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O que é intercâmbio? Quem pode fazer?

O que é intercâmbio? Pelo dicionário, a definição tem a ver com trocas variadas, de comerciais até culturais. Para a maioria das pessoas, fazer intercâmbio geralmente tem a ver com passar um período fora do país de origem ou residência, conhecendo outro lugar com objetivos profissionais, acadêmicos ou pessoais.

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Com este objetivo, são oferecidos diversos tipos de intercâmbio, de acordo com o momento da vida de cada um e com os recursos disponíveis. Essencialmente, eles podem ser divididos em quatro grande categorias: intercâmbios de ensino médio; intercâmbios de idiomas; intercâmbios acadêmicos e intercâmbios profissionais

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Intercâmbio de Ensino Médio

O intercâmbio de High School é voltado para jovens que têm entre 14 e 19 anos que querem cursar um semestre ou um ano do seu ensino médio no exterior. Durante este período, além de aprender o idioma, os intercambistas frequentam a escola regularmente – como qualquer jovem local, o que permite uma experiência verdadeiramente imersiva da cultura do destino.

“Particularmente, acho que realizar um programa de high school é melhor do que fazer apenas um curso de idioma. Isso porque, ao estudar em uma escola comum, o aluno terá um contato direto com a cultura e os costumes do país. Ele irá conviver com adolescentes nativos e não apenas intercambistas”, afirma Roberto Bihari, da World Study.

Além disso, é fácil obter a equivalência de diplomas no Brasil. O mais comum, nessa idade, é morar em alojamento estudantil ou casa de uma família nativa (a chamada host family).

Os períodos de embarque geralmente ocorrem entre julho e agosto e janeiro e fevereiro, dependendo do sistema de ensino do destino escolhido. Já os valores são bem variados – intercâmbio de high school nos Estados Unidos, geralmente, custam a partir 7 mil dólares por semestre, ou 12 mil dólares o ano. Já na Suíça, o valor “pula” para 96 mil francos suíços por ano – mais de 500 mil reais.

Intercâmbio de Idiomas

A experiência de intercâmbio voltado a idiomas estrangeiros é bastante comum entre brasileiros, em especial quando o assunto é inglês e espanhol. Mas o que é intercâmbio de idiomas? Nesses casos, o foco da vivência no exterior é que o estudante aprenda ou “desenrole” um idioma estrangeiro.

A duração pode ser de um mês a um ano. O valor irá variar de acordo com o país, a escola e o tempo de permanência. O Canadá costuma ser uma opção mais barata do que os Estados Unidos ou a Inglaterra, já que a moeda local vale menos que o dólar americano.

Para um programa de um mês em Nova York, por exemplo, o custo aproximado é de R$ 11 mil, incluindo escola, hospedagem e alimentação, sem passagens aéreas. Na Espanha, um curso de 14 semanas sai, em média, por R$ 14 mil, incluídas as despesas com escola e acomodação.

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Tanto alunos com nível mais básico quanto os que já possuem nível mais avançado de fluência podem aproveitar a experiência. Quem já possui um nível intermediário ou avançado e deseja apenas adquirir segurança no idioma, por outro lado, pode mirar em programas ou cursos combinados, oferecidos por instituições de ensino superior.

Pensando em uma mudança de carreira, por exemplo, um estudante pode aliar o curso de inglês em uma universidade estrangeira a matérias de um MBA. O crucial, portanto, é entender como tais objetivos se alinham a metas na vida profissional e pessoal.

“Há turmas adequadas para todos os níveis e perfis. O importante é estar inserido em uma que tenha a proficiência adequada”, destaca Andrea Arakaki, diretora-geral da Education First no Brasil. 

Os países mais procurados para aprender inglês são Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Mas é possível encontrar programas que te levem para estudar espanhol (Argentina e Espanha são os principais destinos), francês (França ou Canadá) e até japonês.

Intercâmbio de Idiomas com Atividades Extras

O programa é ideal para quem quer aliar uma atividade que seja prazerosa com o aperfeiçoamento de um idioma. Dos Estados Unidos à Europa, passando pela América do Sul e pela Ásia, é possível fazer aulas de artes, fotografia, culinária, dança, esportes e várias outras.

O tempo varia de acordo com o período e o investimento disponível – mas os mais comuns são de uma semana a três meses. 

Este programa é indicado para pessoas que já tenham um conhecimento intermediário da língua e desejam ganhar fluência. A publicitária Anthonia Nanci tinha 26 anos quando decidiu passar um mês na Inglaterra para ter aulas de culinária na escola de Jamie Oliver, em Brighton.

Ela conta que cozinhar sempre foi uma paixão, e como queria passar uma temporada fora, unir as duas coisas foi uma ótima alternativa.

Ela optou por ficar numa casa de família e conta que passava de 2 a 3 horas por dia conversando com sua “host mother”, o que fez com que a sua fluência melhorasse significativamente. “Se eu faria de novo? Mil vezes! Foi uma experiência única”, afirma.

O que é intercâmbio Au Pair? 

O Au Pair é um programa de trabalho remunerado como babá, especialmente nos Estados Unidos, mas também em diversos países da Europa. Regulamentado pelo governo, em geral é oferecido apenas a mulheres – mas há agências que já aceitam candidatos também.

A rotina de trabalho é de até 45 horas semanais e inclui levar e buscar as crianças na escola, acompanhar em passeios, cuidar da alimentação e da higiene, dentre outras atividades estabelecidas previamente. Durante o tempo livre, é possível fazer cursos ou dedicar-se a atividades turísticas.

O contrato mínimo é de um ano, prorrogável por mais um ano. Os programas costumam incluir acomodação e refeições, férias remuneradas e assistência médica internacional e custam, em média, R$ 20 mil.

Podem se candidatar jovens que tenham entre 18 e 30 anos, com conhecimento intermediário de inglês, solteiros, sem filhos e que possuam carteira de motorista. É essencial gostar de crianças!

Em outros programas a sua visão é para o mundo, já que você tem contato com muitos estrangeiros. No caso do Au Pair, não. Você mergulha nos hábitos de uma família local

A paulista Fernanda Ribeiro, de 26 anos, mora a uma hora e meia de Nova York e está adorando a experiência como au pair. Para ela, além do aprendizado de inglês, o programa está auxiliando em questões profissionais.

“Além do salário, tenho direito a 500 dólares de bolsa para estudar em uma universidade americana e pretendo aproveitar para fazer um curso de business em Manhattan”, conta.

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Já a carioca Camilla Vucovix tinha 24 anos quando participou do programa. Hoje, dez anos depois, ela ainda mantém contato com a família e com as duas crianças de quem cuidou. “Um das crianças era especial e tomar conta dela foi um aprendizado que não dá pra descrever”, diz.

E mais: além de ter viajado por toda a costa leste dos EUA, ela aprendeu muito sobre a cultura local. “Em outros programas a sua visão é para o mundo, já que você tem contato com muitos estrangeiros. No caso do Au Pair, não. Você mergulha nos hábitos de uma família local.”

Intercâmbio com trabalho voluntário

O intercambista vai aliar o aprendizado de uma nova língua com uma causa que entende ser importante. É possível ajudar crianças e idosos, envolver-se com trabalhos vinculados ao meio ambiente e à vida selvagem. Os destinos mais comuns são África do Sul e China.

Em geral, estes programas têm entre um e três meses de duração, e podem ser combinados com estudos de idiomas. Este tipo de intercâmbio é mais indicado para pessoas que já tenham um conhecimento no mínimo intermediário do idioma – já que, para realizar o voluntariado, ele precisará se virar no idioma local e ter flexibilidade para lidar com novas situações.

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A brasiliense Marcella Valim passou um mês e meio trabalhando junto a crianças na Cidade do Cabo, na África do Sul, quando tinha 22 anos. Na época, estudava psicologia e escolheu o período das férias escolares para viajar. 

Ela conta que, já na África, fez duas semanas intensivas de aulas de inglês para, então, iniciar as atividades como voluntária. Além de ensinar inglês para os pequenos, Marcella conviveu com uma realidade de pobreza e diferenças culturais que marcaram para sempre a sua vida.

“Cresci muito. A África expandiu a minha visão de mundo”, conta ela, que aproveitou também para fazer um safári. 

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