Por Vivian Carrer Elias
A cidade de Melbourne, na Austrália, foi eleita pelo quinto ano consecutivo a melhor cidade do mundo para se viver pela revista The Economist. O ranking da publicação é feito com 140 cidades e leva em consideração fatores como segurança, sistema de saúde, infraestrutura, meio ambiente e educação.
Sempre há festivais que celebram a cultura de algum país, como festival de comida japonesa ou festas latinas
Educação, aliás, é um dos principais destaques de Melbourne. É lá onde está a Universidade de Melbourne, a mais bem ranqueada da Austrália e a 33a melhor do mundo, segundo a publicação britânica Times Higher Education (THE). Além disso, a consultoria Quacquarelli Symonds (QS) considera Melbourne como o 2o melhor lugar destino para estudantes, atrás apenas de Paris. Sydney, por sua vez, ocupa a 4a posição.
Apesar de tantos atributos, Melbourne ainda é pouco conhecida entre os intercambistas brasileiros que viajam para a Austrália. “As cidades mais populares entre nossos estudantes são Sydney e Gold Coast, que têm um perfil mais jovem e atraem quem quer contato com a natureza e praias”, diz Luiza Vianna, gerentes de produtos da Central de Intercâmbio (CI).
Melbourne oferece algo além de belas praias: a vida cultural mais intensa da Austrália. “É uma cidade mais cosmopolita, com muitas exposições, museus, galerias de arte, festivais e restaurantes diferentes. Por isso, costumamos indicá-la a intercambistas mais velhos ou àqueles que desejam combinar natureza e cultura”, afirma Luiza. Segundo ela, a cidade também é mais indicada a estudantes que buscam por regiões com menos brasileiros.
A psicóloga Patrícia Martins, 27 anos, está em Melbourne desde 2012. Atualmente, estuda Educação Física na Australian College of Sport and Fitness. “Optei pela cidade após fazer muita pesquisa e descobrir que era um lugar que acolhia muito bem alunos internacionais”, diz. “Como há muitos estudantes estrangeiros, tudo é pensado para tornar a vida deles mais fácil.”
Para Patrícia, o lado cultural é o maior atrativo dessa cidade. “Sempre há festivais que celebram a cultura de algum país, como festival de comida japonesa ou festas latinas, por exemplo”, diz. “Melbourne é uma cidade grande, com prédios modernos e altos, mas muitas vezes parece cidade do interior, pois as pessoas são mais tranquilas do que em Sydney, por exemplo. É um lugar muito bonito, organizado, com arquitetura linda e transporte público eficiente”, elogia.
Melbourne é uma cidade grande, com prédios modernos e altos, mas muitas vezes parece cidade do interior, pois as pessoas são mais tranquilas do que em Sydney
Custos –Tantos pontos positivos em uma só cidade, porém, têm um preço alto. A Austrália é considerada uma das nações com o maior custo de vida do mundo, e Melbourne está entre as regiões mais caras do país. Ainda assim, é uma opção um pouco mais barata do que Sydney, segundo o ranking Mercer Cost of Living 2015.
Para se ter uma ideia, o custo médio de um curso na Universidade de Melbourne é de US$ 22.700 por ano. Já um curso de inglês de três semanas na cidade sai por cerca de R$ 5.800 pela Central de Intercâmbio (CI). O valor inclui acomodação em um quarto individual em casa de família e meia pensão. Para ter acesso aos gastos estimados na cidade com itens específicos, como transporte, roupas e alimentação, clique neste link.
Intercambistas podem trabalhar – Apesar do alto custo, é importante destacar o governo australiano permite que todos os estudantes internacionais trabalhem no país, desde que obedeçam o limite de 20 horas semanais. Nas férias acadêmicas, não há limite de horas. A Austrália é um dos poucos países que ainda permite que estudantes internacionais matriculados em cursos de curta duração trabalhem. Nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, por exemplo, isso não é possível.
Além disso, a Austrália investe US$ 200 milhões por ano em bolsas de estudos para alunos internacionais. Em Melbourne, há algumas oportunidades, entre elas o programa Victoria Latin America Doctoral Scholarships, que oferece cerca de US$ 60.000 para alunos de doutorado de países da América Latina cobrirem os seus gastos durante 3 anos.
Há também a possibilidade de candidatar-se a uma bolsa oferecida por instituições de ensino específicas. A Universidade de Melbourne, por exemplo, possui programas destinados a alunos internacionais, tanto para a graduação quanto a pós-graduação. Essas bolsas cobrem integral ou parcialmente o valor de um curso universitário.
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