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Instituto Confúcio tem curso de mandarim gratuito para alunos da rede pública

Portão Sul da Universidade Normal de Hubei

O Instituto Confúcio está com matrículas abertas para cursos de Língua Chinesa. O curso de mandarim, que vai do básico ao avançado ao longo de nove semestres, terá início no dia 2 de agosto, e é gratuito para estudantes de escolas públicas (de ensino fundamental e ensino médio, com 12 a 17 anos de idade). As inscrições podem ser feitas até 2 de agosto.

As turmas que oferecem gratuidade são todas na sede do Instituto Confúcio, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (Rua Dom Luís Lasanha, 400). Os horários são:

  • às sextas-feiras de manhã (das 7h00 às 10h00);
  • às sextas-feiras de tarde (das 16h às 19h);
  • às terças e quintas de tarde (das 17h00 às 18h30).

Para os demais interessados, os cursos têm um custo de R$ 750 por semestre. No total, cada semestre do curso de mandarim é composto por 50 horas de aulas e atividades. Alunos que indiquem amigos que também se matriculem poderão receber descontos em sua mensalidade.

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O Instituto Confúcio existe em São Paulo fruto de uma parceria com a Unesp. Além do curso de mandarim, o instituto também oferece oportunidades de intercâmbio estudantil na China, com bolsas integrais, e auxilia profissionais brasileiros a serem contratados por empresas chinesas.

Como é aprender mandarim?

Carlos Henrique Pires foi aluno do Instituto Confúcio em Assis, no interior de São Paulo. Na época, estudava Letras na Unesp e começou ao curso de mandarim “pelo desafio mesmo”. Com apenas dois meses de estudo, porém, sua turma de chinês venceu um concurso. Isso lhe rendeu uma viagem de duas semanas à China. “E a partir daí eu me encantei pela China”, conta.

Não foi um processo simples. Carlos conta que não tinha qualquer contato com a cultura oriental antes de começar a estudar a língua. “Eu nunca tinha comido nem sushi. Eu só fui usar Kuàizi [o nome chines para os palitinhos que são usados como talher] pela primeira vez quando cheguei na China”, lembra.

Sua principal dificuldade com a língua foi a tonalidade.O mandarim é uma língua tonal, com quatro tons diferentes, além do tom neutro. Isso significa que a maneira como uma palavra é pronunciada pode alterar completamente seu significado. “Para mim era uma coisa muito doida no começo”, diz.

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Outra dificuldade que Carlos teve no começo foi com relação à escrita. “Com o alfabeto romano, mesmo que você não saiba o que uma palavra significa, você consegue escrever e ler essa palavra. No mandarim, se você não entende uma palavra, também não vai saber ler nem escrever ela”, diz.

Mesmo assim, sua experiência no país foi “apaixonante”. “Eu descobri outro mundo lá”, lembra. Tanto que, no ano seguinte, Carlos voltou para fazer um intercâmbio de um ano na China, na Universidade de Hubei, que fica na cidade de Wuhan. Ele voltou de lá com um certificado de proficiência HSK de nível 4 (são 6 níveis). “Aprendi em um ano o que eu levaria cinco anos para aprender aqui”, comenta.

Como um curso de mandarim pode ajudar na sua carreira

Essas oportunidades foram determinantes para a carreira de Carlos. Ele continuou no curso de Letras da Unesp após voltar do intercâmbio e, quando estava para se formar, veio para a cidade de São Paulo comemorar o ano novo chinês.

Nesse momento, a diretora do Instituto Confúcio (que Carlos já conhecia) comentou que a CCTV, emissora chinesa com representação no Brasil, estava em busca de um profissional recém-formado para trabalhar lá. “Na minha última semana de aulas, eu fiz a entrevista lá e assim que o meu curso acabou, eu já estava empregado”, diz.

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Isso foi há quatro anos. Carlos começou como auxiliar de escritório na CCTV e, com o tempo, Carlos foi assumindo mais responsabilidades. Atualmente, ele trabalha como analista de jornalismo da CCTV. Nessa posição, ele viaja para acompanhar os jornalistas chineses que vem ao Brasil fazer matérias.

“Já viajei pro sul, pra Foz do Iguaçu, e para o nordeste a trabalho. E no fim do ano passado eu acompanhei eles até a cúpula do G20, na Argentina”, conta. De certa forma, ele considera que todas essas experiências começaram quando ele decidiu começar o curso de mandarim só pelo desafio em 2010. “Se não fosse por isso a minha vida estaria totalmente diferente hoje”.

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