//username of moderater
Fundação Estudar
InícioBolsas de EstudoPor que fazer um mestrado em Políticas Públicas (MPP) em Oxford?

Por que fazer um mestrado em Políticas Públicas (MPP) em Oxford?

Redação do Estudar Fora - 11/08/2014
Comentários:

Já se imaginou estudando a fundo as principais políticas públicas em vigor em países como Austrália, Noruega e Suíça, mas também Índia e Egito? Essa é uma das propostas centrais do mestrado em Políticas Públicas (master in Public Policy), o chamado MPP, da escola de governo da Universidade de Oxford (Oxford Blavatnik School of Government). “Acreditamos que cada país tem lições a ensinar sobre o que funciona e o que não funciona em termos de politicas públicas e fazemos de tudo para assegurar que a escola mostre isso”, afirma Ranjita Rajan, chefe de gabinete do reitor de Blavatnik School of Government, Professor Ngaire Woods.

Os alunos estudam as políticas públicas de diversos países, do Brasil à Austrália, passando por Egito e Líbia

Em entrevista exclusiva ao Estudar Fora, Ranjita explica os diferenciais que fazem do MPP de Oxford um programa único e revela o que a instituição busca nos futuros alunos. Além disso, ela traz uma boa notícia: neste ano, a Fundação Lemann (saiba mais aqui!) aumentou para três as bolsas de estudo que vai oferecer a brasileiros aprovados no curso. Leia a seguir os principais pontos da entrevista com Ranjita:

Características do MPP de Oxford

Foco global

“A primeira diferença começa com o tempo do curso: enquanto a maioria dos mestrados em Políticas Públicas tem a duração de dois anos, o MPP de Oxford dura apenas um. É um curso bastante intenso e exigente. Nesse período, os alunos estudam as políticas públicas de diversos países, do Brasil à Austrália, passando por Egito e Líbia. Não é um programa sobre o que funciona apenas nos governos da América do Norte ou da Europa, mas do mundo. Acredito que esse foco global, de mostrar as particularidades de diversas nações, é um dos grandes atrativos.”

Multidisciplinaridade

“Muitos programas de Políticas Públicas se focam na área de ciências sociais, que é a mais tradicional. Já nós acreditamos que, apesar de ser muito importante o aluno estudar ciências sociais, ele também precisa ser capaz de fazer algumas análises científicas: entender, por exemplo, o que as evidências médicas dizem sobre uma determinada situação, como a filosofia trata tal questão, e o que a história tem a ensinar sobre o que funciona e o que não. Quando um engenheiro vai construir uma ponte ligando duas comunidades, não se trata de avaliar apenas a construção em si, mas de analisar os aspectos econômicos e sociais das regiões e as questões políticas envolvidas. Prezamos pela multidisciplinaridade por acreditar que ela é fundamental a um fazedor ou gestor de políticas públicas.”

Conexão com a prática

(c) John Cairns

“Além de um possuir um rigoroso currículo acadêmico, outro ponto alto do curso é a conexão com o mundo real. Temos disciplinas compulsórias mais práticas, como finanças públicas, negociação e gestão (veja aqui a grade completa). É fundamental que o aluno saia do mestrado sabendo escrever, se comunicar e fazer apresentações de forma eficiente . Outra habilidade que julgamos essencial é saber trabalhar com pessoas de diferentes países e culturas. Por isso, boa parte das avaliações são exercícios em grupo.”

Perfil dos alunos

“Hoje, temos 63 alunos oriundos de 37 países e atuantes nas mais diversas áreas profissionais. Há desde ex-ministros a médicos e advogados, e todos têm entre 20 e poucos e 50 anos de idade. A diversidade de culturas e experiências é riquíssima.”

Saiba como funciona o processo seletivo

Buscamos nos candidatos três evidências: excelência acadêmica, comprometimento com o serviço público e capacidade de entregar resultados

“O programa não requer que o aluno faça o GMAT ou o GRE (as provas padronizadas exigidas para ingresso na maioria dos cursos de pós-graduação no exterior). Pedimos redações acadêmicas, currículo e cartas de recomendação (saiba aqui detalhes de como funciona o processo). No processo de candidatura (application), buscamos evidências de três itens principais:

1. Excelência acadêmica: não significa apenas ter boas notas, mas mostrar que é apaixonado pelo que faz e que sabe articular ideias e pensar de forma crítica;

2. Comprometimento com o serviço público: mostre o que você já fez na área e como o MPP irá auxiliá-lo no futuro;

3. Capacidade de entregar resultados: neste item, não avaliamos necessariamente se o candidato já ocupou cargos de liderança, mas se ele tem capacidade de se auto-liderar e colocar boas ideias em prática.”

Atenção: cartas de recomendação e domínio do inglês

“Muitos candidatos erram ao entregar cartas de recomendação escritas por pessoas ‘famosas’, que ocupam grandes cargos, mas que não os conhecem bem. A minha dica, portanto, é: escolha alguém que tenha convivido com você e saiba explicar por que você é ideal para o programa. Mais vale um bom depoimento de seu superior imediato do que uma carta evasiva do diretor da empresa, por exemplo. Em relação ao inglês, o curso é bastante exigente e não queremos que ninguém fique em desvantagem desde o 1º dia . Se você não se sente absolutamente seguro em relação à língua, estude por mais um ano antes de aplicar.”

Parceria com a Fundação Lemann para concessão de bolsas de estudo

“A parceria com a Fundação Lemann foi ampliada e, neste ano, serão concedidas três bolsas de estudo a brasileiros aprovados no MPP. Ao se candidatar, o estudante já deve manifestar o seu interesse em concorrer aos benefícios. O processo de seleção é todo desenvolvido por nós e levamos em consideração, principalmente, o comprometimento do candidato em voltar ao Brasil para colocar em prática o que aprendeu com  o curso.”

Leia também:
Oxford Blavatnik School of Government
University of Oxford

Por Lecticia Maggi

O que você achou desse post?

Sobre o escritor

Redação do Estudar Fora
Redação do Estudar Fora
Entre em contato pelo e-mail [email protected].

Artigos relacionados