Como parte do processo seletivo de muitas universidades estrangeiras, os comitês de admissão solicitam que os candidatos mostrem suas notas de exames padronizados internacionais. A ideia é avaliar o desempenho do candidato nesses exames para entender se os conhecimentos que ele já adquiriu em sua trajetória acadêmica lhe capacitam não só a acompanhar o ritmo da nova universidade, como também a contribuir para criar um ambiente de estudos favorável na instituição.
Por isso, exames como o SAT e o ACT são muito importantes para quem quer fazer uma graduação no exterior. A nota desses exames é um critério importante de seleção: uma boa nota pode compensar outros pontos fracos do application ou até dar uma boa vantagem ao candidato. Na pós-graduação, a situação é semelhante, mas os exames mais comumente exigidos são o GRE e o GMAT.
Devido à importância desses exames para a sua candidatura, vamos falar a seguir de maneira mais detida sobre cada um deles; primeiro, os de graduação e, na sequência, os da pós-graduação. Além de falar sobre os objetivos e critérios de cada um, também mencionamos como você pode se inscrever para realizá-los, e oferecemos dicas para que você se prepare bem e arrase no dia da prova. Confira!
Exames padronizados de graduação:
Como eles são usados no processo de admissão
Testes padronizados são usados para fornecer uma medida comum para estudantes de diversas origens. Com base apenas em históricos escolares, é difícil para uma universidade comparar um aluno de uma pequena escola particular no Texas a um aluno de uma grande escola brasileira em São Paulo. O teste padronizado proporciona uma maneira objetiva de avaliar o desempenho do aluno, independentemente do seu background.
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Os dois principais testes padronizados nos Estados Unidos são o ACT e o SAT, e eles são usados de forma intercambiável: você pode decidir se deseja fazer um ou outro. Você não precisa fazer os dois. Embora existam algumas universidades que sejam opcionais em relação aos testes (você pode aplicar para elas sem ter feito qualquer prova padronizada), a grande maioria das universidades dos Estados Unidos exige que você faça o ACT ou o SAT.
O que as provas testam e como elas são pontuadas?
De um modo geral, tanto o ACT quanto o SAT são projetados para testar o conhecimento acadêmico e as habilidades que um aluno precisa para ter sucesso na universidade. Ambos focam em gramática, compreensão de leitura e matemática do ensino médio.
Ambas as provas são pontuados usando um sistema em escala: o número de respostas corretas e incorretas é convertido em uma pontuação em escala que você envia para as universidades. No ACT, você recebe notas em quatro seções: Inglês, Leitura, Matemática e Ciências. Cada uma das pontuações da seção pode variar de 1 a 36. Suas pontuações de quatro seções são, então, calculadas para gerar sua pontuação composta. Uma pontuação composta perfeita é um 36 e uma nota composto média no ACT é um 21.
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No SAT, você recebe notas em duas seções: Leitura e Escrita e Matemática. Cada uma das pontuações das seções pode variar de 200 a 800. Suas duas pontuações de seção são adicionadas para gerar sua pontuação composta. No SAT, uma pontuação perfeita é de 1600, e a pontuação composta média do SAT é de 1050.
Existem diferenças de conteúdo nos exames?
O ACT e o SAT compartilham muito do mesmo conteúdo. A maior diferença entre os dois é que o ACT inclui uma seção de ciências. Apesar do nome, a seção de “Science” não testa seus conhecimentos de biologia, química ou física. Em vez disso, ela apresenta descrições de experimentos científicos e pede que você responda a perguntas sobre os resultados. Esta seção é frequentemente a seção que determina se um aluno se preparará para o ACT ou o SAT. Os alunos que se sentem à vontade para responder a perguntas sobre experimentos científicos tendem a preferir o ACT, enquanto os estudantes que são menos inclinados à ciência geralmente escolhem o SAT, que não tem uma seção de Ciências.
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Uma segunda diferença está no modo como o exame é administrado. A partir de agosto de 2018, o ACT será administrado como um teste feito em computador (os alunos lerão o exame e selecionarão as respostas em uma tela) em locais internacionais, enquanto o SAT continuará sendo um teste feito com papel e lápis.
Conheça o SAT EUA – A Versão Americana do ENEM
O Scholastic Aptitude Test (Teste de Aptidão Escolar), ou como é mais conhecido – SAT, é um dos exames mais comuns dos EUA, utilizado pelas universidades estadunidenses em seus processos de admissão para graduação.
Administrado pelo College Board, ele também pode ser chamado de SAT Reasoning ou SAT-I. O teste é aplicado em escala nacional e é uma espécie de ENEM. Isso porque ele funciona como um exame unificado, aceito em todas as instituições e tornando-se parte do processo de admissão.
O exame tem o objetivo de avaliar os conhecimentos e habilidades de raciocínio crítico do aluno através de três áreas: Math (matemática), Critical Reading (linguagem e interpretação de textos) e Writing (escrita). Cada seção da prova tem uma pontuação máxima de 800 pontos. No total, a nota máxima é de 2.400. Uma pontuação perfeita no exame é de 1.600, enquanto uma pontuação composta média no exame é de 1050.
Como funciona o SAT?
O tempo total do teste, incluindo o Essay, é 3 horas e 50 minutos. Confira abaixo a nova estrutura do exame (que passou a valer em 2016):
Evidence-based (Reading & Writing) – 100 minutos
#1 Reading – 65 minutos 52 questões
#2 Writing – 35 minutos 44 questões
Mathematics – 80 minutos 45 questões de múltipla escolha, 13 questões discursivas
#3 Math (Não é permitido uso de calculadora) – 25 minutos
#4 Math (Permitido uso de calculadora) – 55 minutos
O Essay é opcional e realizado no mesmo dia, porém após a realização das seções acima.
#5 ESSAY – 50 minutos – 1 evidence-based essay (analisar uma fonte)
Cálculo da nota da prova
Cada seção da prova conta entre 200 e 800 pontos. O seu resultado final na prova pode variar entre 400 e 1.600 pontos. As questões estão distribuídas entre os níveis fácil, médio e difícil, sendo que cada questão possui o mesmo peso de pontos, independente da dificuldade. Não há problema em chutar alguma questão caso não saiba (a penalidade para chutes era aplicada antes da mudança na estrutura do exame, ou seja, até 2016).
Avaliar se um candidato foi “bem” ou “mal” nessa prova depende muito das universidades em que ele pretende se candidatar. Assim como no ENEM, não existe “não passar” nesse exame, o que existe é ir mal e tirar uma nota baixa, o que pode atrapalhar a sua candidatura.
Como se inscrever para o SAT
Para realizar o SAT, é necessário se candidatar por meio do site da College Board. Na página, é possível encontrar os locais e as datas nos quais ele será realizado, e se registrar para fazê-lo. No Brasil, ele é realizado seis vezes ao ano em geral, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Salvador.
SAT Subject Test: tudo que você precisa saber
O SAT Subject Test, ou SAT II, é diferente do SAT “normal”, pois ele avalia o seu conhecimento em uma área específica, em uma prova de uma hora de duração. Os “Subject Tests” são exames de matérias específicas e requeridos por algumas universidades no seu processo de admissão. São os únicos testes em que o estudante pode escolher as matérias de maior interesse e nas quais pode demonstrar suas habilidades específicas.
O SAT II não substitui o SAT – é um exame complementar e que pode ajudar o candidato a mostrar para a universidade em quais matérias é muito bom, além dos conhecimentos gerais avaliados pelo SAT. Há SAT II em 20 áreas diferentes, cada teste tem uma pontuação máxima de 800 pontos, e você poderá fazer no máximo três testes por vez. Geralmente, as universidades mais disputadas pedem entre dois e três SAT Subjects, além do SAT 1. Este exame também é administrado pelo College Board.
As 20 áreas do SAT Subject Test
São 20 SAT Subject Tests em 5 áreas diferentes: Inglês, história, línguas, matemática e ciências.
São eles: Math Level 1, Math Level 2, Biology, Chemistry, Physics, Literature, U.S. History, World History, Spanish (com e sem listening), French (com e sem listening), Chinese (com e sem listening), Italian, German (com e sem listening), Modern Hebrew, Latin, Japanese (com listening), Korean (com listening). As línguas estrangeiras com listening são oferecidas somente em uma data específica.
Cada teste tem a duração de 1 hora e é oferecido com questões de múltipla escolha. É possível fazer de 1 a 3 Subject Tests no mesmo dia.
Onde fazer o SAT Subject Test no Brasil?
São oferecidos aproximadamente em 6 datas por ano aqui no Brasil e internacionalmente. Você pode encontrar as datas deste ano neste link.
Todas as faculdades requerem o os Subject Tests?
Nem todas. Existem 4 situações em relação a este ponto. São eles:
Required = Significa que o teste é requerido pela faculdade. Em alguns casos, o ACT pode ser aceito no lugar dos subject tests. Algumas faculdades requerem um teste e outras dois testes.
Recommended = O estudante pode escolher se deve ou não enviar sua nota. Caso tire uma nota alta, deve enviar o resultado; senão, pode optar por não enviar.
Considered = O Subject Test não é obrigatório nestes casos, mas uma boa nota em uma área que você tem bastante interesse pode incrementar seu application!
Alternativo = Significa que a universidade tem políticas específicas e flexíveis para os subject tests. Leia atentamente sobre cada uma delas.
O que é uma boa nota para o SAT subject ?
A pontuação vai de 200 a 800 pontos.
Nas melhores universidades dos EUA é esperado que o candidato tenha uma performance com notas maiores de 700 pontos. Segundo o site Thoughtco., 50% dos alunos aprovados no MIT tiraram notas no exame de física entre 720 e 800 pontos em 2013. E 75% dos aprovados na UCLA, neste mesmo ano, tiraram de 700 a 800 pontos.
Cada matéria tem o seu percentil de performance. Isto é, um percentil de 78% significa, por exemplo, que 78% dos alunos que fizeram aquele teste tiraram uma nota pior que a sua. Significa também que você está entre os 22% melhores.
Quanto custa prestar o Subject Test ?
A taxa de inscrição (Registration Fee) custa U$ 26,00 e cada teste realizado no Brasil, U$ 38,00. É possível se inscrever somente para um teste e no dia do teste adicionar outros 2, ou trocar a matéria no dia do teste.
Quais são as minhas chances de me dar bem no SAT Subject ?
Como estudante brasileiro, as suas chances de se dar bem são muitas, pois aqui no Brasil estudamos algumas matérias como Física, Química e Biologia por muitos anos e nosso conhecimento é bem maior do que a maioria dos americanos. A nossa matemática no colégio também cobre muito mais conteúdo do que os americanos estudam.
Já na literatura e em US History os americanos têm mais chances de sucesso, mas você também pode se preparar para elas. Eu só não recomendo World History, pois a narrativa americana nesta disciplina é diferente da nossa. O que é relevante para os americanos pode não ser tão relevante para nós em muitos aspectos o que torna esta prova mais difícil. Espanhol também é uma matéria bastante procurada pelos brasileiros, que tem maior facilidade no idioma que os americanos.
4 aplicativos para estudar para o SAT
Desenvolvido pelo próprio College Board, esse aplicativo gratuito oferece uma questão oficial do SAT todos os dias. Ao baixar o programa, os usuários têm acesso às questões dos últimos 30 dias, além de poderem filtrar as perguntas por áreas de interesse de acordo com as seções da prova. O aplicativo também cronometra o tempo gasto na resolução de cada questão, e deixa os estudantes conectados com o College Board por meio de um calendário com as datas dos testes e períodos de inscrição.
O SAT Up é um aplicativo muito interessante que se adapta às necessidades de aprendizado dos alunos. À medida que o usuário responde às questões, a ferramenta registra suas deficiências e passa a oferecer questões que desenvolvam as habilidades em falta. O programa também conta com jogos para axuliar no aprendizado do vocabulário da prova.
Esse aplicativo é um banco de dados do vocabulário cobrado no SAT. Os usuários podem consultar as palavras por ordem alfabética ou por radical e aprender seu significado e utilização na frase.
Mais abrangente, o Play2Prep explora o conteúdo do SAT e do ACT e é recomendado a candidatos que buscam aprendizado interativo. Além dos métodos tradicionais de questões parecidas com as do teste oficial e um banco de dados de vocabulários, o app oferece simulados completos e uma versão “game” do simulado. A prova é um jogo e o usuário pode, conforme o seu desempenho, personalizar o teste, com opções como dicas.
Dicas de preparação de quem foi aceito nas melhores universidades
studantes brasileiros que hoje estão nas melhores universidades do mundo tiveram maneiras bem diferentes de se preparar para chegarem lá. Dedicação e foco são fundamentais, mas algumas estratégias de organização e motivação podem fazer a diferença no resultado final dos exames de admissão.
O Estudar Fora conversou com alunos que tiveram notas altas no SAT (um dos exames solicitados pela maioria da universidades norte-americanas) e foram aprovados nos seus cursos dos sonhos.
Veja nos vídeos abaixo como eles se prepararam e que dicas dão para quem quer seguir o mesmo caminho:
https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2020/11/porquinho-1.jpg Torres, aluno de Stanford
“Encontrei muita resistência tanto do meu sono e do meu cansaço, quanto das pessoas. Todo mundo me falava que eu estava fazendo a coisa errada, que dormir duas ou três horas por noite não era saudável. (…) Mas quando você está muito motivado, você arranja energia.”
Larissa Maranhão, estudante de Harvard
“O jeito era acordar 3h15 da manhã para estudar para o TOEFL e para o SAT, porque era o tempo que eu tinha. Foi uma época muito difícil, eu estava exausta e me perguntava ‘será que isso vale a pena?’ (…) Só que eu falei: ‘Eu posso até não entrar, mas quero ter certeza de que estou fazendo tudo o que está ao meu alcance’.”
Daniela Felippe, aluna da Universidade Notre Dame
“Eu fiz uns cinco SAT’s, dois ACT’s e um TOEFL. Sempre me falavam para não fazer mais do que três provas porque as universidades achavam feio, que você não foi bem e precisou tentar tanto. Mas eu não tinha opção, tinha que fazer mais. Não podia parar no terceiro porque ainda não estava pronta.”
Alain Michel, formado em Economia na Universidade Duke
“Fazendo muitos simulados eu fui me acostumando e ficou natural para mim quanto tempo eu podia gastar com cada parte da prova, com cada tipo de pergunta. Isso me deixou preparado para na hora não sentir tanto a pressão.”
Pedro Mendonça, formado em Economia e Relações Internacionais na Universidade Yale
“Eu fiz o SAT na décima série para ser uma prova de teste, para ver como eu iria. É importante fazer uma prova diagnóstica para ver como você está e, com base nisso, pensar no seu plano de ataque.”
ACT: tudo sobre o exame
O ACT é um teste que avalia o conhecimento do aluno em inglês, matemática, leitura, ciência e redação e é usado pelas universidades americanas em seus processos de admissão, assim como o SAT. No Brasil, um teste similar é o ENEM. Segundo Marta Bidoli, supervisora do Education USA, 52% dos alunos que concluíram o ensino médio nos EUA em 2012 fizeram o ACT e, em alguns estados, 100% dos alunos realizaram a prova.
Apesar do ACT e o SAT serem parecidos, os testes tem suas particularidades. Marta afirma que “as universidades veem os dois exames com os mesmos olhos, e tem bastante familiaridade com ambas as provas”. Entretanto, ela acredita que os dois testes, na prática, são bem diferentes: “De maneira geral, o aluno que se sai bem no SAT tem um raciocínio lógico apurado. Já o aluno que consegue bons resultados no ACT geralmente tem mais facilidade de se lembrar dos conteúdos estudados na escola” conta. Outra diferença são as seções de avaliação. Enquanto o ACT conta com cinco áreas, o SAT tem três seções: raciocínio crítico, Matemática e redação.
Como funciona a prova
Seção 1 – English
A primeira seção do teste é a de inglês. O aluno tem que responder 75 questões em 45 minutos. Em geral, as questões avaliam a habilidade do aluno em pontuação, interpretação, estrutura e organização do texto. Saiba mais sobre a seção aqui.
Seção 2 – Mathematics
Em 60 minutos o aluno deve responder 60 questões. Essa é a única seção em que as questões têm quatro alternativas ao invés de cinco. O aluno deve resolver questões de álgebra, geometria e trigonometria. Saiba mais sobre a seção aqui.
Seção 3 – Reading
São quatro textos com dez questões cada. Uma característica que dificulta a realização dessa seção é o tempo. Os alunos têm 35 minutos para responder 40 questões. Saiba mais sobre a seção aqui.
Seção 4 – Science
Assim como a seção de leitura, os alunos têm 35 minutos para responder 40 perguntas que abordam temas relacionados às ciências naturais, onde o aluno deve fazer interpretação, análise, avaliação, raciocínio e resolução de problemas. Saiba mais sobre a seção aqui.
Writing – opcional
A redação é a última etapa do ACT. Os alunos que optam por fazê-la têm 30 minutos para escrever sobre assuntos diversos que só ficam sabendo no momento da prova, como religião, comunicação e tecnologia. No site ACT Writing Tips há diversos modelos de prova para que o aluno possa se preparar. Confira aqui.
Quando e onde é aplicado?
Nos EUA o ACT é aplicado seis vezes ao ano. Para conferir os locais e datas onde as provas serão aplicadas no Brasil, clique aqui. Dez cidades brasileiras contam com centros para realização do teste: Belém, Brasília, Curitiba, Londrina, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Entretanto, nem todas aplicam nas mesmas datas e nem a mesma quantidade de vezes. No período de 2013/2014 Manaus vai oferecer o teste uma única vez, no dia 13 de dezembro. Já cidades como Recife e Salvador oferecerão em cinco datas.
Treinando para o ACT
Laila Parada Worby, orientadora do Prep Program, programa da Fundação Estudar que orienta jovens que desejam estudar no exterior, acredita que “a melhor forma de se preparar é treinando com simulados reais, que você pode encontrar no site do ACT, principalmente nas matérias em que você se sente menos confiante”.
No site do ACT você pode tirar dúvidas, ler dicas e até realizar tais testes. Há, inclusive, um programa de preparação chamado ACT online Prep. Confira aqui.
Dicas para se preparar para o ACT
Em todo o ACT, você deve ignorar informações irrelevantes o máximo que conseguir. Claro, isso é mais fácil dito do que feito. Na seção de inglês, você geralmente deve escolher a resposta mais curta. Em muitos casos, os alunos tentam escolher a opção de resposta mais longa porque parece ser a mais sofisticada. Mas, muito pelo contrário, o ACT não gosta nenhum pouco de verbosidade e adora concisão.
Na hora de se preparar para o ACT, na seção de matemática, tente identificar as quantidades dadas na questão e ignorar o resto. O ACT geralmente prefere escrever problemas com palavras longas que dão muito contexto desnecessário. Para resolver uma questão de matemática, do que você precisa? Números. Encontre-os e ignore todo o resto.
Já na seção de leitura, uma boa dica é concentrar no primeiro e no último parágrafo de cada passagem, somente “lendo por cima” o restante. Se tentar ler a totalidade da passagem com o mesmo nível de atenção, é provável que acabe ficando sem tempo para concluir toda a seção.
O primeiro parágrafo é essencial, pois é onde o autor introduz o tópico. Enquanto isso, o parágrafo final pode ser considerado igualmente importante, pois é onde o autor dá sua opinião final sobre o assunto, frequentemente.
Para se preparar para o ACT, no caso da seção de ciências, tente ignorar quase todas as palavras. Concentre-se nos gráficos e tabelas fornecidos. Anote, então, as variáveis e números representados. Esta estratégia economiza bastante tempo e facilita a sua interpretação do que é, de fato, relevante.
SAT ou ACT: qual fazer?
Se as universidades aceitam tanto o SAT quanto o ACT, qual você deveria fazer?
Tudo depende dos resultados. Alguns alunos acabam tirando uma nota maior no SAT, outros vão melhor no ACT. Em vez de descobrir com isso uma bola de cristal, criamos o The Princeton Review Assessment (PRA) projetado para ajudá-lo a determinar qual teste se encaixa melhor com as suas habilidades.
Para ajudá-lo a focar seus estudos no exame correto, aqui estão sete principais diferenças entre eles:
As perguntas do ACT tendem a ser mais diretas
As questões do ACT são muitas vezes mais fáceis de entender em uma primeira leitura. Já no SAT, você pode gastar tempo tentando descobrir o que está sendo pedido antes que comece a resolver o problema. Para você ter um exemplo, aqui estão alguns modelos de perguntas do essay no SAT e do teste escrito (nome deles para essay) no ACT:
– SAT: Qual é a sua visão da afirmação de que algo mal sucedido ainda pode ter algum valor?
-ACT: Na sua opinião, os colégios devem ser mais tolerantes com estudantes que colam durante as provas?
O SAT tem uma forte ênfase em vocabulário
Se você é um amante das palavras, você vai adorar o SAT. Se as palavras não são seu forte, você pode se sair melhor no ACT.
O ACT tem uma seção de Ciências e o SAT não tem
Você não precisa saber nada sobre amebas ou reações químicas para a seção de Ciência do ACT. Ela foi criada mais para testar suas habilidades de leitura e de raciocínio com base na análise de um determinado conjunto de fatos. Mas se você tem fobia à ciência, o SAT pode ser a melhor opção.
A ACT testa conhecimentos matemáticos mais avançados
Além de aritmética básica, álgebra I e II e geometria, o ACT testa seus conhecimentos de trigonometria. Mas a seção de matemática do ACT não é necessariamente mais difícil, já que muitos estudantes acham as perguntas mais diretas do que as do SAT.
A Prova Escrita do ACT é opcional no dia do teste, mas exigida por muitas escolas
O essay do SAT, realizado em 25 minutos, é obrigatório e a pontuação é integrada na seção de writing. Já a prova escrita do ACT dura 30 minutos e é opcional. Se você optar por fazê-la, a nota não será incluída na sua pontuação geral. As escolas vão analisá-la separadamente. Muitas faculdades exigem a seção de escrita do ACT, então não se esqueça de verificar com as escolas em que você está se candidatando antes de fazer o teste.
O SAT é dividido em mais seções
No ACT, você fará cada área de conteúdo (Inglês, Matemática , Leitura e Ciências) em um grande bloco, com o teste de escrita opcional ao final. No SAT, as áreas de conteúdo (Leitura, Matemática e Redação) são divididos em 10 seções, sendo o essay exigido no início do teste. Você pode fazer um pouco de matemática, escrever um pouco, um pouco de leitura crítica, um pouco mais de matemática, etc. Ao escolher entre o SAT e ACT, pergunte a si mesmo se fazer um pouco de cada matéria vai confundi-lo ou ajudar a manter-se energizado durante o teste?
O ACT é um exame mais generalista
No SAT, os admissions officers se preocupam mais como você desempenhou em cada seção. No ACT, eles são mais preocupados com a sua pontuação final. Então, se você é fraco em uma área de conteúdo, mas forte em outras, você ainda pode tirar uma boa nota ACT e, assim, causar uma forte impressão na comissão de admissão.
O que é o superscore do SAT e do ACT, e como ele ajuda na application
Superscore é a nota (score, em inglês) que as universidades americanas consideram como mais alta, dentre os testes que realizados por um estudante. Ele leva em consideração as notas obtidas em cada seção das provas padronizadas, SAT ou ACT.
Por outro lado, o superscore não permite que sejam somados os desempenhos das duas provas distintas – por exemplo, inglês no SAT e matemática no ACT. Em outras palavras, o cálculo fica restrito a uma prova por vez.
Vamos a um exemplo prático do superscore:
No seu primeiro SAT, você tirou 680 em inglês e 690 em matemática – totalizando um score de 1370. Já no seu segundo SAT, foram 640 pontos no inglês e 760 na seção de matemática, chegando a um resultado de 1400.
Pensando no superscore, a nota considerada para English seria 680 (a maior entre as duas séries, obtida na primeira tentativa) e para Math, 760 (da segunda prova). Com isso, o score final do SAT equivaleria a 1440 pontos, graças ao superscore.
A mesma situação pode ocorrer no ACT. Nesse caso, estabelece-se uma média usando as melhores notas de cada seção (English, Math e Science) para montar o superscore.
Mais um exemplo prático:
Numa primeira vez, o estudante obtém 26 como nota em inglês, 28 para a área de matemática e 27 em ciências. Na situação hipotética, a média seria de 27 pontos.
Já em uma segunda prova, os resultados foram os seguintes: 24 na seção de English, 30 na parte de Math e 28 em Science. Ainda que duas notas tenham aumentado, a média continua a ser 27.
Usando o superscore, entretanto, as notas consideradas seriam as maiores em cada seção. Ou seja, 26 para o inglês, 30 para matemática e 28 para ciências. Com isso, a média sobe para 28.
Alunos que “gabaritaram” o SAT e o ACT dão dicas sobre os exames
Os dois estudantes Gilberto Barcelos e Leonardo Francfort, são unânimes: treino é a chave. “Ao invés de ficar decorando, pega os simulados e faz, pratica as redações”, afirma Leonardo. “A minha maior dificuldade foi acertar o tempo”, explica Gilberto. Os dois, que conquistaram excelentes notas nos exames, foram entrevistados pela especialista em preparação Ana Virgínia Kesselring.
Confira abaixo o que eles dizem sobre a sua preparação, quais são as principais diferenças entre os dois exames e como eles conseguiram quase “gabaritar” estes exames padronizados.
Como conseguir uma boa nota no ACT ou no SAT?
Quais foram as principais dificuldades no SAT e no ACT?
Exames padronizados de pós-graduação
Assim como na graduação, diversas universidades solicitam que estudantes interessados em seus programas de pós-graduação mostrem seus resultados de exames padronizados. A ideia por trás disso também é semelhante à da graduação: é preciso garantir que aquele aluno conseguirá não só acompanhar o curso como também contribuir para criar um ambiente universitário favorável aos estudos e atraente para outros estudantes.
Na pós-graduação, no entanto, há um fator adicional: estudantes de diversas graduações diferentes podem se candidatar para um mesmo programa de mestrado, por exemplo. Como garantir, então, que todos eles têm os conhecimentos necessários para se desenvolver ao longo da pós-graduação? Os exames padronizados são uma das respostas para essa pergunta.
Os exames mais comumente solicitados por departamentos de pós-graduação no exterior são o GMAT e o GRE. Por isso, vamos falar a seguir sobre os dois: suas estruturas, seus objetivos, e como se inscrever para realizá-los. Ofereceremos também dicas para conseguir boas pontuações nos dois exames. Confira!
GMAT: tudo sobre o exame padronizado para pós-graduação
O Graduate Management Admission Test (GMAT) é uma prova de admissão exigida pela maior parte das escolas de negócios nos Estados Unidos e na Europa. Mais de 1.500 programas de MBA em mais de 80 países utilizam as notas do GMAT como uma etapa de seus processos de seleção de alunos. O GMAT é válido também em alguns mestrados em Finanças, Políticas Públicas, Relações Internacionais, dentre outros. O exame é administrado pelo Graduate Management Admission Council e é realizado em aproximadamente 110 países.
Para ter um bom resultado no teste, o candidato que quer uma vaga em uma escola top precisa se preparar. “As pessoas estudam em média entre 4 a 5 meses para chegar a uma nota competitiva. Eles chegam no teste já tendo feito vários exames simulados. A minha recomendação é nunca enfrentar esse teste de peito aberto, mesmo que você seja bom de inglês e de matemática, porque você tem que conhecer as pegadinhas e fazer a preparação”, explica Ricardo Betti, da MBA empresarial.
Leia também: E-book: Tudo o que você precisa saber sobre o GMAT
Para se preparar, o ideal é que o aluno realize um simulado diagnóstico para avaliar o seu nível no exame e então faça um plano de estudos de acordo com os pontos que precisa melhorar. O próximo passo é buscar orientação com os consultores especializados, em cursos ou estudar sozinho com livros e sites sobre o tema. Outro passo é fazer a inscrição no site www.mba.com, para realizar simulados e se informar mais sobre a prova.
Como funciona o GMAT
A prova, ao contrário do que a maioria acredita, não testa nenhum conhecimento específico de negócios. O que o GMAT busca é o que costuma se chamar de “inteligência mental” e a habilidade de tomar decisões sob pressão de tempo. O GMAT é dividido em quatro seções que medem habilidades matemáticas, de análise de dados, verbais e de leitura e escrita analítica.
Diferente de uma prova convencional, o GMAT é uma espécie de prova “interativa”. Como é realizada em um formato de Computer Adaptive Test (CAT), o teste permite que o nível das questões seja diferente dependendo do desempenho do candidato. Isso é, se você começa bem a prova, começam a vir questões mais complexas, que valem mais pontos.
Como fazer a prova?
A prova custa 250 dólares, tem duração total de 3h30 e é aplicada por centros habilitados. Você não pode fazer mais do que cinco testes no período de 12 meses . No Brasil existem cinco desses centros: confira aqui onde fazer a prova.
Para analisar se a sua nota no exame é competitiva ou não, você deve se informar sobre qual é a média e qual é o range em geral dos candidatos à universidade em que pretende ingressar. A média é a soma das notas de todos os candidatos, dividido pelo número total de candidatos. Já para calcular o range, são excluídas as dez maiores notas e as dez menores notas, e é feito o cálculo da média dos candidatos que não estão entre os dez melhores, nem entre os dez piores.
Leia também: Descubra 5 diferenças entre GMAT e GRE e decida qual é o melhor para você
“Para a sua nota ser competitiva, ela deve estar pelo menos dentro desse intervalo do range. Mas lembre que a nota no GMAT não é decisiva, pois o processo envolve outras etapas”, explica o especialista Paulo César Moraes, da consultoria em preparação para MBAs Philadelphia Consulting.
4 passos essenciais para a sua preparação para o GMAT
1 – Veja quais são as instituições que interessam mais
Definir um objetivo claro vai te ajudar a planejar tudo. Com uma busca simples, você consegue verificar a pontuação necessária para assegurar um lugar na instituição de interesse. Se o seu MBA dos sonhos é oferecido pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos, por exemplo, o marco de 692 pontos é suficiente. Nas mais concorridas – entre elas, a Universidade Harvard, a Universidade Stanford e a Dartmouth College, também americanas, é necessário ultrapassar os 720 pontos, em média.
Em termos práticos, essa escolha vai te ajudar na hora de identificar as cinco universidades às quais você pretende enviar seus resultados – um serviço já incluso no preço do GMAT. Com a definição em mãos, também fica mais fácil avaliar o quão intenso deve ser o cronograma de estudos para a prova.
2 – Faça um plano (honesto) de estudos
Assim como um vestibular disputado, o GMAT exige treino, prática nas questões. Justamente por isso, o ideal é não deixar para a última hora, nem fazer a prova – que exige um investimento de 250 dólares – sem preparo algum.
Com base nas instituições que você já elegeu como foco, é só esquematizar quantas horas por dia ou por semana é possível se dedicar ao GMAT. Correr atrás de universidades que estão entre as melhor avaliadas exige mais esforço e uma rotina de estudos mais intensa, distribuída pelo tempo disponível até o teste. “Um estudante pode passar de três a quatro meses treinando, se conseguir dedicar duas horas ao GMAT todos os dias”, opina Darrin Kerr, consultor da FK Partners, empresa especializada na preparação de candidatos para cursos no exterior. Se o período que você dedica aos estudos tende a oscilar, o melhor é trabalhar com um prazo de 4 a 6 meses.
3 – Separe os materiais de apoio
Já dá para listar, logo de cara: os simulados gratuitos oferecidos pela instituição que elabora o teste, o Graduate Management Admission Council (GMAC). Com o recurso das provas à disposição, e dependendo do seu orçamento disponível, vale investir em livros preparatórios. Alguns livros publicados fora, como o Kaplan Prep Test serviriam para complementar o aporte teórico para o GMAT, e são, inclusive, usados por consultorias como a FK Partners. Com estes materiais em mãos, divida-os por áreas e planeje o tempo que vai dedicar a cada um. Sabe aquela seção de matemática que você não teve na graduação? Separe um tempinho extra para ela.
#4 Dê foco nas áreas mais problemáticas
De modo geral, as equipes que preparam brasileiros para o GMAT apontam as partes do exame que exigem mais de textos e gramática como mais complicadas. Não porque o nível dessa parcela da prova destoe das demais, mas porque a barreira idiomática ainda existe. “Dentro da parte verbal do teste, o que gera mais dúvidas nos brasileiros é a de correção de frases. Algumas das regras mais complexas da língua inglesa podem ser bem difíceis de dominar”, explica Darrin, que já orientou centenas de brasileiros interessados em MBA.
Ter essa consciência das áreas que acendem o alerta vermelho na hora da prova pode orientar melhor a organização do seu plano de estudos. Mais do que dizer quanto tempo destinar a cada área do conhecimento, a noção de quais assuntos costumam demandar mais esforço atua sobre o emocional na hora da prova. Consciente de que a gramática formal não é bem o seu forte, você pode estudar mais e, na hora, ficar mais tranquilo, já que se focou nessa área.
No fim das contas, quem faz uma boa preparação para o exame se sobressai no resultado. Mesmo as partes do teste que não entram na nota final, como as elaborações de texto, servem de espaço para que o avaliador conheça bem o seu perfil. Considerar as diferentes fases da prova e colocá-las em um programa de estudos detalhado ao longo de meses é chave para que a prova corra bem.
Como conquistar mais de 700 pontos no GMAT
De acordo com estatísticas das próprias faculdades, a nota média no GMAT dos estudantes tem crescido a cada ano. Hoje, a média dos estudantes aprovados nos 10 melhores programas de MBA norte-americanos é acima de 710. Ao conversar com brasileiros admitidos nas principais escolas, é bastante comum conhecer pessoas que conseguiram 720, 730 ou até notas superiores. A primeira dica, portanto, é: não ignore a importância dessa prova!
Existe uma variedade enorme de materiais na internet sobre como se preparar para o GMAT. Existem diversos livros – Kaplan, Princeton, GMAC, McGraw Hill, etc – além de cursos presenciais e online. bPor onde, então, começar?
O primeiro passo
O primeiro passo é entender a estrutura da prova e quais tipos de questões são cobradas. O caminho mais fácil para isso é utilizar os materiais oficiais gratuitos online do GMAC, a instituição que desenvolve a avaliação. Comece com o mini-quiz aqui. São 4 questões da parte verbal e 4 questões de matemática. Ao termino do quiz, veja a sua nota estimada no teste real.
Após o mini-quiz, pratique com mais algumas questões oficiais gratuitas – são 90 no total – com respostas comentadas utilizando o software do GMAC aqui e veja novas estatísticas da sua nota estimada. Tudo isso vai lhe tomar de três a quatro horas. Após esses exercícios, você terá uma boa ideia de como está o seu nível de inglês e de matemática exigidos na prova.
O segundo passo
O próximo passo é o mais crítico: se você não achou a prova tão difícil, isto é, se você acredita que conhece a maior parte da teoria cobrada e teve uma boa nota no simulado (mais de 660), passe direto para o treino. Há três livros oficiais do GMAT (guia geral, guia especifico para matemática e guia específico para a parte verbal) que custam cerca de 50 dólares. Eles livros pincelam levemente a teoria e logo partem para o treino via exercícios – muitos exercícios. Isso é tudo que você precisa para treinar.
Também é interessante fazer dois ou três simulados oficiais. Os simulados são gratuitos e feitos pelo software oficial do GMAT. Não perca seu tempo e dinheiro com livros que não sejam os oficiais – as questões são levemente diferentes das cobradas e podem confundir. Para você, acredito que cursos não são necessários.
Se você teve de média a alta dificuldade ao fazer os exercícios gratuitos e avalia que precisa de um estudo mais aprofundado da teoria, você tem duas opções: fazer um curso presencial ou fazer um curso online.
Os cursos presenciais que eu sugiro são o da Phidadelphia Consulting e o do Megaron. Eu, pessoalmente, não fiz esses cursos, mas muitos amigos fizeram e ficaram muito satisfeitos, tendo ingresso em algumas das principais universidades dos EUA. A desvantagem desses cursos e que eles não são individualizados de acordo com as fraquezas e pontos fortes de cada estudante. Portanto, o aprendizado não é totalmente otimizado. Um curso excelente online que eu recomendo é o curso de GMAT da publicação Economist.
A grande vantagem do curso do Economist é o fato de ele ser um curso adaptativo e que foca tanto teoria como prática. O curso é montado individualmente de acordo com as necessidades de cada aluno, de modo que você não perde tempo estudando coisas que já sabe. Além disso, o curso inclui simulados.
GRE: Tudo sobre o exame de admissão ao mestrado
Se você está planejando fazer um curso de pós-graduação – ou graduate courses – no exterior, provavelmente a universidade exigirá o teste GRE como um dos requisitos de admissão. O GMAT continua sendo o mais pedido por programas de MBA ao redor do mundo. Mas o GRE, (cuja sigla significa Graduate Record Examination), se consolidou como o mais pedido para admissão em mestrados. E, atualmente, cerca de 250 escolas de negócios também aceitam o GRE para admissão ao MBA.
O que é GRE?
Trata-se de um exame padronizado, semelhante ao GMAT, que pode ser específico para áreas (como Biologia, Matemática ou Literatura) ou Geral. Para todos os casos, a prova GRE é realizada por computador, em um centro de aplicação. A aplicação dura 4 horas, ao todo. O exame é realizado diversas vezes por mês em várias cidades do Brasil, e a inscrição pode ser realizada online (mediante pagamento de uma taxa de 205 dólares).
Em 2011, o GRE foi reformulado e passou por alterações tanto no design quanto no tipo de questão. Por isso, agora a prova permite aos candidatos pular e retornar à questão, dentro da mesma seção. Essencialmente, são três seções de perguntas:
#1 Verbal Reasoning
Mede a habilidade de analisar e avaliar materiais escritos e sintetizar informações. É necessário eeconhecer relações entre palavras e conceitos. São, no total, 20 questões que devem ser respondidas dentro de 30 minutos.
Nessa seção, há três tipos de questões: text completion (aquelas que pedem para completar sentenças), sentence correction equivalence (corrigir frases ou indicar frases equivalentes), e reading comprehension (parte em que o candidato deve demonstrar que entendeu o que foi lido). Em geral, há seis questões de text completion, quatro de sentence correction ou equivalence e 10 de reading comprehension.
#2 Quantitative Reasoning
Mede a habilidade de resolver problemas, focando nos conceitos de aritmética, álgebra, geometria e análise de dados. A seção tem duração de 35 minutos, durante os quais o candidato deve resolver 20 questões.
#3 Analytical Writing
Avalia, por meio de duas redações, o pensamento crítico, especialmente para articular e dar suporte a ideias complexas de forma clara e eficiente. São dados 30 minutos para elaboração das redações.
Como “extra”, há também duas seções que não acumulam pontos mas são importantes para a conclusão da candidatura. Uma delas foca em pesquisa; a outra poderá ser utilizada posteriormente em outros testes.
Como começar a estudar para o GRE?
A opção mais comum é começar a estudar para o GRE pela seção de Writing. Assim, o candidato terá mais tempo para se familiarizar com as ideias contidas nos ‘prompts’ – os temas das redações. No próprio site da ETS você encontra todos os prompts que podem ser dados no dia do teste tanto os de ‘Issue Analysis’ como os de ‘Argument Analysis’.
No entanto, não é necessário decorar essas perguntas, já que o importante é que o candidato crie modelos para resposta e incremente vocabulário e gramática. Além disso, também é esperado que ele saiba escrever uma redação no modelo sugerido. Nesta preparação, memorizar todos os tópicos seria desperdício de tempo e energia que poderia ser direcionado a outras seções do teste.
Leia também: E-book: Tudo o que você precisa saber sobre o GMAT
Por outro lado, pode ser útil para a seção Verbal Reasoning memorizar algumas palavras mais recorrentes que estão em todos os materiais preparatórios para o teste. Uma boa dica para isso é utilizar flash cards, um dos melhores recursos de memorização e organização de vocabulário segundo o livro “Mente Organizada”, de Daniel Levitin.
Já a seção de Quantitative requer a revisão de noções de matemática frequentemente esquecidas por muitos alunos de humanas. Conceitos de álgebra e geometria são básicos e devem estar afiados para o teste. Alguns exercícios de raciocínio lógico são solicitados e treinar bastante para conseguir fazer os exercícios dentro do tempo é um bom aliado para um bom score.
Para quem está estudando sozinho, uma boa ferramenta pode ser a plataforma Khan Academy que, em parceria com a ETC, disponibiliza vídeos e exercícios de preparação para o GRE.
O que é uma boa pontuação para o GRE?
Os scores vão de 130 a 170 pontos para as seções de Verbal e Quantitative e de 0 a 6 para a seção de Writing.
Leia também: Guia para a pós-graduação no exterior
Um bom score é sempre relativo pois depende da faculdade onde você pretende se candidatar – sendo que as próprias instituições oferecem notas médias como referência a estudantes interessados. Confira alguns exemplos:
Harvard University
Curso: História
Verbal: (de 165 a 169 pontos) e Quantitative (de 152 a 156 pontos)
Curso: Ciência da Computação
Verbal: (de 153 a 157 pontos) e Quantitative (de 159 a 163 pontos)
Veja mais dicas sobre o GMAT o GRE no vídeo:
Três dicas para se sair bem no GRE
1 – Esqueça as listas
A princípio, a ideia que associamos a adquirir vocabulário e memorizá-lo é a de fazer uma compilação de palavras recém-aprendidas. E, portanto, o que seria melhor do que listas? Ao contrário do que o raciocínio inicial pode apontar, as listas não funcionam tão bem nessas horas. Em vez de servirem de aliadas, podem atrapalhar o candidato por reunirem, de uma vez, as diversas palavras, sem uma categoria pré-estabelecida. A saída é usar flashcards para isso.
Os chamados flashcards são pequenos pedaços de papel em que, de um lado, há uma palavra e, no verso, seu significado, uma tradução. É como ter pequenas fichas de memorização, que você pode agrupar como deseja e levar consigo para praticar em qualquer lugar. Para quem não gosta do jeito mais artesanal de fazê-las, há alternativas digitais, como programas para computador, tablet e smartphone (o Anki, por exemplo). O melhor caminho é sempre dividir, separar as palavras em grupos. Pode ser por prefixo, sufixo, por categoria de palavra, como adjetivos, advérbios. Praticando o vocabulário novo dessa forma, é possível memorizar melhor os conceitos e otimizar tempo, já que a atividade pode ser feita em qualquer lugar.
2 – Crie templates
Em vez de ir para a prova sem uma preparação prévia para as redações, preocupe-se em construir modelos, templates para os textos. Tenha em mente uma estrutura padrão de argumentação, com começo, meio e fim, e esteja a postos para adaptá-la na hora de prova. É uma sacada a mais na parte escrita: independentemente do tema, o candidato já tem uma carta na manga e um passo à frente em matéria de gestão de tempo. Isso funciona para que o candidato não se canse nessa parte do teste, que demora uma hora.
3 – Elabore um sistema de eliminação
Com uma leva de perguntas pela frentes, o que você mais quer é tornar o processo mais tranquilo e respondê-las com facilidade. Nada melhor, portanto, do que criar um sistema que permita acelerar as coisas. Primeiro, classifique as alternativas com letras do alfabeto, ainda que elas não sejam colocadas como A, B e C. Depois, elabore uma forma de sinalizar, de forma rápida, como cada opção se classifica. Utilizar bem o papel de rascunho ajuda a eliminar as alternativas, é o que chamamos de process of elimination. O candidato indica aquela que está errada, as que deixaram em dúvida, de uma forma simples.
GRE ou GMAT: qual é mais aceito pelas escolas de MBA?
Na extensa lista de requisitos das universidades estrangeiras, os testes padronizados ocupam lugar privilegiado. Afinal, eles servem como régua comum para avaliar uma gama variada de estudante. Ou seja, são usados para medir as competências de estudantes de origens variadas sob o mesmo crivo. No caso da proficiência em um idioma, são comuns provas como TOEFL e IELTS. Já exames como GRE ou GMAT medem competências mais gerais de cada aluno.
A princípio, esses dois testes apresentam similaridades. Primeiro, pelo modelo de avaliação, cuja dificuldade varia de acordo com o desempenho do aluno. Em outras palavras, tanto a prova em si quanto a nota final obtida leva em conta o nível das perguntas.
Em contraste, o conteúdo das seções de GRE ou GMAT varia. Há, por exemplo, mais questões voltadas a vocabulário no GRE, enquanto que o GMAT foca em aspectos gramaticais. Em termos práticos, o GRE também permite que os estudantes “pulem” questões para realizá-las depois.
Mas qual deles é mais bem aceito em universidades de prestígio?
GRE ou GMAT: qual escolher
Para programas de MBA, o GMAT domina entre os aceites em instituições de prestígio. Ou seja, as escolas que figuram no topo do ranking costumam ter maioria de aprovados com notas pelo teste. Afinal, o exame se consolidou nessa área e tem sido a opção recorrente dos candidatos há anos.
A tendência identificada pela Consultoria MBA House diz respeito ao tipo de universidade que opta mais por um ou outro exame. Segundo dados da empresa, nas escolas mais bem ranqueadas, a dominância é do GMAT. Quanto mais baixa a colocação no ranking, entretanto, a porcentagem de alunos aceitos apresentando o GRE aumenta.
É o caso da Ross School of Business, da University of Michigan, que lidera com 19% de seus estudantes admitidos com o GRE. Outra instituição de prestígio, o MIT (Massachussetts Institute of Technology) aparece em seguida, com 18%. Já a Questrom School of Business, da Boston University, por sua vez, aceitou 29% dos candidatos que apresentaram nota do GRE neste ano.
E agora, qual fazer?
A predominância do GMAT pode parecer absoluta, olhando dados iniciais. Entretanto, há um ponto importante a destacar: o número de alunos que usou o GRE como nota tem aumentado. Mais do que isso, escolas conhecidas como a Harvard Business School, estão passando essa informação em seus sites.
Como a HBS lançou a ideia, destacando que 12% dos admitidos tinha feito o teste, é provável que cada vez mais escolas sigam à risca. “Nós vimos este fenômeno ocorrer quando Harvard reduziu drasticamente o números de perguntas das cartas de recomendação. Logo outros programas de MBA fizeram o mesmo”, opina Vivianne Wright, da MBA House.
Os responsáveis pelas admissões (os “admissions officers“), por sua vez, reportam – em maioria, de 78% – que não têm preferência quanto a uma ou outra prova. Entretanto, 21% deles disseram que candidatos que submetem o teste GMAT apresentam vantagens, enquanto 1% associou tal vantagem ao GRE.
Por isso, é importante fazer uma avaliação própria sobre os critérios usados para seleção em seu programa de interesse. Mais do que isso, conhecer a fundo o modelo das duas provas e identificar se GRE ou GMAT fazem mais sentido para cada caso.
5 diferenças entre GMAT e GRE
Em geral, GMAT (Graduate Management Admission Test) é exigido pelas escolas de negócio para programas de MBA em países da Europa e nos Estados Unidos. Já o GRE (Graduate Records Examinations) é solicitado pelas instituições em programas de mestrado em outras áreas de atuação, como políticas públicas e economia. Mas as diferenças entre GMAT e GRE não param por aí. Confira cinco aspectos nos quais as duas provas divergem:
1 – A seção de matemática é mais fácil no GRE
A parte quantitativa da prova GRE é geralmente mais fácil quando comparada à do GMAT. As duas provas testam habilidades essenciais de matemática, incluindo aritmética, álgebra e geometria. Um terço das questões quantitativas do GMAT, porém, são no formato “dados suficientes” (uma pergunta seguida de duas declarações) – que é difícil de dominar. Além disso, as perguntas de problemática usualmente são mais capciosas que as do exame GRE. A prova GRE, além de usar as perguntas de múltipla escolha de uma resposta, usa também múltipla escolha com múltiplas respostas, comparação quantitativa e “entrada numérica”.
2 – A seção verbal do GRE foca no vocabulário; o GMAT, em gramática
Ter enfoque no vocabulário pode não ser visto como um ponto positivo por muitos candidatos, mas é importante notar a diferença entre o GMAT e o GRE na parte linguística. As duas provas têm interpretação de texto seguido de perguntas. O GMAT tem perguntas de análise crítica e correção de frases. O GRE trabalha com perguntas de completar frases e de frases equivalentes. A principal diferença entre essa seção dos dois exames é que o GMAT foca em gramática e o GRE em vocabulário inserido em um contexto.
3 – No GRE, você pode pular questões e realizá-las depois
A prova do GMAT usa um formato adaptável, que baseia o nível de dificuldade das próximas perguntas com base na resposta anterior. Assim, ela força o candidato a responder cada pergunta sequencialmente para poder seguir com a prova. Já o GRE permite aos candidatos pular e retornar à questão, dentro da mesma seção. A próxima parte da prova se adapta dependendo da performance na seção anterior.
4 – O GRE é o mais realizado ao redor do mundo
Apesar de só ultimamente o GRE ter passado a ser utilizado para admissão do MBA, o teste vem sendo usado por muitas outras seleções de mestrados. Por essa razão, existe mais que o dobro de provas GRE feitas mundialmente comparadas às provas GMAT. Se um candidato não tem certeza sobre qual programa (MBA ou Masters) aplicar, o GRE é uma melhor opção, pois pode ser utilizado tanto para MBA quanto para Masters.
5 – O GRE é mais barato do que o GMAT
A taxa de inscrição para a prova GRE é 205 dólares, enquanto a do GMAT, 250 dólares.
Como é usual que o candidato faça a prova mais de uma vez, essa economia pode ser significativa. Mesmo que o GRE possa ser uma boa alternativa para muitos candidatos, você deve ponderar antes de decidir entre os dois, você pode tentar simulados de diagnóstico inícial do GRE e GMAT e aí então, decidir o que é melhor para você.
Com colaboração de Ana Virgínia Kesselring, Roberto Miranda e Darrin Kerr