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Danilo Herrera: em Middlebury College para mudar o cinema brasileiro

Enquanto muitos estudantes sonham em melhorar o Brasil atuando na gestão do setor público ou em áreas de alto impacto tecnológico, o mineiro Danilo Herrera, de 19 anos, quer fazer diferente: utilizar o cinema para projetar o país.

A história do jovem com as artes é antiga: há mais de oito anos, ele faz sapateado e atua em peças teatrais, e ainda no 2º ano do ensino médio, ganhou seu primeiro prêmio de produção cinematográfica. A sétima arte sempre teve um lugar especial em sua vida, mas foi somente ano passado, quando já estava no segundo semestre do curso de relações internacionais na Universidade Federal do Rio de Janeiro, que ele decidiu fazer da paixão profissão.

Jovens fazem ‘vaquinha’ para estudar nas melhores universidades do mundo

Danilo foi aceito em sete universidades americanas, entre elas o Middlebury College, onde pretende estudar cinema pelos próximos quatro anos. Agora, ele precisa do seu apoio para chegar lá. Ele é um dos 17 participantes do Crowdfunding Estudar Fora, uma parceria da Fundação Estudar com o site Benfeitoria para ajudar jovens de alto potencial a estudar nas melhores universidades do mundo. Assista ao vídeo dele e contribua!

danilo herrera montagem

Leia a entrevista a seguir e saiba mais sobre os planos e motivações do Danilo:

Como surgiu a vontade de estudar cinema? 

A paixão pelo cinema surgiu aos poucos. Na minha família há muitos artistas e, por isso, desde pequeno venho experimentando muitas formas de arte. Atuei em peças de teatro, faço sapateado e amo literatura. Com o tempo, descobri no cinema uma forma de diálogo entre essas diferentes modalidades artísticas. No ensino médio, produzi um curta para um festival da minha cidade, Uberlândia, e levei o primeiro lugar. Essa experiência com o filme, que retratava a minha relação com a cidade e com os contrastes sociais do meu entorno, foi muito gratificante e só me fez ter mais vontade de continuar investindo na área.

Como você acredita que estudar cinema em uma instituição de renome vai te ajudar?

Acho que, muito mais do que entretenimento, o cinema funciona como um formador de opiniões e um instrumento de reflexão sobre a nossa realidade. Vivemos em uma era tecnológica, em que várias pessoas trocam os livros pelas salas de cinema. Por isso, acho que é essencial investir em filmes que façam as pessoas pensarem sobre os problemas da atualidade. Além disso, o cinema tem um papel fundamental na composição da imagem de um povo e, consequentemente, de um país. O Brasil, por exemplo, teria melhores condições de se projetar internacionalmente, se o resto do mundo conhecesse melhor sua cultura e realidade de forma geral. Basta analisar o cinema norte-americano e a sua importância na política externa desse país…. Justamente por esse motivo, quero estudar cinema nos Estados Unidos. Nada melhor do que aprender com grandes mestres no assunto para depois aplicar esse conhecimento em produções brasileiras.

Sua família te apoiou na decisão de estudar artes fora do país?

No primeiro momento, meus pais levaram um susto, pois quando decidi prestar cinema já estava no segundo período de relações internacionais na UFRJ. Isso porque, no final do ensino médio, não havia encontrado informações suficientes para prestar a graduação fora. No entanto, comecei a sentir muita falta de estudar aquilo que eu realmente amava e meus pais entenderam isso perfeitamente. Quando descobri o programa de preparação da Fundação Estudar, meus pais me incentivaram a me inscrever, pois, no fundo, sempre souberam dessa veia artística.

O que você pretende fazer quando acabar os seus estudos?

Tenho muita vontade produzir os meus próprios filmes, imprimindo a eles uma marca bem brasileira. Eu venho do interior, nasci e passei toda a minha vida em Uberlândia, e espero poder retratar aspectos pouco explorados do nosso povo, fazendo com que o resto do mundo conheça e reconheça o nosso país, que é muito mais do que futebol e carnaval.

botão Danilo

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