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Para quais escolas de negócios devo me candidatar?

Ao escolher realizar uma pós-graduação no exterior, não dá para se candidatar para uma quantidade muito grande de escolas, pois o processo de cada uma é longo e trabalhoso. Na minha opinião, vale a pena fazer um número limitado de applications (candidaturas) para poder se dedicar a cada um com calma, de maneira personalizada, e ter tempo de fazer uma extensa pesquisa. Por outro lado, você também não quer se limitar demais: o processo tem um alto grau de subjetividade, e não dá para colocar todos os seus ovos em poucas cestas. Eu me candidatei a cinco escolas, e garanto que foi muito trabalhoso – mas valeu a pena! Minha sugestão é escolher entre quatro e seis escolas.

A decisão é muito pessoal, mas listo abaixo alguns critérios para se ter em mente ao decidir para quais escolas se candidatar.

1. Localização

Em quais países você gostaria de morar? Se um deles é os Estados Unidos, você teria preferência por alguma região? Existem excelentes escolas em diversas regiões, mas sua experiência será muito diferente em cada lugar.

Eu queria focar nos Estados Unidos, e também queria estar perto de Nova Iorque e Chicago, por motivos profissionais. Por isso, só me candidatei para escolas nestas regiões.

2. Conceito

Se você quer mudar de carreira, é muito importante pesquisar sobre o conceito de cada escola na sua área de interesse. Diversas faculdades têm nomes mais fortes em determinados países ou tradição em determinadas áreas (como mercado financeiro, marketing, empreendedorismo, entre outros). E isso varia muito!

O MBA é um grande investimento de tempo e dinheiro, então é importante pesquisar – afinal, quando você se formar, quer ter um diploma que seja muito valorizado.

3. Comunidade Alumni

Você, provavelmente, vai fazer MBA só uma vez na vida e, depois do curso, vai fazer parte da comunidade para sempre. Quando você tiver interesse em uma escola, recomendo fortemente entrar em contato com alguns alunos para saber como é esta comunidade pós-MBA.

4. Oportunidades de emprego

Diversas escolas disponibilizam relatório de emprego, com informações de emprego dos MBAs por indústria, localização geográfica, salário médio, entre outros. É sempre útil ver se os empregos de uma determinada escola estão de acordo com suas expectativas!

5. Fator “se sentir em casa”

Quando possível, recomendo fortemente visitar as escolas. Tem um fator muito importante que é se sentir parte da comunidade, se sentir “em casa”: ver se você gosta do lugar onde vai estudar, morar, e passar tanto tempo! Se não puder visitar, tente conhecer o maior número possível de pessoas daquela escola – agende cafés, envie e-mails, faça ligações e Skype… Isso já vai dar uma boa ideia de como é a comunidade daquela escola.

6. Ensino e parcerias

Há muitos outros motivos a serem levados em consideração. Alguns exemplos são:

– Parcerias com escolas em outros países: muitos alunos aproveitam parte do curso para fazer intercâmbio. Por exemplo, há escolas na Europa que deixam fazer um trimestre na Ásia, e diversas escolas americanas têm parcerias com escolas europeias.

– Método de ensino: é importante considerar como você prefere aprender. Algumas escolas são mais focadas em case studies (estudos de casos), enquanto outras são mais no estilo lecture (aulas propriamente). Algumas escolas têm pensamento econômico mais conservador, outras mais liberal. É essencial pesquisar sobre o ambiente acadêmico de cada escola.

Vale ressaltar que esses critérios não estão em ordem de importância. Na verdade, quem vai dar a importância para cada fator é você! De qualquer forma, quando eu estava fazendo minha lista de escolas, foi muito útil ter critérios para ajudarem minha decisão. Isso me deu foco, o que acredito que tenha ajudado bastante no processo.

Boa sorte!

Leia também:
Por que fazer um MBA no exterior?
As melhores escolas de MBA do mundo

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Giuliana Reis editadoGiuliana Reis é aluna de pós-graduação (MBA) em Chicago Booth. Fez graduação em administração de empresas no Insper, em São Paulo, e começou sua carreira em bancos de investimento. Aos 24 anos, resolveu empreender e fundou a Tripda (plataforma de intermediação de caronas) com o investimento da Rocket Internet. Nas horas vagas, gosta de jogar poker e ir a shows de rock. Com sua coluna, espera motivar mais pessoas a buscarem uma educação de ponta no exterior.

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