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‘Queremos alunos apaixonados por causas e famintos por conhecimento’

Redação do Estudar Fora - 29/06/2015
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Por Lecticia Maggi

Neste ano, mais de 11.000 candidatos de 160 países pleitearam uma vaga na inovadora Universidade Minerva. Somente 200 foram selecionados, o que representa 1,8% do total. Isso faz com que a instituição seja uma das mais seletivas do planeta. Apenas para comparação: a Universidade Harvard, número 1 dos principais rankings acadêmicos, aprovou um número bastante superior: 5.3% dos aplicantes.

A questão não é sobre quantas organizações você trabalhou, mas sim os resultados que atingiu, o que entregou em cada uma. Por quantos meses trabalhou? Quanto tempo investiu? Quão engajado você foi? Você liderou algo ou só seguiu regras?

Mas, afinal, o que faz alguém se destacar entre milhares de candidatos e ser aceito? Para descobrir isso, o Estudar Fora entrevistou Neagheen Homaifar, diretora de admissões da Minerva. Ela explica o perfil do aluno desejado: “Buscamos pessoas criativas, que sejam apaixonadas por algo ou causas, e curiosas intelectualmente, famintas por absorver conhecimento”.

Segundo ela, é preciso ‘trabalhar duro’ ao longo do ensino e obter boas notas. Mas não só: se você se dedicar única e exclusivamente a assistir às aulas, provavelmente, a Minerva não é o lugar certo para você. E nem nenhuma outra instituição ‘top’ mundial.

As atividades extracurriculares são, muitas vezes, determinantes no processo de candidatura (application) a universidades estrangeiras. Vale realizar trabalho voluntário, praticar esportes, participar de olímpiadas escolares, tocar em bandas, se envolver com organizações estudantis e jornais comunitários, entre outras atividades (veja aqui a lista).

O importante, no entanto, não é a ‘quantidade’ de atividades que o estudante faz, mas a ‘qualidade’ do trabalho desenvolvido em cada uma. “A questão não é sobre quantas organizações você trabalhou, mas sim os resultados que atingiu, o que entregou em cada uma. Por quantos meses trabalhou? Quanto tempo investiu? Quão engajado você foi? Você liderou algo ou só seguiu regras?”, questiona Neagheen.

“Entre os estudantes que selecionamos, temos alguns que fizeram coisas incríveis: arrecaram dinheiro para a caridade, rasparam o cabelo e lideraram projetos a favor de crianças com cancêr… O Guillherme de Souza, único brasileiro aceito na 1ª turma, por exemplo, foi o responsável por começar um grande festival de música na cidade dele. Ele criou algo que agora está continuando sem sua presença, ou seja, deixou um legado”, conta.

Requisitos para candidatura – O processo de seleção da Minerva é bem diferente do realizado por outras universidades norte-americanas: em vez do SAT (prova de lógica e inglês), a instituição adota um exame próprio para medir os conhecimentos dos candidatos. Ele é gratuito e realizado via internet.

As cartas de recomendação, obrigatórias em outros processos, são opcionais. A candidatura envolve, além de prova, envio de redação, lista de accomplishments (realizações) dentro e fora da sala de aula, teste de proficiência em inglês (TOEFL), e um vídeo de apresentação.

O processo é bem mais rápido de ser feito do que o de outras universidades, e mais barato também (só é preciso pagar pelo TOEFL). No entanto, exige que o aluno se conheça bem e saiba ‘vender’ seus pontos fortes: “Pense sobre as diferentes categorias (vida escolar, atividades extracurriculares…) e o que fez de mais relevante e impactante em cada uma, o que reflete melhor quem você é. Não fique com vergonha de dividir informações conosco. Pense que essa pode ser sua única chance!”, orienta Neagheen.

Saiba mais sobre a Minerva:
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*Foto: Minerva/ Crédito: divulgação

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