É difícil para qualquer um receber um “não” da sua universidade dos sonhos, e geralmente a decisão de rejeitar a sua candidatura pode parecer injusta ou arbitrária. Mas será que uma carta de rejeição é realmente o fim da linha?
Infelizmente, na maior parte dos casos, sim. Mas existem algumas exceções a essa regra e, se este for o seu caso, veja abaixo qual seria a forma ideal de pedir uma revisão do processo.
É importante notar que algumas escolas não permitem este recurso e, em todos os casos, as chances de sucesso não são muito altas. Por isso, não é recomendável apelar apenas porque você ficou chateado ou porque acha que eles podem ter deixado de notar alguma informação importante – mesmo com milhares de inscrições sobre as suas mesas, os selecionadores analisam cada candidatura com cuidado.
A maior parte das universidades informa em seu site se admite ou não recurso. Caso não encontre a informação no site, é possível conferir diretamente com o escritório de admissões qual é a política da universidade para este caso. A Universidade de Califórnia em Berkeley, por exemplo, aceita cartas de apelação apenas se o estudante apresentar informações novas e significativas. A Universidade de Columbia, por outro lado, não aceita sob nenhuma circunstância.
Quais circunstâncias justificam recorrer?
– O estudante tem novas informações significativas para apresentar.
Você acabou de ganhar um prêmio ou reconhecimento? Você acabou de receber notas que são notavelmente melhores que as que você enviou originalmente? Nestas situações, pode ser que algumas universidades aceitem, mas muitas escolas não vão permitir recurso e pedirão que você se candidate novamente no ano seguinte.
– O estudante foi prejudicado por um erro processual
Suas notas no SAT foram enviadas erradas pelo College Board? O seu histórico acadêmico foi emitido com informações erradas pela sua escola? Sua candidatura foi enviada de forma incompleta por razões fora do seu controle? Neste caso, a apelação é justificada por erros de instituições terceiras e, embora seja mais fácil recorrer com este argumento, será necessário provar que a falha não foi sua.
Outros motivos, como “meus amigos com notas semelhantes foram aceitos e eu não”, ou “gostaria que vocês olhassem novamente minha inscrição pois talvez não tenham visto que… xyz” não são razões suficientes para apelar. Há sempre uma razão por trás da rejeição, e uma apelação com a mensagem de fundo “Vocês claramente se enganaram e não perceberam o quão bom eu sou” não será sequer considerada.
Vou recorrer. O que devo fazer?
O primeiro passo é tentar entender por que a rejeição aconteceu. Isso pode ser descoberto através de um telefonema educado ou mensagem de e-mail para representantes da universidade.
Ao falar com os representantes, não questione a decisão ou sugira que a universidade errou na avaliação. Apenas tente entender quais foram os pontos fracos encontrados na sua application.
Se descobrir que foi rejeitado por algo que não teve mudanças significativas – como notas do SAT ou falta de profundidade em atividades extracurriculares – agradeça o representante pelo seu tempo e siga em frente.
Se, por outro lado, a apelação for por causa de um erro administrativo da sua escola de ensino médio, apresente o erro em uma carta breve, acompanhada de uma carta emitida pela instituição de ensino legitimando sua afirmação.
Se o caso for de compartilhar novas informações, certifique-se que elas sejam relevantes. Se as suas notas foram 10 pontos mais altas, não se dê ao trabalho de recorrer. Se, por outro lado, o resultado do seu SAT subiu 120 pontos, esta é uma informação que vale a pena compartilhar.
O mesmo vale para atividades extracurriculares e prêmios. Um certificado de participação em uma colônia de férias não vai fazer nenhuma escola reverter uma rejeição. Descobrir, por outro lado, que você foi selecionado para a seleção nacional de qualquer esporte, pode ser que o faça.
Por qualquer motivo que seja, sempre seja educado e grato. Reconheça que os recrutadores têm um trabalho difícil, e que você entende que o processo seja competitivo. Ao mesmo tempo, reafirme seu interesse na escola e apresente as informações novas. Não faça uma carta longa – respeite o tempo apertado das equipes de seleção. Além disso, sempre que possível, prefira carta a e-mail: é menos provável que um documento físico passe desapercebida.
Este artigo foi publicado originalmente no site about education. O original (em inglês) pode ser conferido aqui.
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