Por Carolina Campos
No Hemisfério Norte, os meses de junho, julho e agosto são dedicados às férias de verão. Nesta época, a maioria dos universitários passa uns dias com a família e depois aproveita o “tempo livre” para fazer estágios ou pesquisas ao redor do mundo.
É muito comum ver alunos – mesmo no primeiro ano de faculdade – tirarem uns dias de descanso e depois visitarem os mais diferentes países para participar de congressos, seminários, grupos de pesquisa ou estágios profissionais. Embora seja verão, os estudos não param! E nem as universidades. Enquanto os alunos regulares não voltam, as instituições “emprestam” o campus e alguns de seus professores para outros estudantes.
Cada vez mais procurados, os chamados summer programs (ou courses) são cursos que duram de três a nove semanas e permitem que alunos do mundo inteiro morem nos dormitórios, utilizem a infraestrutura da universidade (bibliotecas, academias, restaurantes, laboratórios, etc) e tenham, durante alguns dias, a sensação de pertencerem às “tops” do mundo.
Escolas como Harvard, Stanford, Columbia, Brown e Yale são algumas das que colocam o campus à disposição durante as férias de julho. O processo seletivo para ingresso nesses cursos não é tão complicado – em geral, exige-se que o aluno tenha boas notas e proficiências em inglês. E a boa notícia é que os programas são oferecidos tanto para alunos do ensino superior quanto para aqueles que ainda estão cursando o ensino médio.
Estou no ensino superior, o que devo fazer?
Para quem é universitário no Brasil (não importa se estuda em universidade pública ou particular) e deseja passar as férias em uma das melhores universidades do mundo, a maioria das escolas só exige o preenchimento de um formulário de admissão e uma boa nota nos testes de proficiência em língua inglesa (normalmente pede-se pelo menos 100 pontos no TOEFL ou 7 pontos no IELTS).
Fora isso, é preciso pagar as taxas referentes à matrícula na(s) disciplina(s) que se pretende cursar, refeições, dormitório e plano de saúde. Isso, é claro, sem falar nas passagens aéreas e despesas com visto para entrar no Estados Unidos. Prepare o bolso, pois os valores costumam variar entre US$ 8.000 e US$ 12.000!
No entanto, em troca, você terá aulas com professores da universidade – ou com os chamados visiting scholars, que são professores visitantes de outras instituições, aceitos pela universidade para passar um tempo realizando pesquisas – além de conseguir créditos que poderão ser utilizados pela sua universidade no Brasil, seja como atividades complementares ou como aproveitamento de estudos.
É bom frisar que o aproveitamento da disciplina cursada no exterior está condicionada às exigências da sua instituição de origem. Se esta é sua intenção, entre em contato com a coordenação do seu curso no Brasil antes de se matricular em um summer program para saber mais detalhes sobre o procedimento adotado.
Quer saber mais? Acesse os summer programs de Harvard, Brown e Yale! Fique atento: os prazos da maioria das escolas já começam no início de março!
Assista a seguir um vídeo (em inglês) que mostra um pouco do summer program de Harvard:
Estou no ensino médio, o que devo fazer?
Se você está no ensino médio, tem entre 16 e 19 anos anos de idade, e deseja ter uma ideia de como é a vida nas melhores universidades do mundo, os summer programs podem ter ajudar.
Neste caso, os programas normalmente duram de sete a nove semanas. Muitos alunos que estão em dúvida entre quais universidades aplicar acabam optando por esta modalidade para ter um “gostinho” da vida no campus.
O processo seletivo inclui o preenchimento de um formulário, envio de seu histórico escolar e carta de recomendação de seus atuais professores ou diretores da escola. Ambos os documentos devem ser em inglês. Além disso, em geral, as escolas exigem o mínimo de 100 pontos no TOEFL ou 7 no IELTS.
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