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As dicas de application de quem foi aprovado de primeira em universidades renomadas

Aprovação na primeira tentativa

O que há em comum entre candidatos que tiveram sucesso logo na primeira tentativa de application para universidades de excelência no exterior? Quais as dicas para quem também quer conquistar uma aprovação logo de cara? O Estudar Fora foi procurar saber com três dos bolsistas da Fundação Estudar!

De primeira em Harvard: foco

Pedro Farias cursa a graduação em Harvard, em Applied Math/Economics, desde agosto de 2016 (com conclusão em 2020). No caso dele, a dica não é exatamente sobre o que o ajudou a chegar lá, mas sim sobre a principal dificuldade que encontrou ao longo do processo seletivo. No ano em que aplicou para a renomada instituição, ele também decidiu participar do processo de admissão para 15 faculdades – embora Harvard sempre tenha sido a primeira opção. “Se eu tivesse investido um pouco mais tempo em pensar na razão de aplicar para cada uma, eu poderia ter reduzido minha lista”.

 

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De primeira no MIT Sloan: autoconhecimento

Eduarda Bardavid ingressou no programa de MBA do MIT (Massachusetts Institute of Technology) em setembro desse ano, e o sucesso na candidatura foi atribuído à preparação antecipada, além do autoconhecimento. “Investi bastante tempo antes da application em fazer uma reflexão holística sobre mim mesma: quais eram os meus pontos fortes e fracos; fatores que historicamente forjaram a minha personalidade, minhas motivações e paixões; aprendizados com experiências recentes; meus planos futuros, etc. Quanto mais clara sua visão geral de si mesmo, mais facilmente você conseguirá transmitir uma mensagem coesa à escola”.

Já em relação às dificuldades que teve, a maior delas foi consolidar tantas informações (trajetória pessoal, profissional, planos futuros, potencial e diferenciais perante outros candidatos) em apenas 300 palavras, que é o limite de um essay para o MIT Sloan. Aliás, no quesito “essay”, Eduarda tem uma dica de ouro: pedir feedback a pessoas de confiança, que não apenas conheçam você, como também – de preferência – estejam por dentro de como funciona a application da instituição específica em que está interessado.

“É um processo interativo. Não espere escrever e ter a versão final de primeira. Quanto mais pessoas te derem feedback, mais opiniões você terá de diferentes pontos de vista. Por outro lado, tome cuidado para não coletar feedback das pessoas ‘erradas’, ou seja, aquelas que não conhecem a escola e que podem acabar dando conselhos contrários ao que realmente deve ser feito”.

Outra dica da estudante sobre essays é tentar deixar a timidez de lado na hora de pedir feedbacks. “Hoje eu consigo pensar em pessoas que poderiam ter me dado conselhos super relevantes e que na época eu não consultei, talvez por vergonha”.

Curso completo de autoconhecimento da Fundação Estudar

De primeira na Universidade de Chicago: redação exepcional

Aprovado em setembro desse ano para um duplo diploma na Universidade de Chicago (MBA e Mestrado em Políticas Públicas), o engenheiro civil Luis Fonseca já começa dizendo que não passar na primeira não é “o fim”, já que, apesar da aprovação na instituição americana logo de cara, não foi aceito em outras que gostaria. A questão é que, ele explica, “não ter passado pode ter muitas explicações”, sobre as quais o estudante não tem controle. “Você só controla seu esforço, o que te deixa muito mais próximo de bons resultados, mas não consegue controlar todo o processo”.
A principal dica de Luis é não subestimar o tempo necessário para percorrer, com segurança, todas as etapas da application.
“Achei que tinha começado a me preparar com antecedência, mas, no final, ficou claro que eu deveria ter começado ainda mais cedo. É importante lembrar que coisas darão errado ao longo do caminho e você precisa de uma folga razoável para acomodar esses problemas”, sugere. “Ter tempo faz toda a diferença, pois ajuda a garantir que o resultado final é o melhor que você poderia conseguir”.
No caso dele, outra surpresa foi perceber que os essays eram mais complexos do que ele imaginava – e, portanto, o tempo é “soberano” nesse caso, também! “Para quem não tem experiência com esse tipo específico de redação, é difícil entender o estilo ‘mais vendedor’ de escrita que vai agradar às universidades de fora”.
O aluno de Chicago ressalta, ainda, a mesma dica de Eduarda: “Você vai precisar fazer muitas versões, pedir comentários de amigos, pessoas que já passaram pelo mesmo tipo de processo e consultores especializados, o que leva algumas semanas. Ao mesmo tempo, deve-se garantir que o texto está bem condensado, com muita informação relevante em poucas palavras, e, claro, também assegurar que o inglês esteja o melhor possível”. Aqui, temos o ponto-chave para o estudante: garantir excelência.
“Nesse trabalho de escrever redações, aprendi que você não pode se contentar com um texto bom – ele tem de ser excepcional. Isso não significa que você deve trabalhar em apenas uma redação infinitamente, mas sim que você deve gastar muita energia em cada redação”

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