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Europa ou América do Norte: tudo sobre o intercâmbio nos dois continentes

*Autora: Marcela Marcos

Quando o assunto é intercâmbio, tanto a Europa quanto a América do Norte oferecem inúmeras possibilidades de alavancar a carreira e corresponder aos anseios pessoais de um estudante. Em ambos os continentes é possível aprender inglês.

Para quem pretende cursar o ensino superior, não faltam opções de universidades que se destacam nas primeiras posições dos principais rankings que medem a qualidade do ensino, sejam europeias ou norte-americanas. No entanto, naturalmente há diferenças importantes entre os continentes – e saber a respeito é fundamental para facilitar a escolha pelo destino lá fora. Confira!

Vantagens e desvantagens de fazer intercâmbio na Europa

De maneira geral, um dos maiores benefícios em escolher o continente europeu para o intercâmbio é a facilidade em visitar outros países além do destino escolhido para estudar fora. Várias viagens entre os locais próximos podem ser feitas de transporte público, como o trem. O fato de os países serem pequenos permite conhecê-los melhor em menos tempo.

Outra vantagem é o componente histórico do continente europeu, com uma série de construções arquitetônicas milenares. Entretanto, o custo de vida, em geral, é mais alto – e as moedas dos destinos mais comuns de intercâmbio no continente europeu são mais caras. Agora que trouxemos um panorama geral, falaremos mais sobre os destinos principais:

Intercâmbio no Reino Unido

O Reino Unido é um conjunto de ilhas localizado a noroeste do continente europeu, do qual fazem parte os seguintes países: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte (cuja capital é Belfast). A Irlanda (cuja capital é Dublin) é outro país, do qual falaremos mais adiante.

Para quem quer aprender inglês, um intercâmbio no Reino Unido é uma maneira de estudar o idioma com o sotaque popular em filmes como Harry Potter. Já para o ensino superior, tanto na graduação quanto na pós, é possível utilizar um sistema unificado de candidaturas para universidades britânicas chamado de UCAS (sigla para “Universities and Colleges Admission Service”), que funciona como uma espécie de SISU do Reino Unido e permite que o candidato aplique para até cinco cursos diferentes, em até cinco universidades.

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Entre as capitais, Londres se destaca pela ampla rede de transporte, diversidade de programas culturais e elevado padrão de vida. Em relação à permissão para trabalhar, há uma desvantagem em optar pelo Reino Unido se seu objetivo é fazer um curso de inglês, já que só quem está matriculado em uma universidade é autorizado a trabalhar por lá.

Intercâmbio na Irlanda

A Irlanda é a terceira maior ilha da Europa, tem 70.284 km² de área total e cerca de 4,7 milhões de habitantes. Por ano, o país recebe uma maior quantidade de visitantes do que toda a própria população: são aproximadamente 6 milhões de turistas visitando anualmente.

Para quem pensa em realizar um intercâmbio na Irlanda, o país oferece boas opções de universidades e cursos. Outros pontos positivos são o custo de vida mais baixo e leis de imigração mais flexíveis que em outros países europeus. Na Irlanda, alunos matriculados em qualquer curso, inclusive de idiomas, com duração superior a 25 semanas podem trabalhar meio período (ou em tempo integral nas férias).

A Irlanda é também conhecida pela população jovem (cerca de 40% dela tem menos de 25 anos), por ser o maior polo tecnológico da Europa e, ainda, por belezas naturais para todos os gostos, de montanhas a ondas.

Intercâmbio em Malta

O país Malta é uma ilha paradisíaca que fica localizada em pleno mar mediterrâneo. Além de ser uma linda região para visitar como turista, ela também é muito procurada por quem deseja estudar e aprender inglês. A variedade de paisagens que o arquipélago fornece serviu de cenário para grandes produções cinematográficas, como os clássicos filmes Gladiador, A Lagoa Azul e Tróia.

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A renomada série Game of Thrones também tem Malta como cenário. O destino de intercâmbio é altamente procurado por quem quer aprender a língua inglesa porque é mais barato estudar em Malta que na Inglaterra. Outro ponto positivo, principalmente para os brasileiros, é que o clima é mais amigável no país em relação a outros da Europa (com temperaturas mais baixas).

Prós e contras de fazer intercâmbio na América do Norte

Os principais destinos de intercâmbio na América do Norte são os Estados Unidos e o Canadá, embora o México também faça parte do continente. Assim como na Europa, não faltam opções de destinos com belas paisagens naturais e diversas oportunidades de lazer.

Estar relativamente mais perto do Brasil é um dos ganhos de optar pela América do Norte para o intercâmbio, entre outras mais específicas das quais falaremos a seguir. Contudo, o deslocamento entre os países norte-americanos não é tão simples, dada a extensão territorial. Saiba mais sobre os destinos mais comuns e por que optar por eles.

Intercâmbio no Canadá

Diversidade, receptividade e uma variedade de ambientes para atender a todos os gostos são os destaques da experiência de um intercambista no Canadá. O país é o segundo maior do mundo em área total (atrás apenas da Rússia) e já foi considerado o mais admirado do globo. Além de ser uma alternativa mais econômica frente ao real desvalorizado, o Canadá é reconhecido pelos vultosos investimentos em educação. Isso porque os estudantes contam com uma infraestrutura muito forte, com saúde, segurança e transporte.

O país oferece mais de 10 mil programas de graduação e pós em 95 universidades públicas e privadas. Há, ainda, inúmeras escolas de idiomas e cursos técnicos. A procura por modalidades de intercâmbio que combinam estudo e trabalho no Canadá tem aumentado bastante, sendo que os cursos que oferecem estágios remunerados nas áreas de negócios e tecnologia da informação são os mais buscados.

Para quem quer fazer um intercâmbio de idiomas que vá além do inglês, estudar em Montréal é uma ótima opção, já que a cidade oferece, também, o ensino de francês. Porém, os brasileiros precisam ter uma informação em mente (por mais óbvia que pareça) antes de optar pelo país: o frio é intenso!

Intercâmbio nos EUA

O inglês falado nos Estados Unidos é o mais popular no Brasil graças à forte presença nas produções audiovisuais e na música. Por esse motivo, para brasileiros, o sotaque será um facilitador. Ao falar dos EUA é fundamental considerar que a grande extensão abre um leque de opções diversas para os alunos, que variam conforme o perfil socioeconômico e o objetivo do intercâmbio.

Leia também: Estudar nos EUA: cursos mais baratos em Harvard, Stanford e Columbia

É possível colocar o inglês em prática e, paralelamente, ter contato com ensino de ponta para além de destinos como a popular Nova York. Uma localidade como os arredores de Boston e Cambridge, por exemplo, abriga instituições prestigiadas como Harvard e o MIT. Todavia, as leis de imigração estão mais rígidas nos últimos anos para os Estados Unidos.

Afinal, o que considerar antes de optar pela Europa ou América do Norte?

Como já destacamos, as diferenças entre fazer intercâmbio na Europa e na América do Norte passam por fatores como a moeda, distância do Brasil, custo de vida, clima, sotaque da língua inglesa, trânsito entre países vizinhos, possibilidades de trabalhar e regras de imigração.

Outro dado importante é a diferença entre os sistemas de ensino superior. O da Europa é baseado na Declaração de Bolonha, que tem como base melhorar o acesso a estudantes do próprio continente, promovendo mobilidade e tornando o ensino mais competitivo. Um aluno pode, por exemplo, cursar o bacharelado (que dura três anos) em qualquer universidade europeia signatária. No entanto, o ciclo bacharelado+mestrado deve ser concluído em cinco anos. Na licenciatura, é importante destacar que as disciplinas cursadas precisam ser voltadas para a área de estudos pretendida.

Já no ensino superior dos EUA não há a necessidade de o aluno decidir, antes mesmo da graduação, no que deseja se especializar. Da graduação à pós, a duração dos cursos varia entre 4 e 6 anos. Outra característica é que o aluno se habilita para determinada área por meio do major e, depois, pode optar por matérias mais específicas em um minor, que funciona como uma especialização. As exceções são os cursos de Medicina, Veterinária, Direito e Odontologia, que têm regras diferenciadas.

Mas talvez a principal informação para quem deseja fazer intercâmbio é a de que não existe universidade gratuita nos EUA: até mesmo as públicas são pagas.

O ensino superior no Canadá, por sua vez, se assemelha bastante ao dos Estados Unidos em termos de estrutura, mas a graduação dura, em média, um ano a menos. Outra diferença importante é que a maior parte das universidades é gerida pelo governo da província e, pelo fato de receber financiamento público, os valores costumam ser mais acessíveis quando comparados aos custos de uma instituição de ensino superior do país vizinho.

Agora que você já tem todas as informações sobre intercâmbio na Europa e na América do Norte, basta começar um planejamento que considere os principais motivos do intercâmbio pretendido. Veja mais dicas sobre como escolher o destino ideal para estudar fora neste post.

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