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Quinze perguntas para você refletir se está preparado para estudar no exterior

Queridos aspirantes a intercambistas,

Considerando que quem visita a nossa página têm o desejo de estudar fora, acho importante vocês refletirem sobre algumas questões antes de embarcarem nessa experiência. Tais questionamentos podem ser feitos também por quem já está no exterior — no worries, sempre é tempo de arrumar as mochilas de dentro da gente mesmo. Para que tudo isso?

Não basta estar com a matrícula feita, saber o idioma na ponta da língua e ter a passagem na mão?! Well, para quem quer ter uma experiência verdadeiramente intercultural (e agradável), definitivamente, não! Desejo que vocês desfrutem MESMO. Aprendam pra valer. Que vão além dos conteúdos e dos carimbos no passaporte. Desejo que conquistem a si mesmos, que colecionem histórias interessantes e transformadoras. E, claro, que conquistem a comunidade hospedeira. E para isso, é preciso compreender tanto a vocês mesmos, como a cultura local. A tão famosa Competência Intercultural… Adoro pensar que a viagem é a arte do encontro: com o outro, com o diferente, com a novidade. Mas como diz a minha colega Andrea Sebben, “a viagem é, acima de tudo, a arte do encontro consigo mesmo”.

Por isso, dividirei este tema em duas partes que considero igualmente importantes, e sei que podem orientá-los a decolarem mais seguros e com mais chances de criarem estratégias eficazes de adaptação. Hoje trago algumas perguntas bem legais para que vocês puxem o freio, sentem-se confortavelmente num lugar bonito, coloquem uma música gostosa, e viagem para dentro de si mesmos. No próximo texto, a gente olha para fora — para “eles”, ok?

Bon voyage!

1. De 0 a 10, o quanto estou disposto(a) e motivado(a) a mudar de país e enfrentar os desafios dessa experiência?

2. Quais são os aspectos positivos que me motivam a embarcar nessa aventura?

3. Quais são os negativos?

4. Que mudanças enfrentei em minha vida nos últimos anos? E como as superei?

5. Que mudanças gostaria de promover em minha vida nos próximos anos?

6. Que fatores internos poderão dificultar tais mudanças: medos, crenças destrutivas, pessimismo, preconceito, autocrítica exagerada, autoexigência demasiada?

7. Que fatores externos relacionados à minha família, amigos ou estudos poderão bloquear as mudanças que desejo?

8. Que aspectos de minha vida se tornaram uma rotina e já não constituem mais um desafio?

9. Quais os últimos riscos que assumi e o que aprendi com eles?

10. Com que aliados posso contar?

11. Importantíssimo: Posso realmente contar comigo mesmo?

12. A que conclusões posso chegar após refletir sobre as questões anteriores: preciso mudar algum aspecto em minha vida pessoal ou profissional?

13. O que é emergente pra mim, o que clama por mudanças?

14. Qual é o meu prazo para efetivar essas mudanças? E como?

15. Quando (em que ano) pretendo celebrar minhas vitórias?

E aí, amigos, como foi a jornada? Estão mais fortalecidos? Já passaram por muito perrengue nessa vida? Melhor ainda!

Tenho certeza que aprenderam muito. Ainda não têm noção de onde estão se enfiando? Sem problemas. Inflem o peito, dêem um sorriso e mandem bala! E não importa se ficaram com dúvidas. É tímido? Insegura? Tem baixa autoestima? You know what…. I don’t care! O importante mesmo, mas mesmo, é que vocês sejam CORAJOSOS, vão atrás dos seus sonhos e sejam maiores que essas crenças equivocadas. Autoconfiança e capacidade de superação não são pílulas que se podem encontrar nas farmácias. Já imaginaram se fosse possível?! “Oh senhor, por favor, me vê duas cartelas de coragem, um tubo de confiança e dois pacotes de potencializador de cara-de-pau? É que to indo estudar fora do Brasil”. Seria mais fácil. Mas não seria tão revelador, instigante e valioso. Bom, chega de perguntas e reflexões por hoje. Até a próxima!

Gabriela Ribeiro – Colunista sobre Psicologia e Educação Intercultural 

GabrielaGabriela é psicóloga com formação na PUCRS, em Porto Alegre. Recebeu profunda formação na metodologia Intercultural Training®, desenvolvida por Andréa Sebben através de sua longa trajetória de estudos e trabalhos na Europa e Brasil. Fez intercâmbio na Inglaterra e Nova Zelândia e já esteve em 30 países. Participou de cursos de formação nas Ciências Interculturais em países como o Chile, Argentina, Venezuela, Costa Rica, Colômbia e Inglaterra. Há 8 anos ministra palestras e treinamentos interculturais em todo Brasil, em diversos idiomas, e é membro da IAIE – International Association for Intercultural Education.

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Sobre o escritor

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