O processo seletivo para entrar em universidades no exterior é bem diferente do vestibular brasileiro. Na maioria dos países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, essa seleção é feita de uma forma mais holística, valorizando o perfil do estudante, juntamente com o seu desempenho acadêmico.
Nesta matéria você vai entender como funciona o processo de seleção para universidades nos Estados Unidos e vai ver que não é tão difícil como parece. Em breve o Estudar Fora trará para você o funcionamento desse processo em outros países. Fique ligado!
O que o processo de admissão avalia nos candidatos?
Basicamente, o processo de admissão em uma universidade no exterior quer saber como foi o seu desempenho acadêmico no Ensino Médio; conhecer em quais atividades extracurriculares você já se envolveu e conhecer a sua trajetória pessoal.
E o que há por trás disso tudo? Segundo a coordenadora do Prep Program, Laila Parada-Worby, as universidades querem avaliar a fluência do candidato em inglês; a sua performance acadêmica, o engajamento dele em atividades extracurriculares; o que os seus professores tem a dizer sobre o aluno; as notas dele em exames padrão; e também outros critérios mais subjetivos. “Eles também podem considerar como aquele aluno se encaixa com as particularidades daquela universidade. Se o “jeito” dele combina com a cultura daquela instituição”, comenta.
Um ponto importante é que mesmo existindo etapas comuns a todas as universidades, cada instituição tem as suas particularidades no processo, portanto, fique atento. Por exemplo, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) possui um sistema próprio para a candidatura, que é o MyMIT, e não utiliza o Common Ap, que é um sistema online padronizado, no qual você faz a sua candidatura para a maioria das universidades americanas. A Universidade de Darthmouth pede, além das cartas de recomendações dos professores, uma carta de recomendação de um amigo. Por isso, após escolher quais universidades quer estudar, se informe também sobre as particularidades de cada uma.
Questionários, Testes, Essays, Entrevistas… quais são afinal as etapas do processo?
Em geral, as etapas do processo de admissão em uma universidade no exterior são:
#1. Application Forms (ou Questionários): Nos questionários serão pedidos dados cadastrais, informações sobre o seu desempenho acadêmico (suas notas no colégio, sua posição no ranking da turma, se houver) e lista das atividades extracurriculares que participou. Tudo referente ao ensino médio.
Quer ter uma ideia de como são esses formulários? O site do Common Ap disponibiliza exemplos de todos os formulários para download. Clique AQUI e veja o exemplo do Application Form de 2012.
#2. Testes padronizados: Assim como temos o ENEM aqui no Brasil, nos EUA os testes SAT, ACT, SAT II são utilizados como forma de obter uma nota com avaliação padronizada dos candidatos.
#3. Testes de idioma: O objetivo deles é demonstrar que sua fluência em inglês é suficiente para estudar em uma instituição com esse idioma. As provas mais comum são o TOEFL e o IELTS.
Saber o que é uma boa nota em cada um desses testes depende da universidade em que você pretende estudar. “Estes exames fornecem para as universidades uma referência para saber se o aluno está dentro do que é esperado de alguém pronto para iniciar uma graduação”, explica Laila.
#4. Essays: Os Essays são redações que você terá de fazer se apresentando e contando a sua trajetória pessoal. É uma das partes mais importantes do processo de seleção e também o momento que os alunos têm para se destacar entre os demais. “É a oportunidade de mostrar quem é você além das suas notas, dos resultados nos testes e do seu currículo”, explica Laila.
#5. Histórico Escolar: Outra etapa muito importante no processo é a análise do seu histórico escolar. As universidades querem checar se você tem um bom desempenho acadêmico e se tem potencial para ser um excelente aluno. Junto com o histórico, algumas universidades podem pedir a sua posição no ranking de alunos de sua escola. No Brasil não são todas as escolas que possuem rankings de seus alunos, mas caso a sua tenha, ter uma boa posição será um diferencial para você.
#6. Cartas de recomendação: Essa é uma prática que não é muito comum aos brasileiros, mas é uma etapa importante para o aluno se destacar. É a hora de mostrar quem você é por meio da opinião dos seus professores e de outras pessoas que o conhecem bem.
#7. Entrevista: A entrevista será feita em inglês, com um ex-aluno ou com um representante da universidade. Em geral, é o momento de reforçar tudo que já foi mostrado nas outras etapas. É importante você estudar bem o perfil da universidade, pois na entrevista serão avaliados pontos como a adequação do seu perfil ao da universidade.
Agora que você já entendeu melhor como funciona o processo de seleção no exterior, chegou a hora de decidir se você quer estudar fora ou não. Também é hora de melhorar as suas chances de ser aprovado. Se você acredita que está um pouco fraco em algum dos critérios avaliados, aproveite o seu tempo para se aprimorar nisso. Leia algumas dicas AQUI.