Tanto no Brasil como nos Estados Unidos, uma criança pode ingressar na pré-escola aos quatro anos e, se continuar estudando sem interrupções, obterá o título de doutora aos 25. Em termos de tempo de permanência na escola, não há diferenças significativas entre os países.
Mas quando o foco é o ensino em si, aí as diferenças são muitas: “A educação americana privilegia a vivência do aprendizado. Desde o início, o aluno é levado a refletir sobre como aquilo que está aprendendendo influenciará em sua vida. Já aqui, há preocupação em cumprir um currículo e se preparar para passar no vestibular”, considera Paulo Rodrigues, diretor do escritório da University of Southern California (USC) no Brasil.
“As diferenças entre os sistemas começam no ensino fundamental, mas vão se intensificando ao longo dos anos”, explica Ana Virginia Kesselring, do Virginia Center. Quem cursa o ensino médio em terras norte-americanas têm apenas três disciplinas obrigatórias: inglês, matemática e história. As demais — química, física, biologia, artes, música, computação, fotografia, etc — são eletivas. Assim, o estudante pode se aprofundar nas áreas que tem mais afinidade.
No Brasil, a realidade é bem diferente: independentemente da carreira que almejam seguir, todos os adolescentes têm que cursar 13 disciplinas, que vão de biologia à física.
A flexibilidade do sistema norte-americano também atinge o ensino superior. Enquanto aqui é preciso decidir qual carreira seguir antes mesmo de ser aprovado no vestibular, lá, os dois primeiros anos da graduação contém disciplinas genéricas e a escolha da especialização só acontece nos dois últimos anos.
Veja a seguir a equivalência de níveis entre os dois sistemas de ensino: