso já deve deixar claro sobre quais delas você consegue escrever de maneira mais fluida. Lembre-se: a ideia não é que você termine a carta agora, mas que você aproveite esse tempo para adiantar um pouco da escrita.
6 – Entre em contato com professores
Outra coisa de que você vai precisar para estudar fora é de uma carta de recomendação (ou até mais de uma, dependendo do caso). Mesmo nos casos em que ele não é necessário, ele pode ser usado como uma maneira de compensar notas ruins no seu histórico acadêmico, e só por isso ele já é um documento bem valioso.
É um documento que você precisa pedir a professores, coordenadores pedagógicos ou contatos profissionais. E pedir esse documento com bastante antecedência é uma das melhores maneiras de garantir que ele vai favorecer sua candidatura. Então se você puder já entrar em contato agora com essas pessoas, é uma ótima ideia.
7 – Continue a fazer o que puder!
É importante lembrar que a quarentena não é um período de férias. Por mais que a nossa realidade esteja muito diferente, é importante que a gente continue se esforçando para fazer o possível durante esse momento. Ou seja: não deixe de estudar e de praticar suas atividades extracurriculares dentro do que a situação permitir.
Se você não estiver conseguindo manter as atividades que já fazia, uma boa opção é aproveitar esse momento para fazer um curso online. Há diversas opções gratuitas de universidades de ponta, incluindo Harvard e escolas da Ivy League (Princeton, Yale, Brown, etc.).
De acordo com Juliana, esses cursos “são um meio de mostrar que você está usando o seu tempo de um modo produtivo”. E ela ressalta que o essencial é mostrar que você está tentando se desenvolver mesmo durante um período difícil, mais do que fazer essa ou aquela atividade específica.