O impacto de uma experiência fora do país vai muito além de melhorar o currículo. Os ganhos pessoais de estudar no exterior, paralelos aos benefícios acadêmicos e profissionais, ficam marcados em toda a trajetória de vida do estudante.
São diversos pontos positivos que estão relacionados principalmente ao contexto cognitivo-comportamental, apoiados por pesquisas internacionais – muitas delas desenvolvidas por pesquisadores de universidades estrangeiras. Conheça alguns desses benefícios e saiba quais são esses levantamentos.
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Benefícios de estudar fora
#1 Estudar fora estimula a criatividade
Um estudo de pesquisadores da Universidade da Flórida e da Universidade do Sul da Geórgia indicou uma relação positiva entre experiências multiculturais e cognição criativa. O artigo fez uma comparação entre um grupo que estudou no exterior e outro que nunca saiu do país de origem. A principal conclusão foi que o multiculturalismo proporcionado por estudos internacionais estimula o desenvolvimento de soluções inovadoras em resposta às demandas que surgem em ambientes culturalmente diversos.
Outra pesquisa semelhante investigou o conceito de “criatividade convergente”, que se baseia em utilizar conhecimentos existentes e métodos tradicionais para gerar novas soluções. Os autores indicaram que a aprendizagem bilíngue (especialmente adquirida no local de origem do segundo idioma) está correlacionada a essa capacidade. Ainda segundo o paper, aqueles que tiveram experiências internacionais – ainda que num curto prazo – pontuaram melhor no RAT (Remote Associate Test), uma espécie de “teste de criatividade”.
#2 O estudo no exterior melhora as médias das notas
Com base em um estudo comparativo entre as notas finais da graduação de alunos da Sheffield Law School (do Reino Unido) que estudaram fora por um ano e as pontuações daqueles que não tiveram essa experiência, um artigo publicado em 2019 por Paul James Cardwell mostrou que as estratégias de internacionalização têm efeito benéfico no desempenho acadêmico geral. A pesquisa também considerou dados qualitativos a partir de entrevistas com alunos – o que contribuiu para que o autor notasse que, embora tirar notas mais altas não fosse o principal objetivo desses estudantes ao partir para o exterior, a autoconfiança e maturidade adquiridas nessa etapa da vida estimulava diretamente o histórico escolar.
#3 Capacidade de aprender outras línguas é desenvolvida no exterior
“A participação em todas as oportunidades de viagem ao exterior, exceto aquelas que são feitas a trabalho, está positivamente associada ao desenvolvimento de competência linguística e cultural em outro idioma”. É o que diz o artigo The High Impact of Education Abroad: College Students’ Engagement in International Experiences and the Development of Intercultural Competencies, que, entre outros diversos pontos positivos de sair do país para estudar, salientou a vantagem relacionada ao aprendizado de outro idioma. A conclusão é que quem aprende um idioma fora do próprio país tem mais chances de aumentar a competência linguística em geral – ou seja, a experiência melhora a percepção sobre outras línguas, não somente aquela a que o estudante se dedicou a treinar.
#4 Melhorar competências interculturais significa desenvolver empatia
Uma dissertação feita com base em programas do tipo Short-Term Study Abroad (de curta duração) no exterior mostrou que os intercambistas que serviram como objeto de estudo tiveram a oportunidade de processar as diferenças culturais de maneiras significativas, tornando-se mais empáticos. De acordo com o pesquisador do departamento de Educação da West Chester University, os programas de curta duração para alunos estrangeiros são especialmente mais benéficos durante o ensino médio, para estimular o olhar mais compreensivo e integrado a diferentes culturas.
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#5 Estudar no exterior aumenta a empregabilidade e as habilidades de carreira
Para além de habilidades cognitivas, acadêmicas e psicológicas, algumas pesquisas têm demonstrado que estudar fora gera impactos positivos na carreira, contribuindo para aumentar as chances de conseguir emprego, tendo em vista que empregadores reconhecem a importância da compreensão intercultural em um ambiente econômico cada vez mais global. É o caso de um levantamento submetido à Coalizão para a Educação Internacional, que aborda as necessidades de empregadores dos Estados Unidos por candidatos que tenham experiências internacionais. Conclusões semelhantes também podem ser encontradas em um livro organizado pela Universidade de Minnesota.