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Existe um perfil favorito para as escolas de MBA internacional?

Alfaiate medindo um terno - perfil para MBA no exterior

Uma dúvida muito comum que surge entre interessados em aplicar para MBAs no exterior é se o perfil A, B ou C “tem chance ou não” em escolas de ponta. Há um perfil para MBA no exterior quer seja considerado ideal?

Definitivamente, nenhum perfil tem privilégio em relação aos outros! A ideia de que consultores estratégicos e a turma de Investment Banking são favoritos caiu por terra há algum tempo. Cada vez mais as escolas buscam backgrounds diferentes com o intuito de diversificar as turmas o máximo possível, e é por isso que você terá colegas do mundo inteiro, formados até mesmo em áreas “incomuns”, ao seu lado na sala de aula.

Leia também: Dicas práticas para estruturar seu CV para um application de MBA no exterior

Qual o racional por trás disso? Pessoas multifacetadas têm o potencial de trazer uma visão única a discussões e enriquecer a interação, o que fatalmente melhora a experiência dos alunos. Essa é também uma das razões pela qual o AdCom (Admissions Committee) valoriza interesses que vão além do caminho obrigatório e óbvio como hobbies, atividades extracurriculares realizadas durante a graduação, e experiência comunitária ao longo da vida (além do impacto social e crescimento pessoal e intelectual, é claro).

Dito isso, há, sim, diferenças a serem consideradas em termos de perfil para MBA no exterior:

1 – Destacar-se do seu grupo

Você será comparado com pessoas da mesma nacionalidade (ou região), do mesmo sexo, da mesma indústria e nível de maturidade profissional. Desse modo, existem expectativas diferentes de acordo com a área. Por exemplo, consultores estratégicos costumam ter notas altas no GMAT (a prova de lógica e matemática exigida por todas as universidades como parte do application).

Sabendo que você será comparado com tal grupo, vale um esforço adicional para chegar no mesmo patamar de nota para que isso não conte como desvantagem no seu case.

Um outro aspecto importante é você mostrar autenticidade e autoconhecimento no application como um todo, mas especialmente nas essays (redações). Histórias pessoais marcantes são um recurso importante de diferenciação; mostrar seu “eu verdadeiro”, sua real motivação para ter impacto futuro e o tipo de líder que você quer se tornar podem ser a chave para o sucesso da sua candidatura. Em um mar de consultores com perfil parecido, como você se destaca?

2 – Mais experiência, mais liderança

Todos os candidatos devem demonstrar potencial de liderança, mas espera-se que os que estão no mercado de trabalho há mais tempo tenham um histórico mais sólido nesse sentido, e com resultados mais tangíveis do que aqueles que possuem 2-3 anos de formados.

3 – Formação + background

Uma formação em ciências humanas em vez de exatas pode gerar dúvidas em termos da existência de uma fundação analítica sólida, necessária para acompanhar as aulas. Portanto, candidatos com esse perfil para MBA no exterior devem demonstrar capacidade analítica por meio de uma nota aceitável no GMAT. Por outro lado, um background mais “incomum”, aliado a histórias fortes, pode naturalmente funcionar como um ponto de destaque.

Outros fatores

Entretanto, vale ressaltar que a nota do GMAT é somente um dos componentes do application, que deve ser visto como um quebra-cabeça (apenas um escore alto no GMAT não garante admissão!). Todas as peças devem estar balanceadas, com pontos fortes devidamente destacados e pontos fracos devidamente mitigados, para que o leitor se interesse pelo seu case e queira defendê-lo diante do comitê decisório.

Leia também: O passo a passo do application para o MBA no exterior

Entrar em um programa internacional competitivo não é fácil, mas certamente vale o esforço! Pense estrategicamente sobre o seu perfil para MBA no exterior, e em como pode se diferenciar de candidatos qualificados que compõem o seu “grupo de comparação”.

Sobre a autora

Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pela Universidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica na Universidade de Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros curiosos e determinados a expandir seus horizontes através de cursos de pós-graduação nas melhores universidades do mundo. Ela é co-fundadora da TopMBA Coaching.

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Sobre o escritor

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