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Universidade de Oxford lança Centro de Ciências Pandêmicas para combater futuras pandemias

Pesquisador analisando um microscópio em um laboratório

No último mês, a Universidade de Oxford anunciou o lançamento do Pandemic Sciences Centre (Centro de Ciências Pandêmicas), um novo centro de colaboração e excelência global voltado para pesquisa de grandes epidemias. O objetivo do centro será “garantir que o mundo esteja melhor equipado para criar soluções globais e justas guiadas pelas ciências para preparar, identificar e conter futuras ameaças pandêmicas”.

O centro de pesquisa contará com a colaboração de diversos institutos de todo o mundo em pesquisas que a Universidade de Oxford desenvolveu nos últimos 40 anos. A iniciativa reunirá acadêmicos e especialistas de diversos campos do conhecimento relacionados às causas, consequências e tratamentos pandêmicos, como: doenças infecciosas, vacinologia, imunologia, biologia estrutural, diagnósticos, descoberta de novas drogas, tratamentos clínicos, ciência de dados, saúde pública, ciências sociais e políticas.

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Inicialmente, as pesquisas do Centro de Ciências Pandêmicas serão voltadas para três tópicos principais: geração de conhecimento e melhor compreensão do fenômeno; transformação do conhecimento gerado em soluções para o mundo real; e melhoria da confiança e impacto para identificar maneiras de fortalecer o engajamento social e político.

Foco em combater futuras pandemias

A iniciativa surge em meio a pesquisas que levantam a possibilidade de novas pandemias surgirem ao longo dos próximos anos e décadas. Entre as principais preocupações, está a compreensão das graves consequências sociais e econômicas que o COVID-19 causou mesmo sendo um vírus com uma mortalidade comparativamente mais baixa quando comparado a diversos outros patógenos conhecidos.

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Em entrevista publicada em nota Universidade de Oxford, o Professor Sir John Bell, Regius Professor de Medicina da universidade, afirma que “seria fácil ignorar o quão mais grave uma pandemia poderia ter sido – outros vírus altamente patogênicos carregam mortalidades de 35-50% – imagine se tivéssemos uma pandemia em que uma em cada três pessoas infectadas morresse”.

O diretor do Centro de Ciências Pandêmicas será o Professor de Doenças Infecciosas Emergentes da Universidade de Oxford, Peter Horby. Na nota, Horby afirma que “a pandemia de COVID-19 nos mostrou que avanços espetaculares são possíveis por meio de uma aliança entre a ciência, o setor público e a indústria”.

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Segundo ele, as parcerias feitas ao longo de 2020 e 2021 permitiram a criação de novas ferramentas digitais de controle de doenças, testes diagnósticos, tratamentos e vacinas que permitiram salvar vidas “em uma velocidade sem precedentes”. Entretanto, o professor lembra que “não deve ser necessária uma pandemia para que isso aconteça”.

Ao longo dos próximos meses, a Universidade de Oxford dará sequência para a estruturação do novo centro de pesquisa e está em busca de um aporte de £ 500 milhões. Ao todo, a COVID-19 já causou a morte de mais de 3,87 milhões de pessoas em todo o mundo desde o início de 2020.

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