Por Carolina Campos, do Estudar Fora
O preço foi definitivo para a minha escolha, tanto do curso como de manutenção no país
Poucas pessoas (por enquanto!) pensam na Guatemala como um destino de intercâmbio. Mas isso deve mudar em breve, segundo agências de intercâmbio ouvidas pelo Estudar Fora. O país localiza-se na América Central, fazendo fronteira ao Norte com o México e ao Sul com Honduras e El Salvador, e é famoso por ser o berço da cultura maia e por preservar costumes indígenas, mesmo após a colonização espanhola. Hoje, chama a atenção também pela qualidade de suas escolas de idiomas e por ser um destino econômico para quem quer aprender espanhol.
Escolas famosas como a prestigiada Enforex e a argentina Coined podem ser encontradas nas principais capitais. E o melhor: o custo do programa costuma ser bastante inferior ao de outros destinos badalados, como Espanha e Chile. É possível estudar em Antígua, uma das cidades mais conhecidas da Guatemala, por aproximadamente 207 dólares por semana.
O custo do programa foi o principal fator que fez a brasiliense Lilian Lima, de 40 anos, optar pela Guatemala. “A princípio, pensei em fazer um curso de inglês e pesquisei Reino Unido, Estados Unidos, Austrália… Mas nenhum intercâmbio cabia no meu orçamento, até que descobri a Guatemala. O preço foi definitivo para a minha escolha, tanto do curso como de manutenção no país”, diz ela, que mostra que estudar fora não tem idade.
Lilian contratou um curso intensivo de 10 semanas em Antígua pela agência de Intercâmbio World Study por R$ 5.300,00. Ela embarca em abril e não contém a animação: “Além de aprender espanhol, vou poder fazer viagens curtas para locais como México, Belize e Honduras, que sempre quis conhecer”, afirma.
A cidade de Antígua parece ter parado no tempo, mas não no sentido ruim, talvez no sentido de que preservou um encanto, algo como uma fotografia do passado
O advogado brasiliense Luís Octávio de Souza, de 25 anos, passou 20 dias na Guatemala e adorou: “Fiquei impressionado com a beleza de Antígua, que foi a antiga capital da Guatemala. A cidade parece ter parado no tempo, mas não no sentido ruim, talvez no sentido de que preservou um encanto, algo como uma fotografia do passado”, diz.
Além de Antígua, outra cidade que Luís destaca é Chichicastenango. Em ambas, diz ele, foi possível ver como são marcantes as características indígenas na comunidade local. “As vestimentas típicas, com tecidos de cores fortes, e os rituais maias realizados no interior de templos cristãos demonstram que, mesmo com a imposição cultural espanhola decorrente do processo de colonização, a cultura indígena foi preservada e continua sendo transmitida para as novas gerações”, considera.
Luís passou dois meses viajando pela chamada Ruta Inka, um projeto que tem como objetivo difundir as culturas Inca e Maia por meio de passeios em cidades, sítios arqueológicos e pequenos povoados. Dentre os países que visitou, a Guatemala foi um dos que mais gostou, e onde passou a maior parte do tempo.
O advogado explica que o projeto não tem fins lucrativos e, por isso, os responsáveis contam basicamente com um pequeno apoio dos participantes e com a colaboração de governos e prefeituras. A expedição não é exatamente confortável, sendo comuns acampamentos e estadias em alojamentos militares, com uma alimentação limitada em muitos momentos.
“A expedição requer bastante senso de coletividade, pois há muitos percalços ao longo dos dias, mas é uma experiência absolutamente enriquecedora, valendo cada obstáculo enfrentado”, diz ele, que recomenda a aventura aos intercambistas.
Luís fez a Rua Inka em 2011 e destaca como um dos pontos altos da viagem uma visita ao vulcão Pacaya, a 50 km ao sul da cidade da Guatemala (capital do país). “O guia, que era da região, pediu para que fizéssemos uma oração em sinal de respeito ao vulcão antes do início da trilha, colocando as mãos no chão, na terra vulcânica. Foi um momento bem bonito”, relembra. Portanto, se você quer aprender espanhol mas ainda está na dúvida do melhor país, comece já a considerar a Guatemala!
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