Líder no campo da medicina há mais de um século, o Instituto Karolinska, na Suécia, ainda tem o nome pouco conhecido no Brasil. Mas logo isso deve mudar: a instituição é a 11ª melhor da Europa, segundo ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), e está entre as 30 melhores do mundo. E mais: é lá que são escolhidos os ganhadores do Nobel de Medicina, o prêmio mais renomado da área.
Fundado em Estocolmo pelo Rei Carlos XIII da Suécia em 1810, o Karolinska surgiu como centro de treinamento para cirurgiões do exército. Hoje numa nação pacífica, conta com 6 mil estudantes, 2 mil deles doutorandos e 22% deles estrangeiros e – pasmem! – é responsável por 40% das pesquisas médicas de toda a Suécia.
Focado, divide-se em apenas 13 cursos, como Técnicas Moleculares, Biomedicina e Radiografia, sendo parte deles ministrada em inglês.
Além de seus modernos hospitais universitários, o Karolinska se orgulha das relações próximas que mantém com o que há de mais inovador na medicina, incluindo a rede de contatos estabelecida via Nobel. De lá já saíram invenções como citopunção (punção aspirativa por agulha fina) e a “Gamma Knife” (equipamento usado no tratamento de tumores cerebrais).
As pesquisas do Karolinska são conduzidas por 22 departamentos e têm papel central. Os professores, frequentemente, fazem este tipo de dupla jornada entre a sala de aula e o laboratório, e procuram incluir seus alunos desde o começo em pesquisas.
Berço de mais de 40 companhias farmacêuticas, o instituto incentiva seus alunos a desenvolver e comercializar suas ideias e divulgá-las pelo mundo. Para tanto, o Karolinska dá aulas e mentoria em empreendedorismo, desenvolvimento de inovações, fundamentos de start-ups e acordos de patentes, além de oferecer um centro estruturado de apoio a empresas no curto e médio prazo.
Agora, a má notícia: o Karolinska não oferece bolsas de estudo a estrangeiros e estudar lá custa entre US$ 21 mil e US$ 23,5 mil por ano.
Karolinska e o Nobel – O Instituto deu uma guinada em 1896, quando passou a ser responsável pela escolha do Nobel de medicina. Não se sabe ao certo o motivo da escolha: uns dizem que foi praticidade, já que fica em Estocolmo; outros que um velho amigo, posteriormente professor de fisiologia do instituto, deu a ideia ao sueco. Ignorando este mistério, o Karolinska abraçou a tarefa e estabeleceu-se de vez como referência, prática e teórica, da medicina mundial.
Entre os famosos que já passaram pelo Karolinska estão Karolina Widerström, primeira mulher a obter um bacharelado em Medicina do instituto, Erik Jorpes, que desenvolveu um método de produção de insulina pura, e Åke Senning, que colocou o primeiro marcapasso em um ser humano.
Famosos que passaram pelo Instituto Karolinska:
– Jöns Jakob Berzelius, químico e descobridor de elementos como silicone e selênio;
– Bertil Aldman, inventor da cadeirinha de carro para bebês;
– Herbert Olivecrona, fundador da neurocirurgia na Suécia.
*Na foto, pesquisadora do Instituto Karolinska
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