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Evite frustrações: prepare-se psicologicamente para o seu intercâmbio

Por Carolina Campos

Nos últimos anos, o número de estudantes brasileiros que buscaram um intercâmbio cresceu exponencialmente. Dados do Instituto Internacional de Educação (IIE) revelam que o Brasil está na lista dos dez países que mais mandam alunos para estudar na América do Norte.

Em 2013/14, mais de 13 mil estudantes se matricularam em universidades norte-americanas, o que demonstra um crescimento superior a 20% em relação ao ano anterior. Além disso, associações especializadas em intercâmbios acreditam que mais de 250 mil pessoas deixem o Brasil todos os anos para estudar.

Mas será que todas as pessoas que embarcam num intercâmbio tem uma experiência positiva? Nem sempre. Reportagem publicada no site USNews revela que choques culturais de adaptação, stress por questões financeiras, embaraços para se comunicar numa nova língua e dificuldades de criar novos vínculos de amizade podem levar a doenças como depressão, bipolaridade e, acredite, até esquizofrenia. Tudo isso, claro, sem falar nas diferenças climáticas e na saudade de casa.

Prepare-se com antecedência – Especialistas afirmam que uma das formas de evitar problemas durante o intercâmbio é justamente se preparar com antecedência. O primeiro passo, portanto, deve ser uma auto-avaliação para saber se este é mesmo o seu momento. Depois disso, busque informações nos escritórios internacionais das universidades, os chamados international offices. Em geral, esses lugares oferecem informações para o dia a dia do aluno, e podem, inclusive, recomendar psicólogos e psiquiatras.

Cuide da saúde – Outro ponto importante é o plano de saúde. Vale a pena prestar bastante atenção na apólice e ver se há cobertura para despesas com estes profissionais. Nos EUA, por exemplo, é comum que a universidade exija do aluno um plano de saúde que tenha cobertura para tratamento psicológico e psiquiátrico. Em geral, o estudante se responsabiliza apenas por parte do tratamento e se torna uma espécie de co-pagador.

Faça atividades que gosta – Em todo caso, o melhor a ser feito ainda é tentar se engajar em atividades sociais que tenham a ver com você, estar aberto para conhecer novas pessoas, ter paciência consigo mesmo (entenda que o processo de adaptação pode ser muito difícil!) e planejar-se financeiramente para evitar sustos.

Busque amigos antes mesmo de viajar  – Outra dica importante é tentar fazer amizades virtuais antes de viajar. Existem diversos grupos nas redes sociais de pessoas que já moram no seu destino, seja ele qual for. Acompanhar esses grupos pode ser interessante para você tentar entender alguns dos dilemas do dia a dia. Fora isso, esses grupos costumam dar dicas muito valiosas sobre moradia (em alguns lugares você pode ser obrigado a pagar até 4 aluguéis de uma só vez, por exemplo), transporte, alimentação e lazer. Coisas pequenas como qual o melhor banco para abrir uma conta ou qual a melhor operadora de celular podem fazer uma grande diferença na sua vida, evitando stress e frustrações.

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