*Autora: Marcela Marcos
O Canadá e os Estados Unidos são alguns dos principais destinos que estudantes brasileiros buscam ao estudar fora do Brasil. Os dados são da última pesquisa Selo Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), associação que reúne as instituições brasileiras que trabalham com intercâmbio.
A pesquisa considerou, além de políticas que facilitam a combinação de estudo e trabalho, também outros aspectos que determinam a decisão, tais como câmbio favorável, qualidade de vida, facilidade de obtenção de visto e idiomas que os intercambistas conseguem desenvolver nos cursos escolhidos (sejam eles de extensão, graduação ou pós-graduação).
A escolha do destino para estudar fora é a etapa que norteia toda a experiência no exterior. Fazer uma boa pesquisa passa por entender quais são seus objetivos – pessoais, acadêmicos e profissionais – e de que maneira o lugar escolhido pode te ajudar a cumpri-los. Muitos fatores contribuem para a decisão: o idioma local, a multiculturalidade e a excelência estudantil, por exemplo. Neste post, vamos abordar os principais destinos de brasileiros no mundo, com base no que os estudantes do Brasil consideram ao fazer intercâmbio.
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Veja a seguir os os destinos que lideraram o ranking na última pesquisa:
1. Canadá
O fato de as fronteiras canadenses estarem cada vez mais abertas para estudantes brasileiros tem impulsionado o intercâmbio no país norte-americano. Nos últimos anos, o Canadá aumentou a procura por mão-de-obra qualificada no exterior, principalmente para preencher a demanda de empregos em áreas ligadas ao setor de Tecnologia.
E como não poderia ser diferente, a qualidade acadêmica não deixa a desejar, uma vez que muitas universidades canadenses figuram entre as melhores do mundo nos principais rankings do tipo. Três instituições de ensino superior do Canadá estão entre as 50 melhores da edição mais recente do Times Higher Education e do QS World University Rankings. São elas: University of Toronto, University of British Columbia e McGill.
O processo de seleção das faculdades canadenses se assemelha ao das universidades dos Estados Unidos, de modo geral, mas se destaca por ser mais simples. Outro ponto favorável para que brasileiros escolham o Canadá para estudar é que o período de inscrições do application costuma ocorrer entre os meses de janeiro e abril, após os candidatos terem concluído o ensino médio no Brasil.
Como as possibilidades de auxílio financeiro são essenciais para cursar o ensino superior em qualquer parte do mundo, o Estudar Fora tem uma página com dicas e bolsas para quem quer estudar no Canadá.
Aqui, algumas das bolsas que abrem inscrições anualmente para o Canadá:
- ELAP: bolsas de 100% para intercâmbio no Canadá exclusivas para latinos;
- Bolsas integrais para graduação na Universidade de Toronto, no Canadá;
- Universidade Saskatchewan, no norte do Canadá, oferece bolsas de até $40 mil;
- Programa Vanier oferece bolsas de estudos de $50 mil para doutorado no Canadá.
2. Estados Unidos
É fato que as universidades mais prestigiadas do globo estão nos Estados Unidos. A chance de ter no currículo uma formação em qualquer uma das integrantes da Ivy League atrai estudantes do mundo todo.
Uma pesquisa internacional em 2021 mostrou que são mais de 1 milhão de alunos sem cidadania estadunidense estudando no país, e o Brasil ocupava a 9ª posição entre os destinos de origem. Além da excelência acadêmica, o contato com o idioma mais falado do mundo, o inglês, também está por trás das razões mais fortes de se optar pelos EUA para fazer intercâmbio.
Também é fato que o ensino superior por lá é caro para estrangeiros. No entanto, não faltam opções de apoio financeiro, nem mesmo nas universidades mais conceituadas. Harvard, por exemplo, tem uma política de recrutamento “need blind”, o que significa que, se os recrutadores gostarem do candidato, eles darão o suporte monetário que for preciso. O mesmo vale para Yale e Princeton. Em paralelo a isso, existem pelo menos 9 universidades dos EUA onde é possível estudar pagando pouco ou nada.
Aqui, algumas das bolsas que abrem inscrições anualmente para os Estados Unidos:
- Bolsas integrais para latinos em cursos de verão na Universidade de Chicago;
- Fundação Behring oferece bolsas de 100% para Harvard, MIT e Columbia;
- Universidade de Stanford oferece 90 bolsas de estudo integrais para pós-graduação;
- Inscrições abertas para bolsas integrais na Universidade de Boston;
- Inscrições abertas: bolsas integrais nos Estados Unidos para jovens líderes;
- Brazil Conference seleciona estudantes para cobrir evento em Boston com tudo pago.
3. Irlanda
Economia em crescimento, belezas naturais, possibilidade de expandir os conhecimentos em inglês com um sotaque diferente… a maior ilha da Europa sempre está entre os destinos mais amados dos brasileiros para fazer intercâmbio. Por ano, o local com cerca de 4,7 milhões de habitantes recebe aproximadamente 6 milhões de turistas.
Em várias ocasiões, a capital da Irlanda, Dublin, foi eleita por sites especializados “a cidade mais amigável da Europa”. Não é para menos, já que a cidade tem ares modernos e históricos ao mesmo tempo, graças ao passado de ocupação viking e construções medievais em contraste com uma população jovem.
A Irlanda é o maior polo tecnológico do continente europeu e algumas das principais empresas do mundo, como Google, Facebook, ebay e LinkedIn tem sua sede em Dublin. Por essa razão, a necessidade de mão-de-obra especializada na área é grande em terras irlandesas.
As sete universidades públicas da Irlanda estão entre as 700 melhores do mundo, segundo o QS World University Ranking. As faculdades no país variam desde o pequeno Burren College of Art, com apenas 200 alunos, até a enorme Dublin Business School, cuja comunidade estudantil é composta por cerca de 9 mil integrantes.
O melhor é que, não raro, há inúmeras possibilidades de bolsas de estudos exclusivas para brasileiros na Irlanda.
Aqui, algumas das bolsas que abrem inscrições anualmente para a Irlanda:
- Concorra a bolsas integrais com auxílio mensal de € 15.000 para estudar na Irlanda;
- Escola Irlandesa oferece 100 bolsas de intercâmbio exclusivas para brasileiros;
- Governo irlandês oferece bolsas integrais para graduação ou pós na Irlanda.
4. Reino Unido
Seja para um intercâmbio de idiomas (com o objetivo de desenvolver o inglês na Europa) ou para estudar em uma das universidades que não costumam sair das top 10 do globo – Oxford e Cambridge –, estudar no Reino Unido é o foco de muitos brasileiros. A região é um conjunto de ilhas localizado a noroeste do continente europeu, do qual fazem parte os seguintes países: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte (não devendo ser confundido com a Irlanda, cuja capital é Dublin, de que falamos anteriormente).
Não faltam opções de programas para aprender a língua inglesa no Reino Unido, com duração que vai de algumas semanas até seis meses. A vantagem é que, em geral, basta ter um passaporte válido e escolher um nível de estudo adequado a seu conhecimento no idioma para poder cursá-los.
O ranking QS mais recente sobre as melhores cidades estudantis tem Londres no topo da lista. A capital britânica é o centro intelectual do mundo por sediar várias universidades líderes, como Imperial College London e UCL.
Para quem busca auxílio financeiro, o Reino Unido não desaponta. O programa de bolsas Chevening, por exemplo, é um dos mais famosos do mundo para estudantes internacionais.
Aqui, algumas das bolsas que abrem inscrições anualmente para o Reino Unido:
- Chevening: inscrições abertas para bolsas integrais no Reino Unido;
- Bolsas integrais para graduação e pós na Universidade de Oxford;
- Fundação de Bill Gates oferece 80 bolsas integrais para pós-graduação em Cambridge;
- Bolsas de mestrado no Reino Unido para mulheres da área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática;
- Bolsas de estudo para pós-graduação e graduação na britânica Nottingham Trent;
- Inscrições abertas para bolsas integrais de mestrado na Universidade de Oxford.
5. Austrália
Se o assunto é auxílio estudantil, o governo da Austrália tem o renomado programa de bolsas Endeavour, que são integrais e oferecem a candidatos estrangeiros a possibilidade de estudar com todas as despesas pagas nas melhores instituições do país. As inscrições abrem todos os anos, geralmente entre março e junho.
Mesmo quem não é contemplado com uma bolsa dessa iniciativa pode se beneficiar da formação em uma universidade australiana, principalmente nos programas de mestrado e doutorado, nos quais, em geral, os alunos são isentos de taxas de matrícula. Se a opção for por intercâmbio de inglês, a Austrália é um dos principais países para desenvolver fluência no idioma em seus mais de 22 mil cursos do tipo, distribuídos por 1.200 instituições.
O governo garante a qualidade do ensino com base na Lei dos Serviços Educacionais para Estudantes Estrangeiros e o Código Nacional de Boas Práticas para as Autoridades de Registro e Prestadores de Educação e Formação para Estudantes Estrangeiros.
Já com relação à moradia, vale destacar que duas cidades australianas, Melbourne e Siney, estão entre as dez melhores para estudantes morarem, segundo a classificação da Quacquarelli Symonds. Enquanto a primeira é conhecida como a capital cultural do país, a segunda abriga uma comunidade diversa em meio a praias de areia branca que lembram muito as brasileiras.
Aqui, algumas das bolsas que abrem inscrições anualmente para a Austrália: