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O que é GPA e como calcular o seu

A sigla GPA significa “Grade Point Average”, algo como “média de pontos das notas”. É um número que tem como objetivo dar uma visão geral de como foi o desempenho acadêmico de um estudante ao longo de um determinado período de estudos — em geral o ensino médio ou a graduação.

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Se você pensa em estudar em universidades estrangeiras, já deve ter percebido que muitas delas exigem que você tenha um GPA mínimo de 3.5, ou 3.2, por exemplo. A sigla GPA também costuma aparecer nos requisitos de alguns programas de bolsas de estudo. A seguir, confira mais informações sobre o GPA e aprenda a calculá-lo.

O que é GPA

Em português, o GPA normalmente é chamado de “média ponderada”. O nome muda, mas o conceito é o mesmo: é a média das suas notas em um determinado período, mas ponderada de acordo com o peso de cada disciplina que você estudou naquele intervalo.

GPA no ensino médio

Calcular o GPA no ensino médio é relativamente fácil porque, na maioria das escolas, todas as disciplinas que os alunos estudam têm o mesmo “peso”. Isto é, um 10 em matemática vale tanto para o GPA quanto um 10 em artes ou um 10 em inglês.

GPA no ensino superior

Na hora de calcular seu GPA (ou média ponderada) na graduação ou pós-graduação, o processo é um pouco mais complicado. Isso acontece porque nesse nível de estudos, cada disciplina tem um peso diferentes, determinado pelo número de créditos dela.

Ou seja: tirar 10 em uma disciplina pode valer muito mais para o seu GPA do que tirar 10 em outra disciplina. E é necessário “ponderar” suas notas de acordo com o número de créditos de cada disciplina na hora de calcular a média.

Diferenças entre o GPA no Brasil e no exterior

Naturalmente, como o GPA é um número, ele será calculado com base nas notas que você tirou. E o sistema numérico de notas que sua escola usa influenciará o resultado — mas isso não vai favorecer alunos deste ou daquele país.

No Brasil, as escolas avaliam os estudantes numa escala de 0 a 10. Por isso, quando você calcular o seu GPA, ele será um número entre esses dois extremos. Se ele for 10, significa que o estudante tirou a nota máxima em todas as disciplinas que cursou naquele período, por exemplo.

Já nos Estados Unidos, os alunos são avaliados por um sistema de letras que vai de A a F, pulando o E. “A” é a melhor nota e “F” é a pior. Como não é possível calcular o GPA com as letras, as escolas convertem cada letra em um número. Assim, A vira 4, B vira 3, C vira 2, D vira 1 e F vira 0 (lembre-se, eles pulam o E).

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Ao fazer isso, eles transformam o sistema de letras em uma gradação numérica que vai de 0 a 4. Em seguida, calculam o GPA usando esses números, e por isso o resultado sempre será entre 0 e 4. Nesse caso, um aluno que teve aproveitamento máximo em todas as matérias que cursou terá um GPA de 4, por exemplo.

E em outros países, há ainda outros sistemas de avaliação. Na Alemanha, Áustria e Rússia, por exemplo, utiliza-se uma escala que vai de 1 a 5; na Bélgica, Holanda e Polônia, o rendimento dos estudantes é mostrado em porcentagem. E há também o caso do Reino Unido, em que há títulos específicos em vez de notas (como First-Class Honours, Upper Second-Class Honours, etc.).

Como calcular o seu

No ensino médio

Calcular o seu GPA no ensino médio costuma ser bem fácil porque todas as disciplinas costumam ter o mesmo peso. Por isso, para calcular o seu, basta somar todas as suas notas em um período e dividir pelo número de matérias que você cursou.

Para dar um exemplo: imagine um estudante que fez apenas aulas de matemática, português e inglês num determinado bimestre. Ele tirou 8 em matemática, 9 em português e 9 em inglês. Para calcular seu GPA nesse bimestre, ele deve somar suas notas (8+9+9) e dividir por 3 (já que ele estudou 3 disciplinas no período). Isso dá 26/3, que dá 8,666.

No entanto, você provavelmente precisará calcular seu GPA ao longo do ensino médio inteiro. Isso é um pouco mais trabalhoso, e você pode fazer de duas maneiras. A primeira é calcular o seu GPA em cada período de estudos (trimestre ou bimestre, por exemplo) e depois tirar a média de todos os GPAs que você calculou. Essa média será o seu GPA, numa escala de 0 a 10.

A outra maneira é somar todas as suas notas do ensino médio inteiro, e dividir pelo número de notas que você teve durante esse período. Ou seja, se você fez 8 disciplinas por bimestre, estudando 4 bimestres por ano, ao longo de 3 anos, você teve 96 (8*4*3) notas diferentes. Nesse caso, você precisa dividir a soma de todas as suas notas por 96 para chegar ao seu GPA. Em todo caso, você provavelmente pode pedir à sua escola que faça essa conta para você.

No ensino superior

Na graduação ou pós-graduação, para calcular o seu GPA, você deve lembrar que quanto mais créditos uma matéria tem, mais ela influencia a sua nota. Tirar 10 numa disciplina de 2 créditos vale menos para o seu GPA do que tirar 10 numa de 4 créditos.

Por isso, para calcular seu GPA num determinado período, você precisa fazer a seguinte conta: para cada disciplina, multiplique sua nota pelo número de créditos da matéria. Depois, some todos esses resultados e divida pelo número de créditos que você obteve no período.

Ou seja: imagine que num determinado semestre você estudou cálculo (4 créditos), química orgânica (2 crédito) e genética (4 créditos). Tirou 9 em cálculo, 6 em química orgânica e 8 em genética. Para calcular seu GPA seguindo o exemplo acima, você faria a seguinte conta:

(9*4 + 6*2 + 8*4) / 10 == (36 + 12 + 32) / 10 == 80 / 10 == 80

Ou seja: com essas notas, o seu GPA nesse semestre foi de 8 numa escala de 0 a 10. Note que embora você tenha tirado 6 em uma das disciplinas, o GPA não foi tão afetado assim por ela, já que essa nota foi de uma disciplina com menos créditos.

Se você quiser calcular seu GPA ao longo de toda a graduação, o processo é exatamente o mesmo, mas é mais complicado. Você deverá multiplicar cada nota pelo número de créditos da disciplina e dividir o resultado dessa soma pelo número total de créditos que cursou durante a graduação.

Convertendo para a escala de 0 a 4

Saber seu GPA numa escala de 0 a 10 pode não ser suficiente, já que a maioria das universidades estadunidenses usa uma escala de 0 a 4. 

Após calcular seu GPA na escala de 0 a 10, você precisa convertê-lo para a escala de 0 a 4. Fazer isso, felizmente, envolve uma única regra de três que resulta numa conta relativamente simples.

A ideia é a seguinte: a sua nota na base 10 (N) está para 10 assim como sua nota na base 4 (X) está para 4. Daí vem a seguinte conta: X = 4N / 10. Em outras palavras: para converter seu GPA na base 10 para a escala de 0 a 4, basta multiplicá-la por 4 e dividir o resultado por 10.

Então se você tem um GPA de 8, por exemplo, deve fazer 8*4 / 10. Isso dá 32 dividido por 10, que dá 3,2. Ou seja: ter uma média ponderada de 8 aqui no Brasil equivale a ter um GPA de 3,2 nos Estados Unidos.

Além do número

Em todo caso, é importante ter em mente que o número que você encontrará pode não ser o mesmo que a universidade à qual você se candidatou usará. De acordo com o US News, as universidades frequentemente recalculam o GPA dos candidatos. Elas fazem isso para excluir disciplinas que não constam do currículo regular, por exemplo, ou para normalizar as notas entre candidatos de vários lugares diferentes.

Em alguns casos, as instituições também prestam muito mais atenção ao histórico acadêmico dos candidatos do que apenas ao GPA. Isso permite que elas entendam melhor a trajetória daquele aluno. Um estudante que lentamente foi melhorando em matemática ao longo do ensino médio, por exemplo, pode ser mais interessante do que um aluno que sempre foi bem e tirou algumas notas ruins no final.

Qual GPA as universidades exigem

No final das contas, é preciso lembrar que o GPA é apenas um dos fatores que serão usados para avaliar os candidatos. Por isso, é raro que universidades estadunidenses coloquem, como exigência, que o estudante tenha um GPA mínimo para ser aceito.

Em geral, elas têm um processo de admissão mais holístico, que avalia diversos pontos na trajetória do candidato além do seu desempenho no ensino médio. E há diversas maneiras de compensar notas ruins se o seu GPA não for próximo de 4.

O mais comum, porém, é que haja exigências mínimas de GPA para determinados programas de bolsas de estudos. Bolsas por mérito acadêmico, por exemplo, costumam ser destinadas a estudantes que tenham um GPA de 3.6 ou mais no ensino médio — ou seja, uma média ponderada de 9 ou superior.

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