Quer ser aprovado em Harvard, a mais prestigiada universidade do mundo? Então, seja interessante. É essa a principal dica da reitora da instituição, Drew Gilpin Faust, para os alunos que sonham com uma vaga.
A declaração de Drew foi dada durante participação no Aspen Ideias Festival, que ocorre anualmente nos Estados Unidos, e publicada pelo portal Business Insider. Para quem acha que excelentes notas na escola e um currículo recheado de atividades extra-curriculares é a chave do sucesso, a reitora joga um balde de água fria: “Poderíamos preencher nossas salas duas vezes apenas com os alunos de melhores notas no ensino médio”.
Drew encorajou as crianças e adolescentes a perseguirem suas paixões como uma forma de desenvolverem uma personalidade interessante. Isso conta muito mais pontos aos olhos dos admissions officers — profissionais responsáveis pela seleção dos alunos — de Harvard, do que um currículo com diversas atividades que não representam muito para os estudantes. Ou seja, estariam ali apenas para “fazer volume”.
Segundo ela, a universidade presta muita atenção em itens intangíveis sobre os candidatos, descritos nas redações (essays) e em cartas de recomendação, para decidir quem fará parte dos 5.9% de aprovados.
Drew Faust também divulgou outra novidade sobre Harvard: segundo ela, 60% dos alunos de graduação hoje recebem algum tipo de auxílio financeiro da instituição. Apesar do custo anual de US$ 60 mil, a maior parte dos estudantes paga, em média, US$ 12 mil, incluindo os custos com moradia e alimentação.
As declarações de Drew Faust apontam uma nova tendência nas universidades de elite: a admissão de alunos com os mais variados backgrounds acadêmicos e sociais e o compromisso de tornar a experiência universitária acessível a eles.
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