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Mestranda em Stanford: “O suporte que temos dos professores é incomparável”

amanda demetrio

A jornalista Amanda Demétrio, de 26 anos, foi aprovada em 2013 para o concorridíssimo Graduate Program of Journalism da Universidade Stanford, um mestrado de nove meses. Entre centenas de candidatos do mundo todo, foi escolhida para ocupar uma das 15 cadeiras do curso: “Às vezes, até hoje não acredito. Acho que fui selecionada por me diferenciar bastante do aluno-padrão da universidade”, diz.

Entenda o processo de seleção para pós-graduação fora

Aficionada por tecnologia, já cobriu o assunto para grande portais brasileiros e pretende continuar aliando inovação e informação quando concluir seus estudos fora. “O mestrado abriu meus olhos para a possibilidade de fazer jornalismo com base em bancos de dados, algo muito interessante e ainda incipiente no Brasil”, conta.

Formada pela Universidade de São Paulo (USP), diz que teve um ensino de ótima qualidade, mas ainda assim distante do que hoje desfruta em Stanford. “A estrutura que temos à nossa disposição e o suporte que recebemos dos professores são incomparáveis”. Saiba por que na breve entrevista a seguir:

Destaquei que vinha de uma família de pessoas fortes, que fizeram grandes sacrifícios para que eu tivesse a melhor educação

O que considera que mais contribuiu para a sua aprovação?

Stanford é uma universidade que tem muitos alunos oriundos de famílias bilionárias, pertencentes à elite norte-americana, e eu tentei mostrar que a minha realidade era diferente e eu daria outra perspectiva à turma. No meu statement destaquei que vinha de uma família de pessoas fortes, que fizeram grandes sacrifícios para que eu tivesse a melhor educação possível, e eu valorizava isso. Deixei claro que, se fosse selecionada, daria o valor necessário às aulas e colocaria em uso todo o conteúdo aprendido, retribuindo de alguma forma as abnegações que meus pais e avós fizeram para que eu tivesse um ensino de qualidade. Obviamente, contaram pontos minha nota no GRE e cartas de recomendação, mas acho que o que mais contribuiu para a minha aprovação foi ter representado essa diversidade que as universidades tanto buscam no corpo discente.

Você se formou na USP, a mais conceituada universidade do país, e mesmo assim sente diferença entre o ensino que obteve no Brasil e o que tem em Stanford? O que mais te chama a atenção?

Não é brincadeira quando dizem que os professores estão disponíveis 24 horas para te auxiliar

A qualidade da USP é muito boa, mas a estrutura que temos aqui e o suporte que recebemos dos professores são incomparáveis. As aulas têm no máximo 20 alunos, sendo que cada um tem um professor que é seu adviser pessoal, para quem pede ajuda e conselhos. Não é brincadeira quando dizem que os professores estão disponíveis 24 horas para te auxiliar: já recebi e-mails de madrugada respondendo a dúvidas e cobrando trabalhos. Eles estão sempre abertos ao diálogo, realmente se preocupam com a gente e querem que tenhamos uma carreira promissora. Há algumas semanas, por exemplo, fui falar com um professor sobre a possibilidade de realizar o PhD porque estou gostando tanto de estudar aqui que não quero parar (risos). Tivemos uma longa conversa e falei tudo o que esperava da minha vida, sonhos, planos e expectativas, e ele disse que o doutorado não é algo para mim e que eu deveria voltar ao mercado de trabalho. Quer saber? Acho que ele está certo!

Como é a estrutura de Stanford?

É incríve! Além de todas as bibliotecas, temos acesso aos mais avançados softwares pagos para edição de dados, vídeos e áudios. E quando os programas são muito complexos, os professores acionam profissionais para vir até a universidade e nos explicar como utilizá-los. Além disso, temos uma sala de última geração para o mestrado de jornalismo, em que uma das paredes é uma tela plana onde podemos simular break news. Tudo isso faz muita diferença!

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