Por Juliana Simon
“Aloha só tem lá”. É assim que Thais Cavalcanti, de 26 anos, descreve o Havaí em entrevista ao Estudar Fora. Para quem não sabe, “aloha” não é só uma saudação de boas-vindas, é um estilo de vida baseado em paz e compaixão tão presente entre os nativos do arquipélago como a prática do surfe. A capital do Havaí, Honolulu, abriga traços típicos dos Estados Unidos (Havaí é um dos 50 estados do país), como shoppings e hospedagem luxuosa, mas chama mesmo atenção por praias de água cristalina e população simpática com seus visitantes.
No começo deste ano, a bancária escolheu o destino por seu clima quente mesmo no inverno e a beleza natural que enche os olhos. “Fiquei encantada com a simplicidade do povo havaiano, a mistura única entre polonês, japonês e americano e as opções de esportes de aventura”, diz. Além de praias como a famosa Waikiki, é possível explorar crateras vulcânicas como a Diamond Head e até ambiente de selva, como Manoa Falls.
Para quem gosta de história, Thais recomenda a visita a Pearl Harbor, base naval atacada pela Marinha japonesa em 7 de dezembro de 1941. O episódio ficou conhecido como o marco da entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial. “Os memoriais, o armamento intacto e até os uniformes da época me deixaram bastante impressionada”, diz.
Foram três semanas de estudo em janeiro em uma residência estudantil e as lembranças não poderiam ser melhores – e peculiares: “Toda aquela recepção com os colares e a dança hula que a gente vê nos filmes realmente acontece. Outra coisa que me chamou atenção foi ver crianças pequenas, de uns cinco anos, já com pranchas nos braços. Eles respiram surfe. Também foi a primeira vez que eu vi uma japonesa de olho azul. A beleza do havaiano é única”, lembra.
Conhecer o Havaí também era o sonho de Rachel Silva, que ficou um mês na ilha de Oahu (a principal do arquipélago) no ano passado, na casa de uma família das Filipinas. “Amo surfe. Então decidi escolher um lugar que me proporcionaria uma experiência única de estudar, conhecer uma cultura diferente e, claro, poder surfar”, diz. A impressão da analista de marketing de 28 anos era de estar em casa: “Eles são muito amigáveis e sempre me davam dicas do que conhecer, como North Shore e Hanauma Bay”.
Toda aquela recepção com os colares e a dança hula que a gente vê nos filmes realmente acontece. Outra coisa que me chamou atenção foi ver crianças pequenas, de uns cinco anos, já com pranchas nos braços. Eles respiram surfe
Assim como Thais, Rachel diz levar o espírito “aloha” para a vida: “Quer dizer muito mais do que uma forma de saudação. É saber respeitar o próximo, as diferenças culturais, ter ternura e perseverança. E isso eu carrego comigo sempre”.
Luciano Timm, diretor da Education First (EF) no Brasil, também ressalta a receptividade havaiana: “É a razão de existir dos havaianos. Eles vêem os visitantes com muita naturalidade, como parte da rotina”.
Além da experiência única, outro diferencial do país, segundo Luciano, é a baixa presença de brasileiros, o que facilita na hora de praticar o inglês e realmente mergulhar na cultura local.
Destino fora do circuito tradicional de intercâmbio, como Nova York, Inglaterra e Austrália, o Havaí atrai cada vez mais jovens na média de 25 anos. Este público busca uma viagem que combine a necessidade de estudar o idioma para a carreira e a oportunidade de realizar o sonho de conhecer as praias paradisíacas e surfar na Meca do esporte.
Na EF, ao contrário da procura por intercâmbio nos EUA continental, prejudicado pela recente alta do dólar, os cursos do Havaí, apesar de terem preços parecidos (em média US$ 13.500 para seis meses de curso), tiveram crescimento de 14% em comparação ao primeiro semestre de 2014.
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