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Finlândia oferece ensino gratuito e é a 6º nação mais feliz do mundo

Por Vivian Carrer Elias

Você gostaria de estudar em um país com uma das melhores qualidades de ensino e de vida do mundo – e o melhor, de graça? Então, cogite fazer um intercâmbio na Finlândia. A lista de atrativos do país é grande. Portanto, vale a pena deixar de lado o receio com o clima frio, o idioma complicado e a cultura diferente e conhecer este vizinho da Rússia e da Suécia.

O sistema de ensino finlandês, com escolas que desafiam a criatividade dos alunos e incentivam a ligação entre diferentes disciplinas, é reconhecido globalmente. Segundo ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país é o 6o do mundo em educação (o Brasil é o 60o). Essa excelência também é observada no ensino superior: a Universidade de Helsinque, na capital, por exemplo, está entre as cem melhores do mundo, de acordo com a consultoria britânica QS.

A melhor notícia é que os brasileiros também pode aproveitar esse ensino de qualidade. Primeiro, porque não é preciso saber falar finlandês para fazer intercâmbio no país, já que suas universidades oferecem 450 programas em inglês. Além disso, toda a educação na Finlândia é gratuita, independentemente da nacionalidade do estudante.

Eu me assustei quando cheguei lá e ouvi o finlandês pela primeira vez. Me perguntei por que não escolhi um país que falasse inglês. Mas, no fim, morar na Finlândia foi uma aventura bem legal. Dá para se virar bem falando inglês, principalmente nas cidades universitárias

Porém, o intercambista deve arcar com o restante das despesas, como acomodação e alimentação. O escritório de imigração do país exige que estudantes estrangeiros tenham ao menos 560 euros por mês para adquirirem o visto, mas o governo da Finlândia recomenda que eles reservem entre 700 e 900 euros mensais.

As bolsas de estudo oferecidas pelo governo finlandês (que cobrem custo de vida no país, já que o ensino é gratuito) valem somente para cursos de doutorado, mas é possível candidatar-se a bolsas brasileiras. O Ciência sem Fronteiras (CsF), por exemplo, é conveniado com a Finlândia. Além disso, brasileiros que estudam no país podem trabalhar meio período.

Alta qualidade de vida – O alto custo de vida na Finlândia é compensado pela excelente qualidade de vida. A ONU considera a Finlândia a 6o nação mais feliz do globo, levando em conta fatores como expectativa de vida, liberdade, honestidade e segurança. Já a capital, Helsinque, foi eleita como uma das dez melhores cidades do mundo para se viver e está presente no ranking das 50 melhores cidades para estudantes.

Entre as áreas em que a Finlândia se destaca estão as de tecnologia e meio ambiente, sendo considerada a nação mais inovadora do mundo pelo Fórum Econômico Mundial.

A boa fama da Finlândia levou Yan Uehara, de 19 anos, a optar pelo país como destino de intercâmbio. Ele cursa Ciência da Computação no Mato Grosso do Sul e ficou um ano estudando na Universidade de Tecnologia Tampere pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF).

“Eu me assustei quando cheguei lá e ouvi o finlandês pela primeira vez. Me perguntei por que não escolhi um país que falasse inglês. Mas, no fim, morar na Finlândia foi uma aventura bem legal. Dá para se virar bem falando inglês, principalmente nas cidades universitárias, onde as pessoas estão mais acostumadas com o idioma”, diz. Segundo o estudante, o idioma pode ser uma barreira na hora de procurar emprego, exceto se o trabalho for em uma multinacional. Ele, por exemplo, fez um estágio de dois meses na Nokia.

Yan conta que, ao contrário do que imaginava ao sair do Brasil, o maior choque não foi com o clima. “O clima não foi um grande problema porque acompanhei a temperatura caindo. O que foi mais difícil foi me adaptar a quietude em geral do país. As pessoas têm grandes momentos de silêncio durante uma conversa e o ambiente de trabalho também é muito quieto. É bem diferente”, diz. Mas, para quem está pensando em estudar na Finlândia, Yan diz: “Vá. É possível se adaptar.”

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