Para quem ainda tinha dúvidas se valeria a pena estudar em outro país, uma pesquisa da escola de pós-graduação em business INSEAD, com campi na Europa e Ásia, vem comprovar cientificamente os benefícios da experiência.
Um estudo conduzido por Willian Maddux, PhD em psicologia social e professor da disciplina de comportamento organizacional na INSEAD, mostra que quem estuda ou mora fora volta para seu país de origem com capacidade para pensar de forma mais complexa e criativa, tornando-se mais esperto. Como consequência do desenvolvimento dessas habilidades, possui também mais chances de obter sucesso profissional. As informações sobre o estudo foram publicadas pela revista TIME.
Maddux pesquisou alunos matriculados em um programa internacional de MBA e constatou que o engajamento multicultural de cada um, ou seja, a capacidade que demonstravam de se adaptar a novas culturas e aprender sobre elas indicavam o quão complexo seu pensamento seria. Em outras palavras, os estudantes que estavam abertos a culturas estrangeiras mostraram-se capazes de conectar melhor ideias distintas ou contraditórias.
Segundo Maddux, o engajamento multicultural de cada um foi um preditivo também do número de ofertas de trabalho que receberiam ao término do mestrado. “As pessoas que têm vivência internacional mostram-se mais criativas e melhores solucionadoras de problemas, sugere nossa pesquisa. Além disso, têm mais chandes de desenvolverem novos negócios e produtos e de serem promovidas”, afirma.
Outro estudo — Maddux não está sozinho na empreitada de descobrir os benefícios de morar fora. David Therriault, professor de psicologia educational na Universidade da Flórida, também conduziu um estudo sobre o assunto. Ele dividiu uma sala de estudantes de graduação em três grupos — aqueles que tinham estudado no exterior, aqueles que pretendiam um dia estudar fora e, por fim, aqueles que nunca tinham morado em outro país e nem planejavam — e aplicou um teste de pensamento criativo. Adivinhem qual foi o resultado? Pois é, aqueles já haviam estudado fora obtiveram o melhor desempenho.
Vale esclarecer, entretanto, que não basta apenas sair do país para ficar mais esperto. Conforme os especialistas, o que vai definir se uma pessoa se tornará mais flexível e criativa ao estudar no exterior é a sua capacidade de se abrir ao novo e de aprender com outras pessoas e culturas.