Disponível na Netflix do Brasil, o filme Radioactive narra a vida de Marie Curie, ‘mãe’ da radiação, e mostra as dificuldades e genialidade da trajetória de uma das cientistas mais importantes da história. A biografia aborda o papel das mulheres nas ciências e aborda as consequências da descoberta de Curie para a medicina, a indústria e a guerra.
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Polonesa naturalizada na França, Marie Curie, ou Maria Skłodowska-Curie, tem uma das histórias de vida mais inspiradoras das ciências. Foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, junto com seu marido Pierre Curie e o cientista Henri Becquerel, na categoria de Física, em 1903, pelas pesquisas e descobertas sobre a radiação.
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Não satisfeita, anos depois, se tornou a primeira mulher a ganhar dois prêmios Nobel, em duas categorias diferentes. A segunda condecoração chegou em 1911, após a trágica morte do marido, na categoria de química, pela descoberta dos elementos Rádio e Polônio (uma homenagem à sua terra natal), e os estudos sobre a composição e natureza de cada um deles. Curie também foi a primeira mulher a se tornar professora na premiada Universidade de Sorbonne.
Mulheres e ciências
Por ser mulher e cientista em pleno século XIX e início do XX, Curie teve que enfrentar diversos obstáculos para conseguir manter a pesquisa ao longo da vida. Proibida de estudar no seu país de origem por ser mulher, para conseguir trabalhar como cientista, foi obrigada a se mudar para a França, aos 24 anos, onde conheceu seu marido e também cientista, Pierre Curie.
O filme conta a relação de Maria com uma sociedade que exigia um comportamento determinado das mulheres, o qual ela nunca esteve disposta a adotar, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Para dificultar a situação, Curie foi uma polonesa vivendo na França em pleno período de ascensão do ultra-nacionalismo, que anos mais tarde faria com que o país se aliasse à Alemanha nazista.
Além disso, a biografia mostra como Curie lidou com as possibilidades e consequências que a descoberta da tão importante radiação abriram. Algumas das principais aplicações desse, até então, novo elemento, são apresentadas ao longo do filme. Entre elas, estão o tratamento de câncer, que, com a pesquisa de Curie, deixou de significar um atestado de morte, e trágica criação da bomba atômica.
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O filme é baseado no romance gráfico ‘Radioactive: Marie & Pierre Curie: A Tale of Love and Fallout’, lançado em 2010 e escrito por Lauren Redniss. Tem direção de Marjane Satrapi, cineasta e ilustradora, autora do filme e do romance gráfico Persépolis, e estrelado por Rosamund Pike (Garota Exemplar, Orgulho e Preconceito).