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Harvard concede prêmio de honoris causa para Sebastião Salgado

Redação do Estudar Fora - 31/05/2021
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Na última quinta-feria (27), a Universidade de Harvard concedeu o título de doutor honoris causa em artes ao fotógrafo brasileiros Sebastião Salgado. A premiação aconteceu durante a Cerimônia de Honra à Classe de 2021, evento anual que condecora destaques das várias áreas do conhecimento. Outros 6 profissionais foram homenageados, entre cientistas, juristas e artistas.

Em nota, a Universidade de Harvard apresentou o brasileiro como “conhecido por projetos ambiciosos que documentam a situação difícil de pessoas que vivem em meio a adversidades e contam histórias destinadas a chamar a atenção para os desafios urgentes da sociedade”. Veja aqui a publicação oficial do prêmio. 

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O fotógrafo mineiro, que atualmente mora na França, tem a carreira muito reconhecida nos Estados Unidos. Salgado é formado em Economia, cursou a graduação na Universidade do Espírito Santo e a pós-graduação nas Universidade de São Paulo, no mestrado, e Universidade de Paris, no doutorado. Como fotógrafo profissional, trabalha desde 1973.

Na década de 80, enquanto trabalhava para a agência de fotojornalismo Magnum cobrindo os primeiros 100 dias do governo de Ronald Reagan,  Salgado testemunhou e registrou o histórico atentado a tiros contra o então presidente. A oportunidade impulsionou a carreira do fotógrafo, principalmente nos Estados Unidos, permitindo que nas décadas seguintes ele arrecadasse as verbas suficientes para desenvolver seus projetos de maior destaque da carreira, como o Trabalhadores, África, Terra e Gêneses.

Pela carreira, que sempre conciliou arte e política, Sebastião Salgado foi eleito membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciência nos Estados Unidos e ganhou diversos prêmios de fotografia e artes, como o World Press Photo, a medalha de prata Art Directors Oub. No início deste ano, recebeu o Prêmio Crystal, do Fórum Econômico Mundial, pela liderança na abordagem de questões de desigualdade e sustentabilidade.

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Na nota, Harvard afirma que após viajar por mais de 100 países, Salgado desenvolveu seus projetos focados em assuntos, como pessoas atingidas pela seca e fome, mineiros, migrantes e refugiados, trabalhadores rurais deslocados pela indústria, comunidades indígenas, ameaças crescentes ao mundo natural e a floresta amazônica do Brasil. “Suas fotografias em preto e branco retratam poderosamente a dignidade de cada ser humano, bem como a beleza e fragilidade da natureza”, escreve.

Harvard também mencionou o documentário biográfico sobre a vida de Sebastião Salgado, “O Sal da Terra”, de 2014, premiado em Cannes, e o trabalho de reflorestamento, conservação e educação ambiental que o fotógrafo desenvolve junto à esposa, Lélia Wanick Salgado, no Instituto Terra.

Junto com Sebastião Salgado, também foram premiados: o empresário e educador, fundador da Khan Academy, Salman Amin Khan; a atriz, roteirista e autora Anna Deavere Smith; a chefe de justiça da Suprema Corte de Massachusetts, Margaret Hilary Marshall;  a socióloga e professora emérita na University of California, Berkeley, Arlie Russell Hochschild; o jornalista e ex-diretor executivo do Whashington Post, Martin Baron; e a ganhadora do Prêmio Nobel em química de 2018, Frances Hamilton Arnold.

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