Por Lecticia Maggi
Dentre os vários itens que as universidades estrangeiras avaliam nos candidatos a cursos de graduação está o personal statement. Espécie de ensaio pessoal, o personal statement tem o poder de revelar às escolas o que as provas padronizadas (como SAT e ACT) e o histórico escolar não mostram: a personalidade dos estudantes. Por isso, é considerado peça fundamental do processo de application (candidatura).
Quero ter acesso às melhores oportunidades, mas quero que as pessoas da minha comunidade também tenham. Para saber aonde quero chegar, preciso saber da onde estou saindo
Uma redação subaproveitada por ser determinante para a rejeição de um candidato. Este, felizmente, não foi o caso da estudante baiana Georgia Gabriela Sampaio, de 19 anos, que está sendo disputada por nove universidades dos Estados Unidos: Yale, Duke, Columbia, Stanford, Dartmouth, Middlebury, Northeastern, Barnard College e Universidade Minerva. Leia aqui a história dela
Para ela, o personal statement teve papel determinante nas suas admissões: “Fiz uma espécie de autocrítica. Sou uma jovem negra, da periferia da Bahia, e sempre estudei em escolas particulares com bolsas de estudo. Muitas vezes era a única negra da sala de aula, mas nunca havia me atentato para esta situação. Até que um dia participei de um debate na Universidade Federal da Bahia (UFBA) sobre a situação da mulher negra, e isso me abriu os olhos. Estava me omitindo, quase me escondendo. Quero ter acesso às melhores oportunidades, mas quero que as pessoas da minha comunidade também tenham. Para saber aonde quero chegar, preciso saber da onde estou saindo”. A redação dela, publicada com exclusividade pelo Estudar Fora, fala sobre isso.
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