Como li uma vez em uma livro prepatório, o SAT não mede quem está preparado para entrar na universidade. O SAT mede quem está preparado para enfrentar o SAT. E somente isso. Você provavelmente está se perguntando agora porque tem que fazer esse bendito exame então. A resposta é simples e direta: as universidades te obrigam a isso (créditos: sparknotes.com).
A experiência de fazer o SAT te ensina algumas lições e uma delas é que a melhor forma de estudar para uma prova é praticando bastante, ainda mais se essa prova for um “standardized test”, isto é, um exame que segue um padrão regular. E o SAT, my friends, é o melhor exemplo de standardized test que possa existir. Em testes assim as questões se repetem constantemente. Para os céticos de plantão, vocês conhecem alguém que já fez o SAT e saiu com a prova no final? Certamente não. Pela mesma razão, o College Board não divulga gabaritos e nem diz quais questões você errou. Pode até mudar os números ou a ordem da frase, mas o conceito da questão se mantém. Se não fosse assim seria impossível comparar alunos que fizeram provas em datas diferentes de forma justa.
O próprio College Board em um de seus slogans já te dá o bizu de como se preparar para sua prova: “Practice makes perfect, so perfect your practice” (A prática faz a perfeição, então aperfeiçoe sua prática). Treine muitos exercícios, faça diversos simulados, repita questões que errou quantas vezes for necessário. No site do SAT há diversas ferramentas que podem te ajudar. Destaco os simulados grátis e o “Question of the Day” (pergunta do dia), onde você coloca seu email e recebe diariamente uma questão oficial para fazer.
Quanto aos livros, existem alguns bons para estudar, como o Kaplan (bom para dicas), o Big Blue do College Board (bom para simulados) e principalmente o Princeton Review. Esse último se destaca, pois te ensina uma estratégia muito eficaz de como atacar a prova.
Quanto a sites, basta um que vale por um milhão. Parem tudo. Inclinem-se como forma de reverência. Com vocês, o magnífico, espetacular sparknotes. A minha teoria é que algum ex-diretor do College Board indignado com a filosofia de avaliação do SAT largou a empresa e criou esse site. O sparknotes foi de longe a fonte que mais me ajudou a me preparar.
Para finalizar, algumas dicas das partes separadas. Para matemática sugiro treinar o uso da calculadora para não perder tempo à toa. Na leitura crítica, aprenda a fazer “leitura dinâmica” (uma leitura rápida e superficial que pega só o contexto) e faça listas e listas de vocabulário. Escrever as palavras te ajuda a gravar melhor. Na escrita, entenda a lógica das questões, são de longe as que mais repetem, e acredite no seu instinto. Sim, ele existe e geralmente estará certo. Na redação, aprenda uma estrutura de texto (e a treine muito) e diversos conectores textuais que tornarão seu texto mais coeso.
Lembrando mais uma vez, seu score no SAT é importante sim, mas não é o único ponto a ser considerado no seu application. De nada adianta mandar super bem e se descuidar do resto. Há diversos outros fatores de importância igual ou até maior. So, keep calm and study for the SAT.
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Renan Ferreirinha é colunista do I wanna be a freshman
Sou ex-aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Sou cavalariano. Sou flamenguista roxo. Mas não só isso. Sou um potencial economista e cientista político. Sou professor de inglês no projeto Somar. Sou de São Gonçalo (que não é um bairro de Niterói, muito menos fica na Baixada Fluminense). Sou apaixonado por educação e empreendedorismo. Sou freshman em Harvard. E agora, sou escritor do Estudar Fora e responsável pela coluna I wanna be a freshman (tradução de “Eu quero ser um calouro”).