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Por dentro do MBA: Atividades Extra-MBA

Redação do Estudar Fora - 27/08/2013
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Por Andréa Beer, aluna de MBA em Kellogg  

Hoje, excepcionalmente, ao invés de escrever a partir de Evanston, Illinois, escrevo de Budapeste, na Hungria. Pode parecer estranho, mas Budapeste faz parte da programação do MBA. Todo ano, os alunos do segundo ano organizam viagens, a maioria internacionais, para os alunos ingressantes. O programa é conhecido como Kwest (Kellogg Worlwide Experiences and Service Trips) e tem como objetivo apresentar aos alunos um grupo de amigos e permitir-lhes experimentar em primeira mão a filosofia de Kellogg. Ele não é obrigatório, porém, mais de 80% da classe participa de uma das cerca de 35 viagens oferecidas anualmente.

Há opções para todos os gostos e estilos: biking na Alemanha, mergulho em Belize, safari na África do Sul, wine tasting na Itália, cultura e diversão na Turquia, balada na Croácia. O Brasil também está na lista, assim como a Argentina e o Peru. A mais exótica de todas, entretanto, é conhecida como Mistery. O mais difícil desta viagem é fazer a mala: roupa de inverno ou verão? Será que preciso levar biquíni? A dúvida só acaba no aeroporto. A viagem deste ano foi para Montenegro, nos Balcãs. Outra opção que não fica atrás no quesito aventura é a Amazing Race. Você também não tem ideia para onde vai, mas sabe que participará de todo tipo possível de competição e que, provavelmente, irá para mais de um país. A viagem ainda está no início e sei que eles já passaram por Berlim, Dresden e hoje chegaram a Praga.

Andrea
Alunos de Kellogg em viagem a Budapeste

Além das atividades outdoor e indoor, o Kwest também inclui algum tipo de ação social. Hoje pela manhã, fomos a um hospital infantil levar brinquedos e doces para as crianças internadas. A ideia é estimular a empatia e o voluntariado. Na mesma linha, Tuck, a escola de negócios de Darthmouth, oferece atividades pre-term que incluem ações sociais de ainda mais impacto. Este ano, por exemplo, os alunos podiam escolher entre construir casas para a comunidade, ajudar a construir uma trilha ou mesmo viajar para o Peru e Nicarágua para desenvolver por uma semana algum tipo de atividade voluntária.

Atividades de integração, com ou sem caráter social, são, na verdade, muito comuns nas escolas. Afinal, o objetivo é formar líderes, por isso trabalhos em equipe, a capacidade de influenciar e liderar pessoas são habilidades que podem ser mais facilmente desenvolvidas em viagens ou atividades de voluntariado. Viagens semelhantes à de Kellogg são oferecidas por Ross e Chicago Booth. Stanford e MIT oferecem uma quantidade menor de viagens, cerca de quatro ou cinco, já Duck, Wharton e HBS realizam outros tipos de atividades de integração.

Como Kellogg é conhecida por ser uma escola focada em trabalho em equipe e no desenvolvimento de habilidades interpessoais, há certa sobrecarga de atividades neste sentido. Durante o Kwest, por exemplo, não podemos revelar de onde somos, o que fizemos antes do MBA e o que queremos fazer depois, nem em que programa estamos inscritos.

Em um primeiro momento, achei a regra um tanto boba, mas já estamos no terceiro dia de viagem e as conversas estão cada vez mais interessantes. Somos forçados a sair da zona de conforto e falar de assuntos que revelam quem somos muito mais do que uma conversa trivial sobre nosso país e nosso trabalho. Claro que esta regra nos deixa morrendo de curiosidade, por isso a revelação é feita na metade da viagem, o que, no meu caso, será amanhã, quarta-feira. Há mais de um brasileiro no meu grupo e estamos trabalhando em um número de dança (samba, claro) para que os demais tentem adivinhar de onde somos. No mínimo, será bem divertido.

Depois da revelação, ainda teremos mais quatro dias em Budapeste. Retornamos para Evanston no fim de semana e iniciaremos o MBA oficialmente na terça, dia 3 de setembro. A partir desta data, também começo a escrever semanalmente aqui no Estudar Fora. A julgar pelos últimos dias não faltarão assuntos para compartilhar com vocês. Até breve.
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Andréa Beer – Colunista sobre a experiência de cursar um MBA no exterior

AndreaAndréa Beer, colunista do Estudar Fora,  é jornalista de formação e Relações Públicas por opção. Apaixonada por boas histórias, teve a oportunidade de contar algumas delas na rádio BandNews FM, como repórter, e depois de participar de outras como consultora de Relações Públicas no Grupo Máquina PR. Formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina, com pós-graduação em finanças pela USP, Andréa também presidiu por dois anos o Ação Jovem do Mercado Financeiro e de Capitais, entidade que reúne jovens investidores do mercado financeiro. Aluna do MBA de Kellogg, colabora com o Estudar Fora contando detalhes da rotina de um MBA internacional. Seu lema é simples: todos os dias são uma oportunidade de fazer a diferença. Com seus posts, espera continuar conectando ideias e pessoas.

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