Minerva: 130 alunos e 36 países em uma universidade sem sala de aula
Por Danilo Vaz
Explicar a Minerva não é uma tarefa fácil, mas depois de muitos pitches de dois minutos para motoristas de Uber e frequentadores de cafés em São Francisco, a tarefa se torna menos complicada.
Antes de tudo é importante dizer que somos um accredited college (uma instituição oficialmente reconhecida pelo governo dos EUA), sediado em São Francisco – CA, mas com uma visão global. Em outras palavras, somos um college quase normal. Afinal, se desconsiderarmos o fato de que não temos um campus, de que viajamos pelo mundo ao longo da nossa graduação, de que nosso currículo é criado com base na ciência do aprendizado e de que minha classe é a Turma Inaugural, somos normais. Ou pelo menos o que o normal deveria ser no que se refere à Educação Superior.
Minerva, a deusa romana da sabedoria, foi uma das inspirações para a criação da universidade, cujo objetivo é tão grande quando o nome que carrega. Reitores, professores e equipe trabalham duro para preparar os seus alunos para os desafios e oportunidades dos tempos em que vivemos. O que é bastante importante já que, como ex-aluno de uma prestigiada universidade brasileira, posso atestar que pouco se aprende com aulas que não mudam há décadas e que foram baseadas em livros dos anos 70.
Um conceito muito interessante debatido pelo futurista Ray Kurzweil é o da Lei de Retornos Acelerado (Law of Accelerating Returns). A ideia é simples: o progresso humano avança cada vez mais rápido conforme o tempo passa. E uma das interpretações que podem ser feitas desta ideia é a de que a cada novo dia a taxa de conhecimento humano produzido por segundo aumenta. E, consequentemente, o número de novas tecnologias, políticas públicas, produções artística, literárias e filosóficas aumentam também. Portanto, a questão é: Os centros de pensamento de hoje em dia (as chamadas universidades), estão preparando os seus pensadores (os chamados alunos), para lidar com tudo isso?
Eu definitivamente sei a minha resposta. E por conta dela eu decidi que deveria fazer algo diferente. A Minerva se mostrou como a melhor das minhas opções e neste vídeo que dá início a uma série sobre a minha jornada eu explico um pouco do porquê.
Espero que vocês gostem!
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