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Conheça a história de estudante que fez estágio na NASA

Por Carolina Campos

Desde muito cedo Pedro Nehme, de 24 anos, sonhava em fazer intercâmbio nos Estados Unidos. Em 2012, o estudante de engenharia elétrica na Universidade de Brasília (UnB), viu que seu sonho poderia se tornar realidade. Assim que o primeiro edital do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) foi lançado, Pedro não titubeou. Correu atrás, fez o TOEFL, preencheu todos os formulários, escreveu as redações exigidas e foi aceito no programa.

O time da NASA sabia que merecíamos estar ali, então eles nos cobravam na mesma proporção

Ele foi alocado na Catholic University em Washington, DC, e, mesmo antes de sair do Brasil, entrou em contato com uma professora brasileira do Departamento de Astrofísica de lá. Como ele a descobriu? Procurando na internet, claro!

Pedro sabia que a escola tinha um convênio com a NASA e que, em breve, seria realizado um processo seletivo para selecionar 7 alunos para passar o verão estagiando na maior agência espacial do mundo. Sem perder tempo, entrou em contato com a professora, fez tudo o que era preciso e, ao final, a boa notícia: foi selecionado!

Assim que seu trabalho na agência começou, Pedro recebeu uma missão: construir uma câmara criogênica (!) para um balão que faria o mapeamento de estrelas. E assim fez. Em todos os momentos, ele diz, o estágio foi bastante desafiador: “O time da NASA sabia que merecíamos estar ali, então eles nos cobravam na mesma proporção”.

Além de possibilitar trabalhar com cientistas de alto desempenho e com equipamentos de ponta, o estágio também teve outros impactos na vida do estudante. “O ritmo de trabalho era muito intenso. Houve uma quebra de paradigmas com relação a ser estagiário e sobre o que somos capazes de fazer”.

Eu voltei de lá querendo ajudar o Brasil. Cheguei aqui no dia 18 de dezembro do ano passado, e antes do Natal, já estava trabalhando na Agência Espacial Brasileira

“Ele mudou as minhas perspectivas em três esferas: profissional, pessoal e cultural. Tive contato com equipamentos e profissionais muito sofisticados, aprendi a lidar comigo mesmo e conheci pessoas de várias partes do mundo. Vou levar isso para o resto da vida”, completa.

Hoje, Pedro é bolsista da Agência Espacial Brasileira (AEB) e está com previsão de se formar no final do ano. Na AEB, trabalhou no desenvolvimento de um nano satélite chamado SERPIENS, que acabou de ser lançado em órbita. A proposta de criação deste satélite se deu graças a um convênio entre algumas universidades brasileiras, que juntaram fundos e permitiram que seus alunos pudessem elaborar algo com suas próprias mãos.

Além disso, ele também participou ativamente de um acordo realizado entre a AEB e a NASA, que tem por objetivo enviar alunos brasileiros para a agência norte-americana. “Eu voltei de lá querendo ajudar o Brasil. Cheguei aqui no dia 18 de dezembro do ano passado, e antes do Natal, eu já estava trabalhando na AEB. O Ciência sem Fronteiras devolve conhecimento para o Brasil, sim”, reflete.

*Foto: Pedro Nehme na NASA / Crédito: divulgação

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