Por Lorena Ottoni, estudante do Prep Program 2024
Meu nome é Lorena e sou do interior de Minas Gerais. Hoje, quero compartilhar um pouco mais sobre a minha trajetória em busca da aprovação na faculdade, mas preciso começar com a minha história
Tenho 18 anos e sou a filha do meio de três irmãos. Minha mãe é comerciante e meu pai trabalha para o governo. Eu sou fissurada em filmes, séries e livros, e adoro passar um bom tempo em família na cozinha fazendo almoço. Meu pai se formou na Universidade Federal de Minas Gerais e, desde cedo, incentivou um desempenho acadêmico que vai além da sala de aula. Entretanto, é difícil ter oportunidades quando elas não são amplamente ofertadas.
Comecei no mundo das atividades extracurriculares desde pequena, fazendo aulas de dança no estilo jazz e inglês duas vezes por semana. Tinha minhas aulas normalmente durante um turno do dia, e sempre fui apaixonada por estar na escola com meus amigos e professores. Entretanto, a pandemia chegou e eu me encontrei em uma fase de pleno tédio e alta energia para fazer tudo. Percebi que tinha tempo para explorar coisas novas e um mundo inteiro na palma da minha mão, na verdade, no meu teclado: a internet. O lugar em que tudo é conectado.
Tive a chance de explorar a plataforma Estudar Fora. Aqui, tive o primeiro contato com o universo de possibilidades que existem para conquistar minha aprovação nos Estados Unidos. Utilizei a plataforma para entender tudo sobre applications: seus passos, requerimentos e provas. Comecei a explorar novas atividades extracurriculares, mas, dessa vez, online.
No primeiro ano do ensino médio, comecei em projetos como aulas de SAT, debate literário, Girl Up Artístico e simulação da ONU. Testei todas elas para entender com o que eu realmente me identificava, refletia comigo mesma sobre o que fazia sentido para mim. Alguns deram certo? Sim. Alguns deram errado? É óbvio que sim. Ao longo desse ano, me aventurei e tive meu primeiro contato com programas de applications. Queria fazer parte de um deles, e esse foi meu próximo passo.
Em 2022, entrei na BRASA Fundamentos, um programa de mentoria voluntário com alunos de faculdades no exterior. Dentro dele, entendi que precisava fazer conexões e me desafiar ainda mais para entender meus limites e o que eu era capaz de fazer. Durante o período, fui aceita na LALA (Academia de Liderança América Latina), entrei no Projeto Casa (Centro de Apoio Social e Aprendizado) e fiz um estágio voluntário na rádio local da minha cidade. Além disso, participei de uma das oportunidades que mudaram a minha vida: fui debatedora da Associação Brasileira de Debates do Ensino Médio (ABDEM), representando meu estado, Minas Gerais.
Dentro desse contexto, conheci grandes inspirações que agora estão em faculdades como Dartmouth, Northwestern e University of Pennsylvania. Entendi que minha história deveria ser contada para mais pessoas: uma aluna do interior que teve a chance de participar e se destacar através de suas atividades extracurriculares. Para isso, eu precisava fazer parte do melhor programa de preparação para a application. Então, no segundo ano do Ensino Médio, me inscrevi para o Prep Program, uma iniciativa da Fundação Estudar, totalmente gratuita, que ajuda jovens a conquistarem vagas em faculdades nos Estados Unidos. Porém, sabe o que aconteceu? Eu não fui aceita. E está tudo bem.
Ao longo do meu último ano do ensino médio, me dediquei a estudar, aproveitar o meu terceirão e melhorar as minhas atividades extracurriculares. Fundei meu projeto chamado Academia de Jovens Artistas, me tornei voluntária na ABDEM e participei do Harvard Undergraduate International Relations Program. Em julho, o processo seletivo para o Prep Program foi aberto novamente, e eu me inscrevi. Além disso, uma mudança drástica aconteceu: me tornei Presidente de Comunicação da ABDEM, uma oportunidade da qual tenho muito orgulho. Trabalhei muito duro para ser aceita e assim aconteceu.
Agora, sou uma das participantes da Class 29 do Prep Program durante o meu gap year, um ano sabático voltado para minha preparação. Ao longo deste ano, estou trabalhando de fato na minha application, escrevendo essays, estudando para o DET e SAT, fazendo mais algumas atividades e entregas. Construí um projeto voltado para democratizar o acesso à arte que impactou mais de 200 alunos, e já organizei três torneios de debate competitivo nacionais. Essas são só algumas das coisas que tive o privilégio de concretizar durante 2024.
Para minhas conclusões finais, o primeiro aspecto que gostaria de dizer para você, leitor que está interessado em minha história e chegou até aqui. Fico muito feliz em saber que agora você sabe quem eu sou e espero impactar a sua vida de alguma forma. Se você ficou curioso em saber como fiz tudo isso ao longo do meu ensino médio, minha resposta pode ser resumida em três palavras: planejamento, dedicação e sorte. Às vezes, é sobre entender o que você quer fazer e o que é necessário para conquistar seu objetivo. Tem muito esforço envolvido? Sim, mas também tive a sorte de conhecer muitas pessoas que me guiaram ao longo desses anos e me conectaram com as oportunidades certas.
Se você tem um sonho, corra atrás e faça-o acontecer. Te prometo que você não irá se arrepender.
Lorena Ottoni Schuffner Carvalho, 18 anos. Nasceu em Belo Horizonte, mas foi criada no interior de Minas Gerais, em Teófilo Otoni. Ela é apaixonada por livros de fantasia e romance, gosta de compartilhar tempo em família e adora um bom filme. Um fun fact: ela sabe de cor as falas do filme Como Treinar seu Dragão. Também é apaixonada por política, comunicação e impacto social.
A coluna acima foi escrita por Lorena Ottoni, participante do Prep Program, preparatório da Fundação Estudar com foco em jovens que desejam cursar a graduação no exterior. Totalmente gratuito, o programa oferece orientação especializada sobre o processo de candidatura em universidades de fora do país. Saiba mais e faça sua inscrição aqui.