Por Renan Ferreirinha, calouro de Harvard
Não há muito tempo, cada universidade tinha o seu próprio sistema de application, onde os applicants tinham que mandar separadamente uma pilha de documentos para cada lugar (às vezes, eu paro e penso como que era fazer tudo isso sem internet O:). Num certo dia então, alguns representantes das universidades se reuniram e decidiram criar um sistema de admissão mais unificado e menos trabalhoso, para nossa alegria!! Eis que surge o Common Application, para os íntimos Common App.
O Common App é uma plataforma de envio de várias informações e documentos que pode ser compartilhada por aproximadamente 500 universidades. Lá você pode escolher as instituições que deseja se candidatar, ver o que cada uma pede e claro, escrever muito. São diversas páginas que ao meu ver são divididas em cinco partes. A primeira consiste em escrever informações sobre você, sua família, sua escola e blá blá blá. A segunda em falar sobre seus prêmios, conquistas e atividades extracurriculares.
A terceira em escrever dois essays, um pequeno e um grande. A quarta em completar os supplements de cada instituição escolhida. E a quinta e última em enviar vários documentos, os famosos “forms”, como histórico escolar, perfil escolar (school profile), etc. É pelo Common App também que os professores e o seu coordenador mandam as cartas de recomendação (por serem temas mais profundos e necessitarem de uma maior abordagem, as atividades extracurriculares, os essays, os supplements e as cartas de recomendação serão abordadas separadamente em textos futuros).
Eu sempre vi o Common App da seguinte maneira: é chato, mas poderia ser bem pior se ele não existisse. Tive a sorte de todas as universidades que apliquei estarem cadastradas, o que simplificou muito meu trabalho. Porém, vários amigos meus aplicaram para universidades que não a utilizam (o MIT, por exemplo).
Para quem for fazer early action, há a opção, pouca conhecida por sinal, de criar uma segunda versão do seu application onde tudo que você colocou na antiga versão é transferida para nova, sendo que você pode incluir novas informações. Fiz isso quando apliquei “early” para Yale. É só dar um google colocando “how to create a new version on the common app” que você verá o passo a passo (:
Há também um documento opcional chamado Additional Information Section que resolve o problema de muitas pessoas que não conseguem escrever tudo que precisam devido ao pequeno espaço fornecido. Contudo, só o utilize caso realmente precise escrever algo importante.
No próximo texto vou falar sobre atividades extracurriculares e sua importância no application. Minha última sugestão é começar a preencher nosso querido Common App o mais rápido possível. Quanto mais tempo você tiver para revisar melhor. Sabemos que é difícil delimitar um tempo para escrever um essay, mas boa parte da escrita do Common App é sobre informações gerais e fatos, isto é, dados que independem da sua criatividade. Então, não enrole e mãos a obra!
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Renan Ferreirinha é colunista do I wanna be a freshman
Sou ex-aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Sou cavalariano. Sou flamenguista roxo. Mas não só isso. Sou um potencial economista e cientista político. Sou professor de inglês no projeto Somar. Sou de São Gonçalo (que não é um bairro de Niterói, muito menos fica na Baixada Fluminense). Sou apaixonado por educação e empreendedorismo. Sou freshman em Harvard. E agora, sou escritor do Estudar Fora e responsável pela coluna I wanna be a freshman (tradução de “Eu quero ser um calouro”).
