No sistema de educação brasileiro, antes de entrar na faculdade o aluno escolhe o curso que irá seguir, como engenharia, medicina, relações internacionais, letras ou direito, etc. E ele segue este curso até se formar. A vantagem deste sistema é que o aluno se forma com conhecimento profundo em uma disciplina. Porém, ele obriga todos a escolherem uma carreira cedo. Assim, o jovem que descobre que outra carreira seria melhor para ele precisa em geral fazer outro vestibular e recomeçar seus estudos universitários.
A graduação norte-americana segue outra filosofia educacional. No sistema dos liberal arts, o aluno é encorajado a desenvolver vários interesses intelectuais numa variedade de disciplinas acadêmicas. Não é necessário que o aluno escolha uma carreira antes de entrar na faculdade. Pelo contrário, tem até quatro semestres para experimentar todas as disciplinas que lhe interessem: a literatura, a história, a matemática, as ciências naturais, a filosofia e a teologia, a antropologia e a arqueologia, as relações internacionais, a economia… Tudo é aberto. Depois de experimentar o aluno escolhe e estuda uma disciplina específica, mas ainda tem tempo para continuar cultivando outros interesses acadêmicos de uma maneira abrangente.
Segundo a especialista em admissões no exterior, Laila Parada-Worby, a educação pautada no Liberal Arts prepara o jovem brasileiro para um mercado dinâmico de trabalho. “O jovem tem contato com várias disciplinas que ele poderá usar numa futura carreira. O aluno também tem a oportunidade de experimentar diferentes matérias e se conhecer melhor antes de escolher em que graduação vai se focar”, afirma.
Por não serem pré-vocacionais, os liberal arts não obrigam o aluno a escolher uma carreira específica. Ao invés disso, o aluno terá várias opções de emprego depois de se formar na faculdade. Se quiser se especializar, pode estudar direito, medicina, odontologia ou administração num programa de pós-graduação, também chamado no exterior de master.