Oi gente! Nesta edição vou contar um pouco das minhas impressões neste primeiro mês vivendo aqui na Universidade de Tulsa.
Eu me lembro que antes de viajar para os Estados Unidos eu li um artigo das 10 primeiras coisas que o estudante deve fazer logo após chegar à universidade. A que mais me chamou a atenção foi a que dizia: “Ache o seu lugar no campus”, ou seja, busque aquele lugar que é só seu e que você se sente mais confortável para estudar ou fazer o que você quiser. Confesso que minha primeira ideia foi “Meu quarto, claro! É onde tenho todas as minhas coisas perto de mim e é muito confortável”.
Consegui um projeto de pesquisa com um professor do departamento de química e também escrevo para o jornal do campus. Trabalhar para o jornal já me fez entrevistar o diretor da biblioteca, cobrir uma aula de Yoga e falar com os alunos sobre suas dietas alimentares
Entretanto, diferentemente do que eu pensava, é preciso delimitar lugar de estudo e lugar de descanso. Assim, rondei vários prédios da universidade até que encontrei no quinto andar da biblioteca o local ideal para mim: um corredor não muito largo, várias escrivaninhas e mesas, pouquíssimo movimento e uma vista do campus. Se eu ainda quiser me concentrar mais, há salas individuais (verdadeiros cubículos) com apenas uma mesa e cadeira. Agora, passo horas e horas lá resolvendo exercícios e fazendo leituras.
Encontrar o seu lugar na universidade não significa não estudar no dormitório. Neste ponto, fiquei ainda mais contente pelo dormitório em que moro. O prédio foi desenhado especialmente para promover mais interação entre os moradores, o que funciona muito bem! Todos os momentos que subo ou desço as escadas eu encontro alguém para conversar. Engana-se quem pensa que isso desvia o foco nos estudos; na verdade, gera um ambiente muito mais aberto para o diálogo. Por exemplo: em uma noite, no mesmo lugar em que faço a tarefa de cálculo, posso ter um amigo ao meu lado estudando programação e outra amiga estudando anatomia. Isso gera um ambiente multidisciplinar e mais descontraído. Caso eu queira ficar um pouco mais sozinho, também há uma sala de estudos no mesmo prédio. Há opções para todos os gostos!
A universidade é o local em que o indivíduo se desenvolve como pessoa, então acredito que é fundamental explorar diversas formas de conhecimento. Uma coisa que notei e que confirmou minhas expectativas é que as universidades dos Estados Unidos não esperam que o estudante seja engajado em atividades extracurriculares somente durante o ensino médio para listá-las no seu application. Na verdade, elas esperam que o estudante faça isso de forma contínua, naturalmente.
Eu tenho tentado aproveitar tudo ao máximo aqui e, por isso, me envolvi com atividades que me fazem aprender coisas novas, mas de uma forma mais divertida. Entre elas, consegui um projeto de pesquisa com um professor do departamento de química da universidade e também escrevo para o jornal do campus, o Collegian, principalmente para a coluna de variedades. Trabalhar para o jornal já me fez entrevistar o diretor da biblioteca, cobrir uma aula de Yoga e falar com os alunos sobre suas dietas alimentares.
Por hoje é isso. Espero que vocês tenham gostado e até o próximo post!
No vídeo a seguir, Renan mostra um pouco do campus e explica mais sobre as atividades extracurriculares na Universidade de Tulsa:
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Renan Kuntz é aspirante a pesquisador e sonha em um dia criar importantes produtos a partir da natureza brasileira. Estudou em escolas públicas durante toda a vida, destacou-se em olimpíadas científicas e, no ensino médio, participou de diversos programas de iniciação científica, trabalhando desde com aquecedores solares até a concepção sobre a maternidade no Brasil. Hoje, estudante da Universidade de Tulsa, quer compartilhar como é o estilo de vida nesse pequeno campus, mas que oferece excelentes oportunidades tal como os das grandes universidades.