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Estágio no exterior para estudantes de medicina: entenda como funciona

Bolsas de mestrado e pós-doutorado para profissionais da saúde

Nem todo estudante de medicina sabe, mas há diversas oportunidades na área para se desenvolver no exterior ainda na graduação. Assim como em outras áreas do conhecimento, ter uma experiência de intercâmbio fortalece o currículo e expande os horizontes para além das competências técnicas, já que permite ter contato com outras culturas e entender realidades distintas. Escolher passar as férias desenvolvendo conhecimentos médicos em outro país, por exemplo, é possível por meio de alguns programas conhecidos. Entenda!

Estágio em medicina no exterior, na prática

O estágio de estudantes de medicina no Brasil normalmente ocorre nos últimos dois anos da faculdade. O período é chamado de “internato” – diferente da residência médica, que acontece após a formação. Os internos lidam com especialidades médicas variadas e começam a colocar em prática, de fato, o que aprenderam nos anos anteriores do curso. Já no que se refere a um internato no exterior, a experiência é mais de observação, uma vez que, por questões de legislação de cada país, dificilmente o interno terá autorização para a prática em si.

Leia também: Estudar medicina no exterior: como funciona a seleção das universidades

Quanto ao processo seletivo para o intercâmbio, as regras variam conforme o programa, mas as exigências mais comuns são comprovar proficiência no idioma do país no exterior e enviar uma autorização da instituição de ensino no Brasil. As especificidades de cada seleção podem ser encontradas nos sites dos programas. Veja, abaixo, os mais comuns.

Principais programas para fazer estágio em medicina no exterior

IFMSA 

A International Federation Medical Students Association’s (IFMSA) foi fundada em 1951 e é uma das maiores e mais antigas organizações geridas por estudantes do mundo. Ela representa, conecta e envolve uma rede de 1,3 milhões de estudantes de medicina de 130 países ao redor do globo.

O intercâmbio oferecido pela organização (que pode ser nacional ou internacional) tem duração de um mês, durante o qual o estudante realiza um estágio em um hospital local e participa de um programa social.

Além desta iniciativa, o estudante de medicina associado também pode participar da General Assembly – um evento anual que reúne as associações de mais de 100 países, além de instituições como a Organização Mundial de Saúde, a ONU e a Unesco. São sete dias de treinamentos sobre tópicos como Saúde Pública, Saúde Sexual e Reprodutiva etc. Para ter acesso às oportunidades, o interessado precisa se informar se sua faculdade é filiada à Federação e procurar o estudante responsável. 

DENEM

A Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM) é um instituto mundialmente reconhecido pela representação de quem estuda para ser médico no Brasil. Assim como no caso da IFMSA, o intercâmbio da instituição dura um mês. Há dois programas principais neste caso: o Núcleo Brasil Cuba (NBC) e o Núcleo Brasil China (NBChina).

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O primeiro consiste em um acordo bilateral entre a DENEM e a Federación Estudiantil Universitaria (FEU) para incentivar o debate e a reflexão crítica sobre os sistemas de saúde brasileiro e cubano. Já o segundo tem por objetivo a troca de experiência entre estudantes brasileiros e alunos da medicina tradicional chinesa, o que ocorre a partir do curso A Miraculous Jorney to Explorer Traditional Chinese Medicine, oferecido pela Universidade de Xangai.

UNIFESO Sem Fronteira

Os estudantes de graduação e de pós-graduação do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) podem complementar a formação com uma vivência em alguma instituição de ensino superior estrangeira com as bolsas do Unifeso sem Fronteira. A iniciativa começou em 2021 e, para 2023, ofertou cinco bolsas, no valor de R$ 2 mil cada. O valor do auxílio é destinado exclusivamente para gastos com alimentação, estadia, transporte e passagem. Os últimos contemplados fizeram um módulo eletivo do Internato Médico em Lisboa, Portugal. 

Convênios com as próprias faculdades

Uma maneira alternativa de fazer intercâmbio de medicina é observar se a própria universidade em que estuda no Brasil tem convênio com alguma instituição no exterior. Normalmente, este tipo de parceria ocorre por meio de programas de Mobilidade Internacional, que cobre parte dos custos ou sua totalidade.

 

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