Como lidar com temperaturas muito baixas durante o intercâmbio
Nem todo mundo morre de amores pelas temperaturas mais baixas. Por outro lado, para quem decide passar um período no exterior, essa experiência pode ser inevitável. Em especial, em países onde o clima rigoroso já é bastante conhecido. Por exemplo, localidades no Leste Europeu, Canadá e regiões dos Estados Unidos. Ou seja, é necessário se preparar para o intercâmbio no inverno, que oferece alguns desafios.
Um bom ponto de partida tem a ver com a reflexão necessária antes de fazer um intercâmbio no inverno. Primeiro, vale entender se essa é uma experiência pela qual se queira passar, ou se encarar os termômetros lá embaixo está fora de cogitação. Se é uma alternativa viável, ou mesmo tolerável, o que resta é planejamento. Se está longe de ser uma opção aceita, é a vez de repensar o destino.
Em segundo lugar, é importante entender o quão rigoroso seria o clima frio no período. Em certas regiões, temperaturas abaixo de zero podem ser rotina. Por outro lado, há cidades onde o inverno está associado a temperaturas mais amenas, ou chuvas. Por isso, cada estudante deve procurar detalhes sobre o clima da região e pontos de atenção, antes de cogitar um destino.
Por fim, é necessário investir no planejamento – quer o intercâmbio no inverno pareça um sonho ou um ligeiro pesadelo para o aluno. Conheça dicas práticas que servem para o período do ano e veja como estar a postos para lidar com as baixas temperaturas.
#1 Prepare-se
Já com as informações sobre a cidade de destino, o planejamento precisa levar em conta o clima local. Isso impacta não só o número de casacos e cachecóis levados na mala, mas também o orçamento. Afinal, nem todo mundo consegue comprar opções mais “pesadas” por preço amigo no Brasil. Portanto, adquirir tais itens no local do intercâmbio pode ser a saída.
Ainda que tais despesas com roupas não sejam recorrentes, precisam ser listadas para evitar surpresas na lista de gastos. Como forma de economizar, uma alternativa é recorrer às lojas de departamento disponíveis na região, brechós e bazares, que oferecem preços mais baixos.
Listas de outros produtos necessários, como cremes específicos para pele no inverno, bem como remédios e vitaminas que o estudante costume tomar, também são bem-vindos.
#2 Se necessário, busque ajuda profissional
Antes de fazer as malas – e depois de refletir sobre como será fazer intercâmbio no inverno -, um passo importante é o de se preparar para os desafios do período. Não se trata apenas de usar mais casacos para sair à rua, mas de ficar atento a problemas relacionados à estação do ano. Um deles é a chamada depressão sazonal.
Com dias mais curtos e menos exposição à luz solar, muita gente observa mudanças no próprio corpo. Uma necessidade maior de sono, que desordena a rotina. Ou mesmo alterações de humor, causadas pelas mudanças externas no clima. Variações mais graves desses traços – por exemplo, que culminem na completa indisposição em sair de casa – devem ser checadas em consultório.
Para se prevenir, vale se informar com a escola de destino sobre profissionais disponíveis (como psicólogos associados à instituição) e possibilidades de obter apoio, caso os sintomas sejam um obstáculo real. Há quem oriente sessões com o terapeuta e quem sugira recursos diferentes, como a chamada “terapia de luz”, em que luz artificial é usada para simular a do sol.
#3 Peça dicas a quem já foi ou mora lá
Nem sempre as melhores estratégias são óbvias. Por isso, peça ajuda aos representantes da escola ou universidade, ou mesmo estudantes locais, que conhecem a fundo a cidade. Ou mesmo colegas que já embarcaram para o mesmo destino, que possam dar conselhos sobre como lidar com o intercâmbio no inverno, sendo um aluno estrangeiro.
Essa consulta pode garantir desde sugestões de lojas baratas até estratégias para não sofrer com o clima local. Por exemplo, as alternativas para transporte, quando opções como bicicleta não funcionam tão bem em um asfalto coberto pela neve. A cidade de Toronto, no Canadá, dispõe de túneis subterrâneos para que pedestres que se desloquem durante o inverno rigoroso. Para um aluno desacostumado com as temperaturas negativas, o sistema (chamado PATH) é uma ótima forma de andar pelo centro da cidade.
#4 Mantenha uma rotina saudável (e adapte-a)
Primeiramente, a regra não vale apenas para esse período do ano. Agora, ao fazer intercâmbio no inverno, podem ser necessárias algumas adaptações. Por exemplo, como garantir uma rotina de exercícios quando as ruas estão cheias de neve e as temperaturas não são convidativas?
Ainda que pareça desafiador manter os hábitos em dia, é um passo necessário. Por isso, o estudante pode buscar alterações que façam sentido. Fazer yoga em casa, em vez de se deslocar até uma academia, por exemplo. Ou mesmo recorrer a um centro esportivo coberto, em vez de jogar um esporte ao ar livre.
#5 Atente-se para o ambiente de casa
Um dos primeiros passos, ao chegar em um país, é estabelecer um lugar para ficar. Pode ser uma acomodação estudantil, uma casa de família ou um apartamento dividido com os amigos. Em todos casos, ficar atento ao aquecimento disponível na residência garante mais conforto durante o inverno.
Outro aspecto importante tem a ver, novamente, com o orçamento elaborado. É preferível buscar opções que já incluam as contas utilitárias, que incluem aquecimento, no preço do aluguel. Assim, o aluno evita surpresas desagradáveis no fim do mês.