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Saiba como e onde é possível fazer estágio durante o intercâmbio

estudantes resolvendo um trabalho

Para quem está pensando em estudar fora durante a graduação ou pós-graduação, um estágio durante o intercâmbio em empresas estrangeiras pode ser uma boa opção para começar a carreira. A notícia ruim é que são poucos os países que permitem ao estudante estrangeiro trabalhar enquanto estuda no exterior. Já a notícia boa é que, nesses lugares, é bem fácil conseguir a permissão para realizar os dois.

Austrália, Nova Zelândia, Irlanda, Estados Unidos e Canadá são os destinos mais certos para quem procura aliar experiência acadêmica e estudantil, mas cada um oferece oportunidades diferentes. Por isso, é importante o estudante primeiro decidir o que pretende com a sua experiência internacional e depois selecionar o melhor lugar para vivê-la.

“Cada país tem um processo próprio para conseguir cada tipo de permanência,e elas dão direito a coisas diferentes em cada um deles”, explica Ana Karla, da agência STB. No geral, segundo ela, a permissão para trabalhar é obtida no próprio país, uma vez que o estudante já está lá.

As opções vão desde estágio durante o intercâmbio na própria área de estudo – a mais interessante para turbinar o currículo – até trabalhos operacionais (como caixas de lojas, garçons e ajudantes de cozinha), alternativa escolhida para bancar o curso e praticar a língua.

Intercâmbio de Estudo e Trabalho

“Quando falamos de Austrália e Nova Zelândia, geralmente os estudantes saem daqui para estudar inglês e lá obtêm a permissão com o departamento de imigração local”, explica Eduardo Frigo, gerente de produtos da Central de Intercâmbio. Basicamente, diz ele, basta ter o visto de estudante e abrir uma conta no banco. Já no caso da Irlanda também é necessário declarar, no momento de ingresso no país, a quantia de 3 mil euros, que será utilizada para abrir a conta bancária.

No Canadá, a permissão de trabalho é concedida a alunos matriculados em cursos técnicos ou vocacionais, e a solicitação deve ser feita no próprio aeroporto com um oficial de justiça. Para trabalhar, também será necessário abrir conta no banco e ter endereço fixo no país. Neste caso, Frigo não recomenda ao estudante realizar cursos em sua própria área de estudo.“Um estudante de administração vai rever tudo que ele já viu na faculdade no Brasil, pois trata-se de um programa técnico. Eu recomendaria complementar com outro curso, como de marketing ou finanças”, aconselha.

Estágio durante o intercâmbio na área de estudo

Para realizar estágios na própria área de estudo, remunerados ou não, o leque de países se torna maior: o primeiro passo é ser aceito para uma vaga em determinada empresa. Existem agências especializadas em facilitar esse contato, como é o caso da IAESTE (International Associatiation for the Exchange of Students for Technical Experience). Outra opção é fazer o contato diretamente com o empregador.

A partir de então, o empregador deve enviar ao candidato uma carta de aceite, que será levada junto a outros documentos ao consulado do país para a obtenção de visto de estágio. É importante entrar em contato com o consulado com antecedência para garantir que todos os documentos solicitados estejam em dia. O tipo de visto para esta situação varia de país a país.

Embora com restrições para permissão de trabalho a intercambistas, os Estados Unidos oferecem boas opções de estágio na área de estudo. “Para quem quer investir na carreira, é uma boa”, diz Frigo. Ele alerta, porém, que a burocracia do visto pode confundir: quem vai realizar um intercâmbio de curta duração e/ou um estágio recebe o visto J1, que permite exercer atividades relacionadas ao programa de estudos, trabalhando até 20 horas semanais. Já no caso de cursos em instituições profissionais ou não-acadêmicas, como cursos profissionalizantes, o visto necessário é o M-1, que autoriza a realização de atividades remuneradas que sejam exigências do curso.

 

Por Beatriz Montesanti

 

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