Você já definiu que quer estudar fora. Ótimo: chegar à essa conclusão é o primeiro passo para planejar a vida, daqui pra frente. O cenário fica ainda mais favorável se você já souber para onde quer ir e quanto pretende gastar no país de destino.
Quando colocamos todos esses dados no papel é que percebemos que o sonho de estudar fora é possível, mas não é barato. Ele exige alguns sacrifícios de quem batalha duro para conquistar o objetivo de ter uma experiência desse porte no currículo. A boa notícia é que uma viagem internacional de estudos vale cada centavo.
É comum que, para conseguir juntar dinheiro em prazos mais apertados, os futuros estudantes internacionais façam concessões para o complemento da renda, como diminuir temporariamente o padrão de vida ou abraçar a vida de freelancer.
Leia também: Seis países em que é possível estudar de graça – ou quase
Não importa o que você escolha, a saída nunca dará certo se você não tiver outras atitudes conscientes acerca das finanças, como pesquisar muito antes de realizar uma compra e nunca, em hipótese alguma, comprar por impulso. Isso parece impossível para muita gente que já tem o hábito de não pensar muito antes de colocar a mão na carteira, mas faz toda a diferença quando a meta é clara e está se aproximando.
Por isso, fizemos um apanhado com cinco dicas de economia focadas para pessoas que precisam juntar dinheiro enquanto trabalham – e muito – para pagar as contas atuais, ainda que tenham decidido estudar fora. Afinal, não é porque você toma essa decisão que os boletos vão parar de chegar na sua casa.
#1 Deixe os supérfluos de lado
Absolutamente tudo o que você não precisa para viver por mais um dia é um item supérfluo. Um sapato novo, um novo jogo de vídeo game, a pizza gigante da sexta-feira e o passeio de pedalinho no parque são apenas alguns exemplos de coisas que não vão matar caso você decida não gastar dinheiro com elas.
Leia também: Como manter a organização financeira antes e durante o intercâmbio
Para ficar mais claro, vamos à lista do que não pode faltar na sua vida antes que você parta em uma nova aventura: comida, água, aluguel, energia, luz, internet, algumas peças de roupa e uns três tipos de sapato. Pronto: isso é que você tem que dar conta de pagar. Universidade e plano de saúde também podem entrar nessa lista, mas, como você pode perceber, ir ao cinema três vezes por semana não é uma opção nesse momento.
Ao ter uma listinha fechada do que é essencial para sua vida, atenha-se a ela e não saia dos trilhos. Você vai ver que, além de economizar bastante, estava era gastando muito com bobagens.
#2 Coma em casa
E por falar em bobagem, parece uma, mas faz todo sentido: deixar de comer na rua pode gerar uma economia tremenda. Isso porque gastar em restaurantes e lanchonetes acaba totalizando uma quantia razoável no fim do mês, muitas vezes maior do que a compra de supermercado para todas as refeições por 30 dias.
Leia também: Três ferramentas de organização para ajudar na sua application
Se você almoçar em casa todos os dias ou, pelo menos, levar uma marmita algumas vezes na semana, já estará salvando uma boa grana para seu cofrinho de viagem.
#3 Crie prazos para objetivos financeiros
Não adianta nada seguir as dicas acima se você não souber quando é que quer estudar fora. Dessa forma, qualquer planejamento que você tente fazer soa tão abstrato que a economia não acontece.
“Quero morar fora um dia” é muito diferente de “quero já estar morando fora no próximo natal”. Quando você coloca uma data, também estabelece um senso de urgência para sua nova rotina econômica e começa a converter qualquer compra em custo-benefício relacionado à viagem.
Leia também: Preparação psicológica é tão importante quanto a financeira em um intercâmbio
Por isso, tenha um prazo para seu sonho de estudar fora e, de preferência, já compre pelo menos a passagem. Quanto mais real for seu plano, mais meios você vai encontrar de fazer seu dinheiro render.
#4 Peça descontos
Se a vontade ou necessidade de comprar algo que não estava planejado for maior do que a força para juntar dinheiro, lembre-se de pedir descontos nos itens, principalmente para compras à vista.
Aprenda a negociar de forma que as pessoas que estão vendendo algo acabem entendendo seu lado e cheguem a uma conclusão favorável para você. Por exemplo: toda loja tem uma margem para ser negociada em uma compra em dinheiro, já que os produtos já contam com a taxa da maquininha do cartão.
Se você tiver dinheiro vivo pra pagar pelos seus bens e serviços, e conhecimentos básicos de negociação, vai conseguir juntar um dinheirinho extra até sua data de embarque.
#5 Invista
Por fim, não deixe seu dinheiro parado na conta corrente ou na poupança esperando que eles fiquem paradinhos a esperar: invista cada centavo em fundos que podem fazê-lo render e ajudar a “ganhar” dinheiro sem fazer absolutamente nada.
Quanto mais dinheiro investido, maior o rendimento mensal em várias modalidades de investimento. Por que, então, dar a bobeira de “guardá-lo” em aplicações que não vão dar o “benefício” dos juros compostos?
Hoje é possível fazer diversas simulações a partir de instituições que gerenciam fundos monetários e ver, em tempo real, qual seria seu retorno após um tempo “esquecido” em uma carteira de investimentos.
Gostou das dicas para economizar e partir para outros países? Se tiver outra dica boa que não abordamos aqui, deixe nos comentários!
Sobre o autor
Lucas Lima é sócio-fundador e CEO da Profissas. Graduado em Marketing pela universidade e em Empreendedorismo pela vida. Também é professor de Liderança e metido a aventureiro nas horas vagas.
Crowdfunding também ajuda a estudar no exterior
Outra forma de conseguir financiar os estudos fora do país é o crowdfunding, que ganhou visibilidade nos últimos anos. Diversos estudantes aprovados nas melhores universidades do mundo já recorreram à “vaquinha online” para financiar suas viagens. É o caso, por exemplo, de Jessé Candido, de 18 anos, que em 2014 contou com o crowdfunding para arrecadar o valor necessário para ir à Universidade Stanford, no EUA. E deu certo: em poucos dias, ele conseguiu mais de R$ 16 mil, valor que ultrapassou significativamente a meta dele, que era de R$ 10 mil.
Outro caso de sucesso é o do Renan Kuntz, que realizou um crowdfunding para ir cursar a graduação na Universidade de Tulsa, nos Estados Unidos. Embora ele tenha recebido uma bolsa generosa da universidade, as despesas restantes ainda eram muito altas: faltavam 20 mil reais. Através de crowdfunding, ele conseguiu 25 mil – e explica no vídeo abaixo quais foram os fatores mais importantes para o seu sucesso: