Se você está pensando em fazer um intercâmbio, seja para melhorar a proficiência em um idioma ou para ingressar em um curso no exterior ministrado em outra língua, possivelmente já se deparou com a questão do inglês e a necessidade de dominá-lo para facilitar todo o processo. Isso tanto do ponto de vista formal, de admissão, quanto do subjetivo, relacionado à adaptação e comunicação com outros povos.
Nesse momento, um tanto de dúvidas podem surgir, como as relacionadas aos diferentes sotaques, pronúncias e formas de escrever. A melhor resposta para essa questão é se preparar para ser compreendido de uma forma global, sem se apegar a especificidades que serão adquiridas de forma mais comportamental.
Existe uma diferença bastante clara entre o inglêsinglês acad que é usado para ingressar em universidade e empregado nas suas atividades correlatas, e aquele que é empregado nas relações humanas fora desse ambiente mais protocolar. Pense no português: a maneira de utilizar a língua na produção de uma redação em uma atividade escolar é a mesma de quando se escreve uma carta para um amigo? Ou, ainda, o vocabulário empregado em uma apresentação de seminário é o mesmo que se usa em uma conversa com a família? Mas, independente disso, se o emissor da mensagem for um carioca, ela será entendida por um gaúcho, certo? O mesmo se aplica quando falamos sobre o outro idioma.
Um sotaque mais ou menos carregado, uma pronúncia que privilegie a consoante “r” sempre (como os americanos) ou não (como os britânicos) e formas variadas de escrever uma mesma palavra (como é o caso de avião, que pode ser airplane ou aeroplane) são particularidades que pertencem muito mais ao ambiente informal das ruas do que à rigorosidade acadêmica.
O objetivo na sala de aula é um só: que você entenda e seja entendido em relação ao objeto de estudo. Ou seja, é algo muito mais relacionado às habilidades de ouvir, falar, ler e escrever do que especificamente se prender a conhecer a fundo todas as variações da palavra “color”.
Tenha em mente que tanto os professores e avaliadores quanto os seus colegas sabem que você é estrangeiro e que está se empenhando para ser o melhor possível na língua deles. Dessa forma, a pressão por ser perfeito o tempo todo diminui e, como consequência, a chance de alcançar esse “status quo” aumenta!
Como as avaliações de proficiência avaliam?
Isso é o que acontece nas provas internacionais de proficiência em inglês, por exemplo. A maior parte das instituições as consideram como parte obrigatória do processo de admissão porque eles comprovam, com base em parâmetros internacionais e objetivos (no caso, o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas – CEFR), que os candidatos estão aptos para absorver o conhecimento que será transferido em sala de aula, e que vão conseguir se comunicar adequadamente com seus colegas e professores.
Geralmente, o nível exigido no idioma para ingressar em uma universidade estrangeira é a partir do B2 do CEFR. Mas, níveis à parte, no caso das opções de exames de Cambridge Assessment English, por exemplo, a proposta é testar o inglês internacional, com suas diversas pronúncias. Todos os itens pedidos em prova são testados antes de serem utilizados nos exames e os que forem considerados muito difíceis ou que discriminem injustamente uma cultura, por exemplo, são rejeitados.
Em média, mais de 200 mil candidatos participam nos testes preliminares todos os anos. Todo esse processo e garantia de que os procedimentos sejam seguidos confere condições de igualdade para qualquer candidato, em qualquer parte do mundo. Ou seja, todo o processo é concebido de modo a não privilegiar ou dar vantagens a ninguém, com foco apenas no conhecimento adquirido por cada um.
Leve isso em consideração no seu planejamento. Conhecer melhor os processos e os objetivos relativos ao inglês ajudam a adquiri-lo com mais naturalidade!
Por Alberto Costa, Senior Assessment Manager Americas da Cambridge Assessment English