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Ex-comissário de bordo conta o que aprendeu ao viajar por 60 países

O mineiro Caio Sá Moreira, de 25 anos, trabalhou como comissário de bordo em uma empresa área dos Emirados Árabes, o que lhe permitiu viajar por 60 países. Em depoimento ao site Nômades Digitais ele conta o que aprendeu ao visitar tantos lugares diferentes, da Austrália à Etiópia. Confira: 1. Não dar ouvidos a comentários preconceituosos sobre pessoas e lugares Os franceses são mal educados e não tomam banho. Os russos são frios. Quantas vezes você já não ouviu isso da boca de quem viajou para esses países? Não é de todo verdade. Pessoas grossas existem em todo lugar. Pessoas extremamente cordiais, também! Me lembro que uma vez, em Paris, um homem se aproximou de mim ao ver que eu – a pessoa com o pior senso de direção do mundo – olhava intensamente para um mapa, e perguntou: você está perdido? Posso te ajudar? Outra vez, em pleno inverno moscovita, uma russa que me guiou até o metrô não me deixou comprar a passagem e insistiu que eu usasse o seu cartão para passar pela roleta. 2. Aprender algumas palavras no idioma local pode te levar longe Um grande obstáculo que impede muitas pessoas de viajar é o idioma. Ninguém precisa ficar fluente em árabe para ir ao Egito, mas saber palavras e expressões básicas como “por favor” e “obrigado” pode ajudar muito. Não apenas pelo simples fato de que as pessoas te entenderão, mas também porque elas sentem uma satisfação muito grande em ver que um estrangeiro se esforça para falar sua língua e podem até se dispor a se esforçarem ainda mais para ajudar. 3. Viajar também é sair da sua zona de conforto A Europa tem lindos museus, Miami é o paraíso das compras, mas o mundo não é só isso. No mundo também tem sujeira e pobreza e eu acredito ser importante participar de tudo isso. Muitas pessoas me questionaram quando resolvi ir de férias para a Etiópia. “Como assim?”; “Quem vai pra lá?”; “Lá não tem nada”. Não me arrependi nem um pouco, foi uma das melhores experiências que já tive. É um país lindo, com uma cultura riquíssima e um povo hospitaleiro. Quando visitamos um país muito pobre, contribuímos para a economia local e temos a oportunidade de ajudar a quem precisa. Uma boa opção é encher a mala de roupas que você não usa mais e que pode doar. Fora isso, voltamos para casa com um sentimento de gratidão imensa pelo que temos, que pode não ser muito, mas é mais do que a maioria dos mais de 7 bilhões de pessoas na Terra sonha em ter. CaioMoreira4 4. Mais vale só um carimbo no passaporte do que dois voando Ter trabalhado como comissário de bordo me proporcionou a chance de viajar muito, mas muito mesmo. Você, ao ler o título desse post, talvez tenha pensado: “nossa, ele conhece 60 países?”. A resposta é não. Alguns países eu tive a sorte de conhecer sim, passando vários dias explorando sua cultura, mas os horários apertados dos voos me permitiam ficar apenas um ou dois dias nos destinos. Posso dizer que VISITEI 60 países, mas não que conheço todos. Por que não passar 20 dias em um só país ao invés de passar apenas 4 dias em 5 países? Conheça a cultura, o dia a dia da população. Veja o país pelos olhos de um local, não de um turista. 5. Experimentar faz bem Quantas vezes deixamos de experimentar algo (por exemplo, uma iguaria local) por preconceito? Uma coisa é verdade – se você não gostar da comida que experimentou, nunca mais precisa colocá-la na boca. Mas se gostar, pode ser um prazer que você terá pelo resto da vida. Ah, e também terá histórias interessantes para contar. Uma dica: os escorpiões de Bangkok são uma delícia! Leia a reportagem completa no Nômades Digitais Leia também: Guia do Intercâmbio tem informações sobre 30 países Dicas e sites para melhorar o inglês

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